terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A novela Thiago Neves.


Meu resumo da novela
(Giliard Gomes Tenório é rubronegro, jornalista e doutorando em Ciência Política pelo IESP-UERJ)

“O combinado não sai caro”, diz a sabedoria popular. Thiago Neves chega ao Flamengo em janeiro de 2011 por meio de empréstimo junto ao Al Hilal, mas tendo o rubro-negro comprado 10% dos direitos federativos do atleta e definido cláusula para a aquisição do percentual restante. Valores, prazo e forma de pagamento já estavam acertados.
Tendo como possíveis trunfos o bom ano de Thiago Neves com o manto rubro-negro, em sua manifesta vontade de ficar e nas promessas de seu procurador, Léo Rabello, o Flamengo deixa de lado o acerto com o Al Hilal e refaz a proposta, com valores inferiores e um prazo de pagamento maior. Mais do que isso, assina um pré-contrato com o jogador, o que “inviabilizaria” as tentativas de qualquer outro clube brasileiro em contratar o atleta. Os árabes seriam obrigados a negociar com o Flamengo, que se veria numa situação favorável para impor suas condições.
Com o passar dos dias, nota-se como o “golpe de mestre” do Flamengo parece não funcionar. Os flamenguistas mais experimentados já começam a perceber, ainda que intimamente, os grandes riscos de o negócio não sair. Ainda que previsível, ninguém poderia imaginar que o vindouro fracasso vestiria trajes de fiasco estrondoso, afundando mais e mais o clube numa crise paralisante.

Culpa de quem?

Avaliar a situação exige prudência e bom senso. Sendo assim, é correto entender que a malandragem expressa na nova estratégia de contratação do jogador tem como pano de fundo a difícil realidade financeira do clube – que possui dívidas superiores a R$ 300 milhões, inferiores apenas a do rival de ocasião, Fluminense. Contudo, seria hipocrisia não reconhecer os erros da diretoria.

O caso evidencia os problemas da atual cadeia de comando no Flamengo. Não há um vice de futebol, apenas um profissional atuando como gerente, o ex-presidente do clube Luís Augusto Veloso. Ainda assim, as tratativas por Thiago Neves foram assumidas por um outro dirigente: o vice de finanças, Michel Levy. Dono da “chave do cofre”, esta eminência parda tem assumido todas as negociações e respondido pela maioria das questões. Sua presença não só é maior que a da presidenta, Patrícia Amorim, como é autorizada por esta, resultado do acordo que permitiu a eleição da mesma.

Foi Michel Levy quem contratou o zagueiro Alex Silva, e que demorou mais de seis meses para pagar as luvas do mesmo. Foi Michel Levy o responsável pelas tratativas com a Traffic, que têm como resultado as indefinições quanto ao pagamento dos salários de Ronaldinho Gaúcho. Foi Michel Levy o responsável pela proposta “inapropriada” por Vagner Love. Foi Michel Levy que chamou de “marqueteiros” os jogadores que reclamavam de atrasos no pagamento das gratificações. Hoje, a crise vivida pelo Flamengo é obra de Michel Levy e, evidentemente, da série de acordos que definem a estrutura hierárquica no clube, alcançando deste modo Patrícia Amorim.

Ih, qualé?! E o Thiago Neves? E o Fluminense?

Tá bem! Não tem santinho nenhum nessa história. E inclua-se o Al Hilal entre os responsáveis. Se houve acerto entre Fluminense e Thiago Neves, este ocorreu pela intermediação de um agente boliviano, Luiz González, autorizados pelos árabes a negociar o atleta com outros clubes, e que no caso ignorou a presença do procurador do jogador, Léo Rabelo. Aqui encontra-se o primeiro erro de Thiago Neves. Em imbróglios como este, a transparência é sempre um ponto a favor. No entanto, o atleta preferiu mentir ao próprio empresário, negando a ele as tratativas com o Tricolor das Laranjeiras. Acordos às escondidas nunca parecem corretos. Impossível não recordar do pré-contrato que o meia assinou com o Palmeiras em 2007, e do tumulto que isso causou na época. Erros que se repetem.

A mesma falta de transparência determina o segundo erro de Thiago Neves, desta vez contra a instituição Flamengo e sua fanática torcida. É dos rubro-negros que se deve esperar as principais reações ao caso. Isso porque, apesar do histórico conturbado, a Nação o acolheu de braços abertos e reconheceu seus méritos vestindo o Manto Sagrado. Trocar a Gávea pelas Laranjeiras sem sequer um pronunciamento oficial, mesmo para dar a [coerente] justificativa do fracasso das negociações e a necessidade de jogar futebol, é algo que não passará em brancas nuvens.

Finalmente, o Fluminense. O respeito filial e fraterno com os tricolores não pode impedir críticas, desde que justas. Sendo assim, é necessário lembrar que o clube tem em seu histórico outras ocasiões nas quais atravessou negociações. Que o diga o Botafogo, que vê isso ocorrer repetidamente. No caso Thiago Neves, o time das Laranjeiras afirmou oficialmente que só negociaria com o jogador após o encerramento das tratativas do Flamengo. Como se vê, não foi isso o que aconteceu. A pergunta que fica é: se o clube conduziu de forma ética o negócio, por que não tratar diretamente com o procurador do atleta, como o fez das outras vezes?

Assim como o Flamengo, o modo de agir do Fluminense também é reflexo de sua própria organização. Thiago Neves é hoje atleta tricolor não porque este clube é mais estruturado do que o rubro-negro, mas devido à atuação de sua parceira, a Unimed, que bancou esta negociação e ano após ano concretiza todos os sonhos de consumo dos dirigentes, seja para reforçar o time, seja para provocar os rivais – a novela em questão reúne ambos os fatores. Seria bobagem negar que o presidente daquela empresa é, antes de tudo, um torcedor.

Nos Fla-Flu’s é um ‘ai Jesus!’

Encerrada esta novela, o Flamengo tem outras questões a se preocupar. Na terça, o clube afastou o zagueiro Alex Silva. Durante a semana, a permanência de Ronaldinho Gaúcho ainda era dúvida. Dentro de campo, a direção deve cuidar para não desmotivar o restante do elenco, bem como reforçar o plantel.

Mesmo faltando zagueiros e um atacante de velocidade, o elenco rubro-negro é bom. Os recursos para a contratação de Thiago Neves podem agora ser direcionados para outro atleta, como Vagner Love. O time é experiente o suficiente para se recuperar, como o fez em 2009, ano do mais recente título brasileiro. Se evitar cometer novos erros, a torcida irá mais uma vez apoiar a equipe. Vale lembrar que, no início de 2011, quem vivia sobre crise era o Corinthians, que terminou o ano como campeão nacional.

Além do que, não há mal que uma outra vitória sobre o Fluminense não cure! [dentro de campo, onde importa!]

Saudações rubro-negras!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

7 bilhões de Habitantes no Planeta.



É já somos 7 bilhões de habitantes no planeta terra!! Marca atingida em outubro passado. 7 bilhões de inquilinos, grande parte deles, péssimos inquilinos. O mundo pode produzir energia, água potável e alimentos suficientes para uma população de 7, 8 ou 10 bilhões de pessoas, de forma sustentável e equilibrada, desde que a natureza seja respeitada, os recursos precisam ser melhor distribuídos, as tecnologias corretas precisam ser utilizadas e  o bem-estar das pessoas priorizado. Podemos viver todos juntos em um planeta saudável se tomarmos as decisões corretas.Temos vivido de graça neste planeta e não temos pagado o aluguel e não temos conservado o imóvel. Temos que fazer a nossa parte!

 Depois de crescer muito lentamente pela maior parte da história humana, o número de pessoas na Terra mais do que duplicou nos últimos 50 anos. Onde você se encaixa nessa história da vida humana? Preencha sua data de nascimento no aplicativo super maneiro disponível no site da BBC .


Algumas curiosidades sobre essa marca:
  • Pelo ritmo atual de crescimento, 78 milhões de pessoas são somadas à população a cada ano, o que equivale a população do Canadá, Austrália, Grécia e Portugal combinadas, ou 4 vezes a população de Minas Gerais (19,5 milhões). São quase 214 mil pessoas a mais por dia.
  • Nunca na história houve tantos jovens no mundo como hoje: pessoas com menos de 25 anos representam 43% da população mundial. Atualmente, no caso do Brasil, são 42% da população.Mas, ao mesmo tempo, existem 24.236 brasileiros com cem anos de idade ou mais.
  • Mais de 12,4 milhões de toneladas de alimentos estão disponíveis diariamente para consumo, ou seja, mais de 1,7kg de alimentos para cada um dos 7 bilhões de habitantes.
  • Se os 7 bilhões bebessem 2 litros de água por dia, seriam consumidos 14 milhões de m³. É a quantidade de água que cai, em média, a cada 2 horas de 35 minutos somente nas Cataratas de Iguaçu1.500m³ por segundo).
  • Precisaríamos de 221 anos e 10 meses se quiséssemos contar todos os 7 bilhões de habitantes, um a um, levando um segundo por pessoa.
  • A população brasileira alcançou a maraca de 190.755.799 em 2010. Há 95.9 homens para cada 100 mulheres, ou seja, existem 3,9 milhões de mulheres a mais do que homens.
  • A expectativa média de vida em todo o mundo aumentou 20 anos. Subindo de 48 anos em 1950 para 69 anos hoje. No Brasil, a expectativa de vida ao nascer em 2010 era de 68 anos para homens e 76 anos para mulheres.
  • Essa parece mentira, mas não é: se toda a população mundial fosse reunida  no mesmo lugar, com 4 pessoas em cada m², o espaço ocupado seria de apenas 1.750 km², uma área do tamanho do pequenino município de Pedro do Rosário, no Maranhão.
Fonte: UFPA - Fundo de População das Nações Unidadas

Uma Fé Extraordinária - John Harper

                                                              John Harper, a esposa e filha - Google Fotos. No livro “The Titanic's Last...