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sexta-feira, 19 de maio de 2023

Uma Fé Extraordinária - John Harper

                           
                                 

Jonh Harper
John Harper, a esposa e filha - Google Fotos.

No livro “The Titanic's Last Hero” (“O Último Herói do Titanic”), publicado em 2012 por Moody Adams, está o relato de uma história para engrandecer e aquecer nossa fé, a historia de homem heroico de uma fé grandiosa, extraordinária. John Harper foi um pastor batista escocês que ficou conhecido por sua dedicação à evangelização e por seu heroísmo no naufrágio do Titanic. Neste artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre sua vida, sua obra e seu legado.


John Harper nasceu em 29 de maio de 1872, em uma família cristã na Escócia. Desde cedo, ele demonstrou um grande interesse pela Bíblia e pela salvação das almas. Aos 13 anos, ele se converteu a Cristo e começou a pregar nas ruas de sua cidade natal, enquanto trabalhava em uma fábrica. Aos 17 anos, ele foi convidado pelo Rev. EA Carter da Missão Batista Pioneira em Londres para se dedicar ao ministério em tempo integral.

Harper se tornou um pregador carismático e apaixonado, que atraía multidões para ouvir sua mensagem. Ele fundou várias igrejas na Escócia e na Inglaterra, e era frequentemente convidado para pregar em outros países. Em 1912, ele recebeu um convite para pregar na Igreja Moody em Chicago, nos Estados Unidos. Ele embarcou no Titanic junto com sua filha de seis anos, Annie Jessie, e sua sobrinha, Jessie Wills Leitch.


Na noite de 14 de abril de 1912, o Titanic colidiu com um iceberg e começou a afundar. Harper acordou sua filha e sua sobrinha e as levou para um bote salva-vidas. Ele as beijou e disse que elas iriam se encontrar no céu. Em seguida, ele voltou para o navio e começou a evangelizar as pessoas que estavam em pânico. Ele distribuiu coletes salva-vidas, orou, cantou hinos e pregou o evangelho.

Quando o navio se partiu e cerca de 1500 pessoas caíram nas águas geladas do Atlântico Norte, Harper continuou sua missão. Ele nadou de pessoa para pessoa, perguntando se elas estavam salvas e apontando para Cristo como o único caminho para a vida eterna. Ele chegou a tirar seu próprio colete salva-vidas e dar para um homem que recusou sua mensagem, dizendo que ele precisava mais do que ele.

Uma das pessoas que Harper evangelizou foi um jovem escocês chamado Aguilla Webb. Webb contou que Harper lhe perguntou se ele era salvo e ele respondeu que não sabia. Harper então citou Atos 16:31: "Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo". Webb disse que não conseguia crer naquele momento. Harper então orou por ele e nadou para outra pessoa.

Pouco depois, Harper voltou a encontrar Webb e lhe perguntou novamente se ele era salvo. Webb disse que ainda não conseguia crer. Harper então repetiu Atos 16:31 e disse: "Crê no Senhor Jesus Cristo agora". Webb disse que naquele momento algo aconteceu em seu coração e ele creu em Cristo como seu Salvador. Harper então sorriu e disse: "Graças a Deus". Logo depois, Harper afundou nas águas e morreu. Webb foi um dos seis sobreviventes que foram resgatados pelo navio Carpathia. Ele contou seu testemunho em várias ocasiões e disse que John Harper foi o último convertido de sua vida.

John Harper foi um homem de fé, coragem e amor pelas almas. Ele viveu e morreu pregando o evangelho da graça de Deus. Ele deixou um exemplo de dedicação à obra de Deus e de esperança na vida eterna.

: Cold War historiography - Alpha History
: An Inspiring Story of Faithfulness | Articles | Moody Church Media
: Harper (publisher) - Wikipedia

                                   

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

FALAR COM DEUS.



Até bem pouco tempo eu não tinha coragem de falar com Deus,
Por vários motivos e por motivo algum.
Em dado momento, que não sei bem qual, minha mente se abriu em um mundo desconhecido.
Como por encanto aproximei-me de Deus e falei de tudo.

Falei do medo que sentia, da angústia que me afligia sem eu saber porquê,
Das dúvidas que me dilaceravam por dentro...
E da solidão que me inebriava em mim mesmo.
Por um instante quis culpar a Deus,
Mas a razão não me deixou ir além.
Afinal como responsabilizá-Lo pela distância que eu mesmo causara por tanto tempo? O exercício da oração hoje me relaciona com Deus,
Eleva-me à uma mansidão que eu não conhecia,
E afasta-me de um mundo de teorias,
De fórmulas prontas,
De um misticismo inerte.
Aproxima-me de um sonho absurdo e escandaloso a esse mundo.
Ousei falar com o Pai do Universo e desfrutei o afago
E o amparo que jamais sonhara.
Quando confessei minhas angústias e me despi de mim mesmo,
Pude enxergar o invisível.
Hoje estou liberto de mim mesmo.

FIM





Em 2015 homenageei minha grande amiga Deborah com esse poema, colocando a musica instrumental, "Lindo", de Flavio Venturini para ritmar os meus versos,

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

A morte é um sono.

Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?" (João 11:25-26).




Se pararmos para analisar a criação de Deus, não há como acreditar na vida como sendo algo finito. Por mais que seja limitada nossa compreensão da vida. A distância de Deus nos limita, afasta-nos à compreensão da vida, mas mesmo assim não é tão difícil.

Nesse momento que escrevo, lembro de meu primo Jorge, falecido no último dia 30/01/22. Estou a mensurar mais uma vez a morte e temo pelas pessoas que não conseguem, pela fé, entender essa tragédia da vida. Estado agonizante chamado morte, que nos impõe essa sensação de fim, essa sensação de perda, partida, de abandono, de angústia, de medo, de ruptura.

Visto este estado da vida em relação a criação e sua grandeza, a gente chega a conclusão que Deus não criou a vida para deixa-la acabar. Há muito sentido em suas promessas que a morte é apenas um hiato, uma pausa, um sono, um descanso causado pelo pecado( distanciamento de Deus).

"Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e com ele, aqueles que nele dormiram." (1 Tessalonicenses 4:13-14)

Que a paz esteja no coração de todos os enlutado, e mais, que a fé esteja fortalecida. Pois a promessa é real, a morte não passa de um sono para aquele que crê, para aqueles que esperam em nosso Senhor Jesus Cristo.

sábado, 24 de outubro de 2015

4º. Mandamento - Encontrando a Paz.



img google.

O Quarto Mandamento Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha,nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou. (Êxodo 20:8-11)







Não sei quantas vezes viajei numa lancha para o porto de Livingston, na costa nordeste da Guatemala, mas foram muitas. Mesmo assim, nenhuma viagem era igual à outra. Eram apenas cinco horas da tarde quando saímos do cais em Puerto Barrios, mas já começava a escurecer. Caía uma chuva insistente e, por isso, em vez de desfrutar a brisa no convés, todos se apertaram na pequena cabine. Tão logo nos afastamos do quebra-mar, a tormenta nos atingiu com fúria total. 

  Violentas rajadas de vento faziam a chuva bater contra as janelas com uma intensidade que ameaçava quebrá-las. Com uma das mãos me agarrei ao anteparo dianteiro para não cair e com a outra segurava a cabeça, tentando acalmar as fortes náuseas, que só pioravam a cada ondulação. Era impossível conversar, mas eu ouvia gemidos e, às vezes, orações ou palavrões de outros passageiros. Em viagens anteriores, pontos distantes de luz que piscavam para nós das casas ao longo da praia haviam marcado nosso progresso. Agora, mal podíamos divisar a proa da embarcação.

 A viagem normalmente levava uns noventa minutos, mas dessa vez parecia uma eternidade. Comecei a pensar que o capitão podia ter perdido o rumo e que estávamos indo para o mar aberto, quando de repente a mais incrível calmaria nos surpreendeu. Em vez de ser jogado e sacudido de um lado para o outro, o pequeno barco passou a deslizar tranquilamente sobre a água, e lá adiante já víamos, através da chuva, as luzes do nosso destino.

  O que havia feito a diferença? A tormenta não tinha acabado, mas nós havíamos entrado no abrigo do porto. No oceano aberto, as ondas continuavam revoltas, mas não podiam mais aterrorizar-nos porque havíamos entrado no refúgio, e estávamos seguros. A Bíblia diz que no princípio a Terra toda estava envolta numa tempestade incomparavelmente pior do que a que experimentamos naquela noite.

 Em meio a uma escuridão impenetrável, água, ar, rochas e terra se agitavam num turbilhão caótico (Gênesis 1:1 e 2).1 Então Deus falou, e a escuridão deu lugar à luz. Ele falou novamente, e a atmosfera veio à existência, os continentes apareceram, montanhas se ergueram e o mar foi contido no seu leito. O que esses pormenores nos contam é que o processo da Criação foi um movimento da desordem para a ordem, da turbulência para a calma. É interessante notar que Deus registrou Sua satisfação com o que estava ocorrendo. O verso 10 diz: “E viu Deus que isso era bom”. Por que teria Ele dito isso pela primeira vez, precisamente neste ponto, no terceiro dia? Talvez porque a luz, o ar, a água e a terra agora existiam.


Google Imagens.

 Eram os quatro elementos necessários para sustentar a vida vegetal. Em outras palavras, eles deixavam tudo pronto para o passo seguinte. Mais tarde, no mesmo dia, a terra se vestiu de verde. Grama, folhagens, musgos e samambaias apareceram. Árvores majestosas erguiam os braços para o céu. Pinheiros e flores acrescentavam cor à paisagem e perfumavam o ar. A vegetação, com seu maravilhoso processo da fotossíntese, fora designada para servir à vida animal, produzindo alimento e oxigênio. E, pela segunda vez no mesmo dia, Deus falou e disse que “isso era bom” (verso 12). No quinto dia e no início do sexto, Deus falou novamente, e o mar, a terra e os céus fervilharam de criaturas que nadavam, voavam, andavam ou rastejavam. Novamente, o Criador expressou a Sua satisfação com os resultados (verso 25). 

“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra” (verso 26). A criação de seres inteligentes para governar a Terra foi o último passo na vitória divina da ordem sobre o caos.

  Então, com infinita alegria, o Criador contemplou Sua obra concluída e dessa vez não disse apenas que aquilo era bom. Ele anunciou que era “muito bom” (verso 31). A ciência nos assegura que a matéria consiste de elétrons e prótons, que na realidade são uma forma de energia, mas uma energia organizada de maneira altamente sofisticada e complexa. A matéria é classificada na forma de elementos, indo desde o hidrogênio, o mais leve e simples, até os mais pesados e radioativos, como o urânio. Alguns são tão instáveis que só existem por uma fração de segundo.

 Os elementos se unem, formando moléculas, que também vão desde as simples, como o sal de mesa, até as extremamente complexas, que ocorrem apenas em organismos vivos e, portanto, são chamadas de molé- culas orgânicas. Uma única molécula de proteína pode ter dezenas de milhões de átomos. E todo organismo vivo, desde o diminuto micróbio até a maior baleia, é constituído deles. Assim, mesmo no nível de elementos e moléculas, a Criação foi uma marcha rumo à ordem e organização. Cada passo em frente nesse processo implicou milhares e, em alguns casos, bilhões de mudanças.


Contrário à Natureza 

  Os físicos sintetizaram três leis da termodinâmica. A segunda lei afirma que todos os sistemas da natureza mostram um movimento invariável rumo à desintegração, à desordem e à perda de energia. Os cientistas o chamam de princípio da entropia. A Criação envolveu precisamente o oposto. Através de processos bioquímicos e físicos de imensa complexidade, Deus transformou um planeta caótico num mundo de ordem. Quando Ele disse que tudo era “muito bom”, foi porque a turbulência havia acabado, a desordem fora vencida, o caos se fora e a Terra toda era uma simbiose pacífica em todas as suas diferentes partes e relações. Cada pormenor da Criação foi designado a servir aos outros.

  A uma voz, todas as coisas testificavam do amor e da infinita sabedoria de Alguém que havia planejado e trazido tudo à existência. A relação de ideias que aparece no pronunciamento final de Deus ao encerrar-se o relato da Criação não ocorre por acaso. Diz o texto: a) Deus viu que tudo era muito bom, e então b) descansou. Está claro que o descanso do Criador nada tem que ver com fadiga. É o descanso que vem quando a ordem toma o lugar do caos. É paz que aparece após a tormenta. Deus viu que a Terra estava em repouso, e então descanso


imagem Google.

Obra Concluída.

  Aqui está a passagem na qual aparece a declaração de Deus (note especialmente os termos que numerei): “Viu Deus tudo quanto fizera [1], e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia. Assim, pois, foram acabados [2] os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado [3] no dia sétimo a Sua obra, que fizera [4] , descansou nesse dia de toda a Sua obra que tinha feito [5]. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra [6] que, como Criador, fizera [7]” (Gênesis 1:31 a 2:3). Sete vezes essa passagem nos faz lembrar que a Criação foi uma obra concluída. Isso significa que Deus “descansou”. Isto é, Ele cessou o que estava fazendo, porque havia completado Sua tarefa divina. O ponto central é que não houve descuido; nada foi omitido nem passado por alto. Nenhuma parte deixou de funcionar em perfeita harmonia com todas as outras. “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.”


Sinal de uma Provisão Perfeita

  Uma ilustração pode servir para realçar a importância deste ponto. Tente imaginar por um momento que Adão, após ter sido criado, tenha se colocado em pé e dito: – O Senhor precisa de mim para ajudá-Lo em alguma coisa? Diante disso, o Criador teria sorrido e respondido: – Não, Adão; o trabalho já terminou. – Mas deve haver algo que eu possa fazer. Quem sabe, pintar uns enfeites nas asas da borboleta. – Não, as asas da borboleta já estão coloridas. – Hmmmm, bem... talvez eu possa ensinar os passarinhos a cantar. – Não, eles já sabem cantar muito melhor do que você poderia ensinar-lhes. – E se eu verificar o ar, para ver se ele tem a quantidade certa de oxigênio? O Senhor sabe que um pouquinho a mais ou a menos é perigoso. Talvez eu possa ajudá-Lo na calibragem. – Não; já cuidei disso também. – Mas, Senhor, deve haver algo que eu possa fazer! – Sim, na verdade há. – O que é, Senhor? – Quero que você descanse. – Descansar? Mas como vou descansar se não fiz nada?

– Quero que você confie em Mim, Adão. Você precisa acreditar que, na verdade, o trabalho está feito, que tomei providências completas e perfeitas para todas as suas necessidades. E é esse o significado do descanso no sétimo dia. Se Deus tivesse criado os seres humanos no início da semana e nos tivesse pedido algum tipo de ajuda, ou pelo menos solicitado nossa opinião, poderíamos receber algum crédito, não é mesmo? Mas Ele não o fez. A observância do sábado foi, é e sempre será uma celebração da obra de Deus, e não da nossa. 

  Assim como Adão, descansamos para mostrar nossa aceitação dessa realidade e dizer que confiamos na perfeita provisão de Deus para nosso bem-estar e realização. Isso significa que repousamos tranquilamente em Suas mãos, confiando em Sua sabedoria, Seu plano e Suas providências para nossa vida. 

  Reconhecemos a posição de Deus como Criador e aceitamos a nossa como criaturas. Dessa forma, num sentido profundo e significativo, o descanso no sétimo dia é um ato de adoração. Em quase todas as religiões falsas, incluindo o falso cristianismo, a adoração é uma questão de fazer algo. Na Bíblia, porém, somos instruídos a adorar deixando de lado nossos afazeres. Devemos pôr à parte nossos esforços e lutas, cessar nosso labor e descansar na serena confiança de que o trabalho em nosso benefício está feito. O quarto mandamento declara: “O sétimo dia é o sábado.” A palavra “sábado” significa, literalmente, “descanso”. O sétimo dia é o descanso apontado pelo próprio Deus.

   É o dia durante o qual o Criador nos convida a participar com Ele do Seu descanso. Por isso, lemos: “não farás nenhum trabalho”. Ao repousar com Deus, declaramos ao Universo que o descanso sabá- tico é sinal de um relacionamento com o Criador baseado na fé.2 Mas o descanso no sábado não simboliza apenas esse relacionamento; ele o promove e aprofunda, tornando-se parte dessa realidade. Nosso descanso no sétimo dia não apenas declara que encontramos segurança (e, portanto, paz) no amor de Deus; ele fortalece essa segurança.

 Afirma e confirma o relacionamento entre Deus e Sua criação. Por isso, o sábado é o complemento e a garantia dos primeiros três mandamentos, que nos ordenam adorar a Deus e dar-Lhe o primeiro lugar em nossa vida. Seria possível guardar os três primeiros mandamentos em nosso íntimo, observá-los de alguma forma que não fosse imediatamente visível a outras pessoas.

 Poderíamos decidir de coração honrar a Deus e torná- Lo o primeiro. É bem possível que ninguém notasse que não nos inclinamos diante de imagens. Mas isso não seria verdade com respeito à observância do sábado. Por ser óbvia, ela é um anúncio público. Essa pode ser a razão pela qual a Escritura diz que o sábado é um “sinal” do concerto entre Deus e Seu povo (Ezequiel 20:12 e 20).


imagens Google

Um Mandamento de Misericórdia 

  Você tem ideia de quantas pessoas se sentem desesperadas e frustradas com as responsabilidades e os problemas da vida? Vivemos apressados e preocupados. O tempo nunca é suficiente. Precisamos ganhar o sustento, manter a casa, melhorar os relacionamentos, educar os filhos, cuidar da saúde, conseguir um diploma, pagar as contas e seguir uma carreira. Essas e milhares de outras tarefas exigem constantemente nossa atenção. O problema é que somos finitos, e a vida nunca para de exigir mais e mais. 

  Quando o famoso magnata britâ- nico Cecil Rhodes estava para morrer, teria murmurado: “Tão pouco realizado e tanto por fazer!” Hoje, um número incontável de pessoas faz ecoar essa frustração. Em meio à desenfreada sucessão de eventos e às estridentes exigências de uma vida que, como a boca da sepultura, nunca brada “Já basta!”, o grande Deus Criador nos oferece o sábado. O autor Herman Wouk, que observava o sábado, escreveu: “O sábado representa os braços de uma mãe que se estendem para receber um filho cansado.” “Seis dias trabalharás”, diz o mandamento. Esse é o tempo que lhe é concedido. Trabalhe, lute e dê o melhor de si durante esse tempo. 

  Mas tudo isso tem um limite – o sábado. Nesse dia, você deve descansar. O quarto mandamento ordena trabalhar, mas não diz: “Trabalhe até cair exausto.” Tampouco manda continuar labutando até que o trabalho esteja concluído. Em vez disso, declara que você deve, sim, trabalhar, mas há um limite para o que tem de fazer. O sábado é uma parábola da vida, porque ensina que chegaremos ao fim dos nossos dias e daremos nosso último suspiro ainda pensando em coisas que gostaríamos de fazer – se tivéssemos tempo. Ele nos ensina a fazer o que podemos no tempo disponível, e depois descansar. Com o sábado, aprendemos a medir nossas realizações não pela norma de nossa própria perfeição, mas pelo padrão do amor de Deus. Aquele que nos criou sabe que nossa ambição egoísta (ou mesmo nosso desejo sincero de fazer o melhor) pode levar-nos à intemperança e ao excesso. Consequentemente, Ele nos deu o quarto preceito do Decálogo como um mandamento de misericórdia. “Seis dias trabalharás”, diz Ele, “mas no sétimo dia não farás nenhum trabalho.” 

  Jesus relembrou ao povo de Sua época que o sábado foi feito para a humanidade (Marcos 2:27). É uma preciosa dádiva oferecida para nosso benefício e proteção. O sábado é um porto, nosso abrigo da interminável tormenta da existência, um oásis onde o viajante cansado pode encontrar restauração e renovação antes de retomar as lutas da vida.


O Sábado num Mundo Fragmentado.


– É assim que Deus disse: “Não comereis de toda árvore do jardim”? 
Essa pergunta deve ter parecido inocente. E a mulher, sem suspeitar de nada, foi rápida em responder. Ela defenderia o Criador de uma acusa- ção falsa (ver Gênesis 3:1-5). 

– Não é verdade! – disse ela. – Temos a permissão de comer do fruto das árvores do jardim. Mas com relação ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: “Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais.”

– É lógico que vocês não vão morrer! – afirmou o inimigo, com um sorriso afetado. – O que acontece é que Deus sabe que, quando vocês comerem deste fruto, seus olhos se abrirão e vocês serão como Ele, conhecendo o bem e o mal. Aqui está algo que Deus não quer que vocês conheçam. Ele está retendo informações que seriam para benefício de vocês.

  O sábado era uma mensagem de fé: “Confiem em Mim. Aceitem que realmente tomei providências perfeitas.” Mas a mensagem do inimigo era precisamente o oposto: “Não é verdade que Deus tomou providências perfeitas. Está faltando alguma coisa. Vocês precisam se afastar do plano dEle, escolher o próprio rumo e se defender por conta própria.”

  Ao aceitar essas insinuações, Adão e Eva se uniram ao inimigo em sua atitude de desconfiança e desobediência. Isso causou a necessidade de uma providência adicional, um plano pelo qual Deus pudesse resgatar seres humanos de sua confusão e restaurá-los a um relacionamento de fé, confiança e obediência.

  Foi numa sexta-feira que Deus concluiu Sua obra e descansou da tarefa da Criação. E também foi numa sexta-feira que Jesus concluiu a obra da redenção. Quando inclinou a cabeça ao morrer, disse: “Está consumado!” (João 19:30). 

 Depois disso, os discípulos tiveram apenas o tempo suficiente para remover o corpo da cruz e colocá-lo na tumba nova de José. Enquanto saíam apressados, o sol se punha. A Escritura diz: “E começava o sábado” (Lucas 23:54).  Assim, pela segunda vez, o Salvador descansou no sétimo dia de uma obra terminada.

O sábado, criado para comemorar as providências de Deus para um mundo perfeito, assumiu então um significado adicional. Daquele dia em diante, simbolizaria também Suas providências para um mundo em pecado: o plano para nos redimir, curar e restaurar a uma relação de fé e confiança nEle.

 Este segundo significado do sábado foi apresentado muito tempo antes da cruz. Quando Deus deu os Dez Mandamentos no Sinai, explicou a razão para o sábado fazendo alusão à Criação. Mas, quando Moisés repetiu os mandamentos 40 anos mais tarde, citou-os de uma forma que prenunciava claramente a segunda razão para a observância do sábado: “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o Senhor, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Deuteronômio 5:15).

 Deus criou os seres humanos para ocuparem uma posição de soberania (Gênesis 1:26 e 27). A escravidão é o oposto disso. O Senhor não só havia resgatado Seu povo da escravidão literal, mas tinha a intenção de resgatá-lo para um relacionamento de confiança com Ele (Êxodo 19:4). Como resultado, o povo deveria assumir uma posição de liderança, sendo elevado ao status de “sacerdócio real” (ver os versos 5 e 6; 1 Pedro 2:9; Apocalipse 5:10).

 Dessa forma, o sábado é uma comemoração não apenas da Criação, mas também da redenção. Já observamos o significado do sábado como complemento e garantia dos três primeiros mandamentos. Mas, como sinal de nosso resgate da escravidão, o sábado também nos traz à consciência a necessidade de respeitar nossos semelhantes. Ordena que nos lembremos da rocha de onde fomos talhados e do poço do qual fomos cavados (Isaías 51:1). Assim, o quarto mandamento também dá sentido aos seis preceitos seguintes, que lidam com nossos deveres para com as outras pessoas (ver Deuteronômio 16:11 e 12). 

Imagens Google.
Entrando no Descanso.

Muitas vezes, parece que a segunda lei da termodinâmica está tentando se impor na minha vida, e que o princípio da desordem vai vencer. Já cheguei a pensar que a experiência que tive naquela noite tempestuosa enquanto viajava para Livingston estaria destinada a ser uma realidade permanente na minha vida. Suponho que o apóstolo Paulo tenha sentido algo parecido quando confessou: “Não faço o que gostaria de fazer. Pelo contrário, faço justamente aquilo que odeio. ... Não faço o bem que quero, mas justamente o mal que não quero fazer é que eu faço. ... Dentro de mim eu sei que gosto da lei de Deus. Mas vejo uma lei diferente agindo naquilo que faço, uma lei que luta contra aquela que a minha mente aprova. Ela me torna prisioneiro da lei do pecado que age no meu corpo” (Romanos 7:15-23, NTLH).

Com total honestidade, o grande apóstolo admitiu que ele era um ser humano perfeitamente normal e que as tormentas espirituais eram uma realidade na sua vida assim como são para os demais. Essa é uma experiência que todo ser humano – convencido da necessidade de mudança e aperfeiçoamento, embora se encontre preso a um combate mortal com velhos hábitos e paixões – pode entender e apreciar.

Estamos condenados a sempre navegar em meio a um temporal implacável? Não! Na mesma passagem, o apóstolo indica onde encontrar o porto: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor”, exclama ele (verso 25). “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Romanos 8:1 e 2).

Em outro lugar, a Escritura fala do sábado como um tipo ou símbolo desse repouso espiritual que Deus concede a Seus filhos. “Portanto, resta um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das Suas” (Hebreus 4:9 e 10).

Adão aceitou que Deus realmente havia feito uma provisão para ele na obra perfeita de criação, e mostrou essa aceitação descansando no sábado. Os cristãos se unem a ele para comemorar a bondade e a amorosa providência de Deus na Criação. Ao apartar-nos do ritmo incessante de nossas atividades habituais e da pressão da vida durante as horas sabáticas, lembramo-nos de que o mundo não gira em torno de nós. Afinal, o Sol não se ergue pela manhã e as flores não desabrocham por ordem nossa. A criação pode continuar perfeitamente bem sem qualquer ajuda de nossa parte. O descanso físico no sábado reconhece e celebra a maravilhosa providência para nós no mundo físico, assim como tem acontecido com o povo de Deus desde o começo do mundo.

Devido a essa obra consumada, o cristão pode “descansar de suas obras”, isto é, do esforço frustrante de obter a salvação através de bons atos pessoais. Simplesmente aceitamos pela fé que, quando Jesus disse “Está consumado”, realmente estava consumado, e que Ele alcançou uma salvação plena e ilimitada para “todo o que nEle crê” (João 3:16).

Essa relação de fé e confiança em Deus, simbolizada e aprofundada quando descansamos no sétimo dia, é “a paz de Deus, que excede todo o entendimento” (Filipenses 4:7). É o descanso desfrutado por todos os que estão “em Cristo Jesus”. Não mais necessitam ser jogados daqui para lá num mar de problemas e ansiedades. Podem entrar no porto e encontrar paz e descanso.

Talvez você esteja indagando o que fazer a respeito de tudo isso. Insisto para que você não hesite mais. Com passos alegres e confiantes, entre no repouso sabático. “Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado” (Hebreus 4:1).


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1 Não peço desculpas por tratar os primeiros capítulos de Gênesis como uma história a ser levada a sério. Mas entendo a desconfiança de alguns que pensam de modo diferente. Eles creem que essas histórias bíblicas não representam eventos reais. Antes, consideram-nas como ferramentas didáticas ou mensagens que ensinam uma lição. Em ambos os casos, é claro que qualquer abordagem dos Dez Mandamentos terá de lidar com esses capítulos, porque são básicos para compreendermos a lei moral e, com efeito, toda a mensagem da Bíblia.

2 Não é irônico que algumas pessoas acusem os observadores do sábado de crer na salvação pelas obras quando, na verdade, a observância do sábado significa exatamente o oposto?



Título original em inglês: The Ten Commandments 
Direitos de tradução e publicação em língua portuguesa reservados à Casa Publicadora Brasileira Rodovia SP 127 – km 106 Caixa Postal 34 – 18270-970 – Tatuí, SP Tel.: (15) 3205-8800 – Fax: (15) 3205-8900 Atendimento ao cliente: (15) 3205-8888 www.cpb.com.br 

2a edição 1a impressão: 5 mil exemplares Tiragem acumulada: 2,117 milhões 2010 Editoração: Marcos De Benedicto e Neila D. Oliveira Programação Visual: Eduardo Olszewski Capa: Eduardo Olszewski Diagramação: Alexandre Rocha IMPRESSO NO BRASIL / Printed in Brazil














segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A verdadeira história do nascimento de Jesus.

Em meados dos anos 70, na semana santa, só se via nos cinemas versões da Paixão de Cristo, a historia de Cristo, nascimento, vida e morte. Hoje não é mais assim, não se assiste esses filmes nos cinemas. A historia já é conhecida e batida, apesar de pouca gente saber a verdadeira historia. O cinema criou versões poéticas e fantasiosas buscando uma dramatização cultural da época e omitiu muita coisas  e inventou outras, causando confusão com a historia real. Algumas dúvidas que pairam no ar:
Por que viajar pra tão longe para Jesus nascer?

Ele realmente nasceu ao relento?

Nos filmes Maria viajou já quase em trabalho de parto, na 32ª. semana dando a luz logo em seguida, isso foi real?

Essas e outras dúvidas o Pr. Rodrigo Silva, doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. Assunção (SP), com pós-doutorado em arqueologia bíblica pela Andrews University (EUA). Graduado em teologia e filosofia e mestre em Teologia Histórica, nos ajudará a compreender tantas controvérsias a cerca da historia de Deus conosco.

sábado, 16 de agosto de 2014

5º. Mandamento - A Honra é uma atitude do coração.


Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.      (Êxodo 20:12)




ELENI GATZOYIANNIS vivia na Grécia numa época em que a guerra civil ameaçava dividir o país (1946-1949). Quando os comunistas tomaram sua casa para torná-la seu quartel-general, ela não ofereceu resistência. Quando a obrigaram a trabalhar em projetos para a comunidade e recrutaram sua filha mais velha para o exército, ela não se recusou. Esperava que tudo aquilo fosse temporário e que um dia a vida voltaria ao normal.Mas então eles anunciaram que levariam seus meninos, de 6 e 8 anos de idade, para outro país, onde seriam treinados dentro dos princípios do Partido Comunista. No íntimo do seu ser, ela sabia que aquilo não deveria acontecer e começou a planejar sua fuga. Ela concluiu que, se tentasse levá-los através das linhas rebeldes, nunca chegariam lá, mas raciocinou corretamente que duas crianças andando juntas pela estrada não atrairiam muita atenção. Às primeiras luzes do amanhecer, ela foi com eles tão longe quanto sua ousadia permitiu. Então, com um último abraço apertado, em meio a lágrimas, deu o último beijo e apressou-os pelo caminho. A última coisa que os meninos viram ao se virarem para trás foi a mãe acenando para eles à distância.

Quando os camaradas chegaram em busca dos meninos, ela tentou despistá-los, mas a verdade logo apareceu. Os líderes rebeldes a aprisionaram no porão de sua própria casa e a torturaram. Depois a levaram ao pomar e a colocaram diante de um pelotão de fuzilamento. Aqueles que testemunharam a cena disseram que, momentos antes da execução, ela ergueu os braços e clamou: “Meus filhos! Meus filhos!”

Dá para entender por que a história dessa corajosa mãe comove o coração de milhões. Toca uma corda em cada coração, porque o relacionamento entre pais e filhos é universal. Eleni fez o que toda mãe sente que faria se as circunstâncias o exigissem. A maioria dos pais morreria por seus filhos, não com dúvida nem hesitação, mas com alegria.

O quinto mandamento fala dessa poderosa relação. E, por uma boa razão, dirige-se aos filhos. Acontece que nem todos se casam, e muitos nunca chegam a ser pais, mas cada um é filho ou filha. Nossa relação com os pais, ou mesmo a falta dela, afeta a cada um de nós para o bem ou para o mal até o último dia da nossa vida. E é disso exatamente que trata o quinto mandamento. Ele focaliza uma atitude e uma relação.

Não podemos alterar a realidade em que nascemos. Nenhum de nós recebeu a oportunidade de escolher os pais. Tampouco podemos mudá-los para que se harmonizem com nossas idéias. Um escritor bíblico lembrou que nossos pais “nos corrigiram por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia” (Hebreus 12:10). Eles podem ter realizado seu trabalho com grande habilidade ou com muitos erros; ou, no caso da maioria, com uma mistura dos dois. O que fizeram ou deixaram de fazer exerceu inevitavelmente um impacto sobre nós; mas nunca se pode exagerar ao dizer que somos mais afetados por nossa atitude para com os esforços deles do que pelo método específico que usaram.

E isso é precisamente o que o quinto mandamento aborda. Ele coloca no lugar certo o peso do sucesso no relacionamento entre pais e filhos. O mandamento focaliza um aspecto da relação que mais nos influencia, e é aquele no qual temos uma escolha. Embora não possamos escolher nossos pais nem mudá-los, a atitude para com eles depende definitivamente de nós.

Durante muitos anos, participei da comissão de disciplina de uma universidade cristã. Certo dia, um estudante, cuja linguagem corporal falava por si, sentou-se diante da nossa mesa. A comissão estava menos interessada em descobrir os pormenores específicos do que ele havia feito do que em sua atitude com relação a continuar na universidade. Porém, a resposta parecia óbvia. Ele fixou os olhos cheios de ódio em nós, com os braços cruzados sobre o peito. A entrevista que ocorreu não foi surpreendente. Tudo o que dizíamos causava uma raivosa explosão ou uma réplica. Não demorou para que os membros da comissão começassem a balançar a cabeça e a olhar um para o outro.
Após alguns minutos, sem chegar obviamente a lugar nenhum, eu disse:

– Paulo, quero entender o que você está tentando nos dizer. Até a mais simples pergunta que lhe fazemos recebe uma resposta irada. Qual é o problema? O que está tentando dizer?

Ele não respondeu, mas fixou os olhos diretamente em mim. Percebi que ele apertava e soltava o maxilar. Depois de outra pausa, continuei:

– Eu me pergunto se você se vê numa relação de inimizade com a comissão, como se estivéssemos em lados opostos, em guerra. É assim que você se sente?

Com isso, seu olhar desafiador pareceu abrandar-se um pouco, mas ele continuava silencioso até que falei:

– Paulo, como é a situação entre você e seu pai? Você age assim com ele também? É isso que você está trazendo para cá hoje?

Então, pela primeira vez, ele olhou para baixo e a expressão no seu rosto ficou quase suplicante. Por fim, ele disse em voz baixa:
– Sim, é isso o que acontece.

Estaria Paulo decidido a magoar e embaraçar seu pai? Acho que devia estar. E certamente ele tinha o poder de fazê-lo. Nesta vida, somos julgados mais pelos resultados que alcançamos do que por aquilo que fizemos ou não para alcançá-los. Em nenhum outro aspecto isso é mais verdadeiro do que na paternidade. E também é verdade que ninguém pode magoar-nos tanto quanto alguém que nós amamos.

Mas não foi necessário muito esforço para concluir que a pessoa mais afetada pela atitude de Paulo era o próprio jovem. Seu presente e seu futuro estavam em jogo por causa de sua raiva não resolvida. Nossos esforços naquele dia e o aconselhamento subsequente foram malsucedidos. Pouco depois da entrevista, ele ultrapassou o limite do qual estivera tão perto naquela ocasião.

Como o caso de Paulo ilustra tão claramente, a maneira como nos sentimos acerca de nossos pais – nossa atitude para com eles e a profunda reação evocada em nós quando pensamos neles – moldará profundamente a forma de nos relacionarmos com todas as autoridades e, em menor grau, com todos os outros seres humanos. E tudo indica que afetará nossa relação com Deus também.

O princípio exposto no quinto mandamento é um sólido alicerce para o bom êxito na escola, no trabalho e até no casamento. Com efeito, na primeira vez em que a Bíblia menciona o casamento, ela o descreve como um homem que deixa seu pai e sua mãe e se une à sua esposa (Gênesis 2:24). Assim, a Bíblia vê o casamento como uma transferência e, em certo sentido, a continuidade de uma relação que começou com nossos pais. Pessoas com problemas não resolvidos com seus pais entram para o casamento em grande desvantagem e correm elevado risco de ter dificuldades em outras áreas da vida também. Por isso, o mandamento diz que, se honrarmos nossos pais, nossa vida será prolongada na terra que o Senhor nosso Deus nos dá (ver êxodo 20:12). Isso quer dizer que uma relação saudável com nossos pais é a base de bons relacionamentos, paz mental e sucesso ao longo da trajetória da vida.




A honra é uma atitude do coração.

Os Dez Mandamentos parecem dividir-se em dois grupos. Os quatro primeiros focalizam nossa relação com Deus, e os seis restantes nos ensinam a interagir com outros seres humanos. O primeiro mandamento diz que devemos adorar nosso Pai celestial. O que estamos analisando agora, o primeiro no grupo das relações humanas, requer que honremos nossos pais.

A honra, assim como a adoração, é uma atitude do coração. Não se refere a um ato ou comportamento específico para com nossos pais, mas à maneira como escolhemos relacionar-nos com eles.

O apóstolo Paulo diz que o quinto mandamento requer dos filhos a obediência a seus pais (Efésios 6:1). Quando algumas pessoas, incluindo pais, ouvem a palavra “obediência”, imediatamente pensam em controle. Eles a interpretam como age uma máquina quando se abre uma válvula ou gira uma chave. Mas a obediência que brota de uma atitude de “honra” é uma resposta inteligente, uma expressão ativa de amor e respeito, não uma aquiescência automatizada para com a autoridade.

Note como o sábio enfatiza essa idéia: “filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não deixes a instrução de tua mãe; ata-os perpetuamente ao teu coração, pendura-os ao teu pescoço. Quando caminhares, isso te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo” (Provérbios 6:20-22). Note que ele está descrevendo uma atitude. A obediência sem a atitude de honra é uma labuta enfadonha e pesada.

Honrar nossos pais significa que desejaremos que eles se sintam bem porque nós mesmos somos bons. Significa também fazer com que sejam bem-sucedidos em seus esforços para que tenhamos sucesso. O quinto mandamento nos manda tirar as luvas de boxe e sair do ringue, ouvir o conselho deles, falar bem deles e procurar meios de mostrar-lhes nosso apreço e respeito. Novamente ouvimos o homem sábio: “Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozije-se a que teu deu à luz” (Provérbios 23:25).

O princípio da honra não varia, mas a forma como se aplica muda ao longo da vida. Altera-se de acordo com o tempo e as circunstâncias. Pouco depois de concluir o curso universitário, tive o privilégio de desfrutar a amizade de Henry Baasch. Nascido em 1885 em Hamburgo, Alemanha, era um homem rico em experiência, bom humor e sabedoria.

Um dia ele me perguntou:

– você é filho de seu pai?

– Ah, bem, sim, acho que sim – respondi, sem saber direito o que ele queria dizer.

– Acho que é – disse ele. – você tem só 21 anos, não é mesmo? Não se preocupe; isso vai mudar. Primeiro, seu pai é seu pai; depois se torna seu filho. Já aconteceu comigo, sabe. Agora meu filho é meu pai. Ele me diz o que fazer, e tenho de ouvi-lo.

O princípio da honra se expressará de modo diferente para um menino de cinco anos e outro de catorze. E aos 14 não é a mesma coisa que aos 25. A fraqueza e a debilidade de nossos pais ao envelhecerem causam outras mudanças. A honra para com eles assume nova dimensão. Deixar de reconhecer e adaptar-se a essas novas circunstâncias é a fórmula para o surgimento de problemas. No entanto, quando o relacionamento vai bem, é no ocaso da vida que podemos mais plenamente apreciar o significado das palavras de Davi: “herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão. Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade. feliz o homem que enche deles a sua aljava” (Salmo 127:3-5).

Naturalmente, nem mesmo a morte de nossos pais anula nossa obrigação de honrá-los. Nosso estilo de vida pode ainda representá-los bem e honrar sua memória. Podemos viver de um modo que expresse gratidão para com aquilo que eles defenderam e que recebemos deles.

De quem é a responsabilidade


Ao dirigir-se à descendência, e não aos pais, o quinto mandamento coloca a responsabilidade onde em última análise ela deve estar. Para a maioria das pessoas, é verdade que os pais fazem uma diferença maior na sua vida do que qualquer outro ser humano. Quem se torna pai assume uma grande responsabilidade. Mas o mandamento concentra nossa atenção no ponto crítico da atitude dos filhos para com a relação, porque ela é, basicamente, o que fará a maior diferença.

Nossos pais podem disciplinar-nos, aconselhar-nos, dar bom exemplo, chorar por nossa causa e orar por nós. Mas nunca farão especificamente aquilo que faz toda a diferença. Eles não podem tirar de nós o poder de decisão. A maior honra que lhes podemos conceder não será por palavras nem por amontoar flores sobre suas tumbas, mas por ser o tipo de pessoa que devemos ser. E a escolha de fazê-lo repousa inteiramente em nossas mãos.

Um dos felizes resultados de ter passado uma vida inteira na sala de aula é que tenho muitos amigos jovens que nunca deixam de responder com entusiasmo e boa vontade quando vêem uma necessidade real. Suponha que eu tivesse de empurrar meu carro da garagem para a rua numa manhã e esperasse até que alguns dos meus jovens amigos passassem pela frente de casa. Chamando-os, eu diria:

– Será que vocês poderiam dar um empurrãozinho?

Você acha que eles me deixariam na mão? De jeito nenhum!

Assim, depois de me empurrarem por um quarteirão e eu perceber que estavam ficando cansados, eu anunciaria:

– OK. Aprecio muito o que fizeram. Já é suficiente.

Depois, ao saírem, eu veria se mais alguém poderia fazer a mesma coisa. Seria possível repetir essa estratégia umas três ou quatro vezes, mas não demoraria para que alguém perguntasse:

– Mas aonde é que o senhor quer chegar? Quer que empurremos o carro até o posto de gasolina ou a oficina mecânica?

A essa altura, eu teria de contar-lhes a verdade.

– Bem... não exatamente. Acontece que, bem... preciso chegar a Monterey, e vocês sabem que o preço da gasolina tem aumentado ultimamente.

Acham que meu plano daria certo?

Como eu disse, conheço bom número de jovens extraordinários. Eles têm bom coração e estão sempre prontos para uma piada e um divertimento. Quando alguém lhes dá uma cutucada na direção certa da vida, não se rebelam nem resistem. Tomam a direção certa por algum tempo, mas logo começam a brincar de novo, desperdiçando tempo, à espera de alguém que lhes dê outro empurrão.

Agora, não me entendam mal – todos nós precisamos de um bom conselho e uma palavra de ânimo. Um bom empurrãozinho espiritual no momento certo pode ser exatamente aquilo de que precisamos para começar.

Por vezes, quem sabe, isso inclui até alguma correção séria ou repreensão. Porém, cedo ou tarde (e melhor se for mais cedo do que mais tarde), teremos de ligar nossos motores. Ninguém vai me empurrar o caminho todo até Monterey. Ninguém tampouco vai empurrar você até o Céu.

Veja se pode imaginar a seguinte cena. Uma mulher chega aos portões do Céu e tenta esgueirar-se lá para dentro sem ser notada.

– Espere aí! – diz o porteiro. – Onde está indo?

– Quem, eu?

– Ela parece estar realmente nervosa por algum motivo. – Ah, bem, é que eu li o verso onde está escrito que, se eu lavar minhas vestes e torná-las brancas no sangue de Jesus, posso entrar na cidade pelas portas [Apocalipse 22:14]. Foi isso que eu fiz: eu as lavei e aqui estou.

– Mas noto que a senhora está carregando algo sob suas vestes. O que é?

Diante disso, a pobre mulher fica ainda mais nervosa. Parece que está a ponto de chorar.

– Ah, isto aqui. É só uma coisa... hã... algo que eu queria trazer comigo.

– O que é?

Agora suas lágrimas começam a cair. – Senhor, é um dos meus filhos. Quero muito que ele esteja aqui comigo. Por favor, não posso entrar com ele também?

Se você acha que essa cena é apenas humorística, talvez ainda não tenha percebido o quanto os pais anseiam dar aos seus filhos a coisa mais preciosa que poderiam desejar para si mesmos, e o quanto sua alegria e paz mental estão ligadas a essa questão.

Mas isso nunca poderá acontecer. O profeta Ezequiel faz uma vívida comparação. Diz que, mesmo que Noé, Daniel e Jó vivessem hoje, por sua fidelidade não poderiam salvar a ninguém além de si mesmos (Ezequiel 14:20). É assim que acontece, porque a fé não é transferível.

Às vezes dizemos que Deus não tem netos. Também é verdade que Ele não tem sobrinhas nem sobrinhos, parentes por afinidade ou qualquer outra coisa. Ele tem apenas filhos. Isso significa que não podemos estabelecer uma relação com Deus por meio da fé manifestada por alguém e entrar no Céu agarrados às abas do seu casaco. Nossos pais podem ter sido boas pessoas. Nesse caso, devemos ser agradecidos; afinal, nem todos têm esse privilégio. Mas precisamos fazer algo mais do que apenas admirá-los. Precisamos tomar nossa própria decisão e aceitar o sacrifício de Jesus em nosso favor. Estabelecendo nosso próprio relacionamento pessoal com Deus, devemos adotar a disciplina espiritual da oração e da fé, e experimentar por nós mesmos “o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tito 3:5).

É por isso que o quinto mandamento se dirige aos filhos e não aos pais, porque é com eles que fica realmente a responsabilidade.

O Outro lado da Honra.

É claro que nada do que eu disse antes diminui ou minimiza a responsabilidade dos pais nem lhes dá motivo para achar que têm pouca ou nenhuma responsabilidade pelo seu modo de lidar com os filhos. É impossível considerar a atitude dos filhos para com seus pais sem também vê-la como uma moeda de dois lados, porque a interação entre pais e filhos é recíproca. Quando o apóstolo Paulo fala sobre o quinto mandamento, deixa claro que o dever dos filhos de honrar os pais é contrabalançado pelo dever dos pais para com os filhos (Efésios 6:1-4; Colossenses 3:20 e 21).

Notamos que a honra que os filhos devem dar a seus pais é uma atitude de amor e respeito, em vez de uma aquiescência automatizada para com a autoridade. A questão vital para os pais é: Que tipo de ensino e exemplo posso dar, que tipo de interação posso promover para facilitar esse tipo de reação? Como posso encorajar nos meus filhos essa resposta inteligente? 

Um sistema de disciplina baseado na coerção e no castigo claramente não é a resposta. A obediência que não envolva a razão e a participação de uma vontade autônoma não é “honrosa”.

Se queremos ver em nossos filhos uma resposta que brote de seu próprio raciocínio, inteligência e boa vontade, então, o mais cedo possível e com a maior frequência possível (em alguns casos, mais cedo e com maior frequência do que seria confortável), devemos começar a apelar para essas faculdades superiores, lembrando que nosso objetivo não é controlar, mas estimular uma atitude de honra.

Valorizar a vontade dos filhos não envolve uma renúncia irresponsável da autoridade paterna. Mas significa que, desde cedo, deixaremos que façam o maior número de escolhas. Precisamos procurar oportunidades para que possam exercer sua vontade e decidir. Naturalmente, não iríamos perguntar a uma criança de dois anos: “você prefere tomar suco de laranja ou uma latinha de cerveja?” Mas, se procurarmos as oportunidades e até as criarmos, haverá muitos momentos em que poderão começar a exercer o poder de escolha. “você quer o suco de laranja no copinho azul ou naquele com desenho de flores?” E, antes de lhes dizer “não” ou “você tem que fazer como eu mandei”, perguntaremos a nós mesmos: “isso realmente importa? Que dano vai causar?”

Alguns anos atrás, a psicologia popular tinha uma corrente conhecida como “análise transacional”. As letras P-A-C, que representam pai-adulto-criança, resumiam um aspecto fundamental da teoria. A idéia era que todo intercâmbio (ou transação) entre duas pessoas ocorresse num desses três níveis. Um “pai” corrige, instrui, ordena e repreende. “Pegue aquela camisa e coloque-a no guarda-roupa.” Essa é, naturalmente, uma intervenção “P” (de “pai”). A resposta lógica e apropriada a essas palavras será uma reação “C” (de “criança”): “Ah, mamãe, tenho que fazer isso mesmo?” Ou talvez até: “OK, mamãe, já vou.”

Uma intervenção “A” ou de “adulto” é aquela que considera a outra pessoa como sendo inteligente, disposta a fazer a coisa certa e capaz de tomar uma boa decisão. A resposta natural para uma intervenção de adulto é uma reação de adulto. O princípio do qual falamos aqui significa que, tão logo quanto possível e com a maior frequência possível, devíamos envolver nossos filhos em transações de adulto-para-adulto.

Quando nosso filho David tinha oito anos de idade, precisava tomar o ônibus escolar todas as manhãs às 8h30. Descobri que acordá-lo em tempo era uma tarefa monumental que parecia ficar pior com o passar dos dias. Todas as manhãs, eu entrava e anunciava: – David, está na hora de levantar!

E a resposta dele era algo que você teria de pronunciar mais ou menos assim:

– Mmmmmmmmm. Hmmmmmmmm.

Alguns minutos mais tarde: – David! Eu disse que é hora de levantar. você me ouviu?

– Mmmmmmmmm. Hmmmmmmmmm.

Mais tarde, totalmente exasperado, eu gritava: – você saia dessa cama neste minuto! Se não se levantar agora, você vai ver!

A essa altura, com os olhos abertos uns 20%, David começava a se mexer, enquanto eu tentava apressá-lo a tirar o pijama e vestir o uniforme da escola.

Eu havia lido acerca do “P-A-C”, mas obviamente a leitura não dera bom resultado no fim das contas. Finalmente, certa manhã, entrei e disse: – Oi, David!

– Que foi?

– A que horas você vai levantar?

Diante disso, os olhos azuis se abriram e ele me olhou sério. – Não sei. Que horas são?

– Faltam quinze para as sete.

– Ah, OK – disse ele, e imediatamente se sentou e começou a tirar o pijama.

Quem dera pudesse eu dizer que nunca mais cometi o mesmo erro, mas a experiência serviu para reforçar o princípio: o melhor plano para ajudar nossos filhos a se tornarem adultos responsáveis é dar-lhes responsabilidade, deixá-los encarregados de suas próprias decisões tão cedo quanto possível e com a maior frequência possível.

Eu havia assumido a tarefa de fazer com que David saísse para a escola em tempo e, ao fazê-lo, tirei a responsabilidade das mãos dele. Ao colocá-la de volta em seu devido lugar, ajudei-o a se preparar para a vida no mundo real. E o auxiliei a guardar o quinto mandamento, porque a honra é, acima de tudo, um exercício da vontade livre, uma decisão racional de adotar uma atitude que resulte em bons e agradáveis relacionamentos com nossos pais em primeiro lugar, e depois com todos os outros com quem tratamos na vida.

Isso significa, na prática, que às vezes deixaremos que façam escolhas erradas? Em alguns casos, não há maneira melhor de aprenderem do que sofrer as consequências de uma decisão errada. E, à medida que a capacidade de julgamento e a maturidade de uma criança crescerem, haverá um aumento gradual na sua autonomia e na responsabilidade.¹

O Último Beijo

Não me lembro da primeira vez em que minha mãe me beijou. Deve ter sido quando eu era bebezinho, porque ela certamente me beijou muitas vezes enquanto eu crescia. Embora não me lembre do primeiro beijo, recordo-me do último.

Os anos passam voando, e todo relacionamento humano traz consigo algumas tensões e atritos. Isso não é horrível nem desonroso, mas normal. Se, porém, tivermos no coração o abrangente princípio da honra, o amor prevalecerá. Então, quando as tensões nos ameaçarem, talvez trazendo dor e até amargura, deveríamos pensar naquele último beijo, porque ele certamente virá. O que você desejará recordar quando se despedir dos seus pais pela última vez?

Um amigo me contou que, quando seu pai envelheceu, a mente daquele idoso homem nem sempre era clara. Mesmo assim, quando se aproximou o aniversário do seu pai, meu amigo lhe telefonou. 

– Feliz aniversário, papai! – disse ele. – E que Deus o abençoe! 

Naquele dia os pensamentos do seu pai estavam bem coordenados, porque ele respondeu imediatamente: 

– Não, filho. A bênção é para você. Deus o abençoe, porque você sempre me honrou. 

Dois meses mais tarde, meu amigo sepultava seu pai. Que conforto foi para ele, então, lembrar-se das palavras do pai! 

Os funerais são sempre tristes, mas nunca presenciei mais angústia e pranto do que nas ocasiões em que o remorso deixa ainda mais amarga a tristeza da despedida. 

Assim, pense nisso enquanto você ainda tem a oportunidade, enquanto você ainda pode fazer algo ou dizer alguma coisa que faça a diferença. Pense no último beijo, porque ele virá. Honre seu pai e sua mãe, e seus dias na Terra serão não apenas prolongados, mas muito mais satisfatórios e cheios de paz, alegria e sucesso.



1 - “Com frequência, é pessoalmente inconveniente permitir às crianças tempo para debater alternativas, e pode ser pessoalmente frustrante quando as escolhas delas contradizem nossas preferências. Se houver algum ‘orgulho’ egoísta e sensível em jogo, é muito difícil para a maioria dos adultos não controlar as crianças de maneira autocrática. Então, à semelhança de qualquer ditadura, isso parecerá ‘mais eficiente’ – para o ditador, pelo menos. O efeito sobre o caráter, contudo, é reprimir o desenvolvimento do julgamento racional e criar ressentimentos que vão impedir o desenvolvimento de impulsos genuinamente altruístas” (Robert Peck, Robert Havighurst e outros, The Psychology of Character Development [Nova York: Wiley, 1960], p. 191).


Trecho do Livro Os Dez Mandamentos : princípios divinos para melhorar seus relacionamentos. Pags 42 a 52. de Loron Wade tradução Eunice Scheffel do Prado. – Tatuí, SP :
Casa Publicadora Brasileira, 2006.
Título original: The Ten Commandments.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

A Bíblia Sagrada.


Vídeo do programa Evidência da REDE NOVO TEMPO canal 184 da NET.

Bíblia (do grego βίβλια, plural de βίβλιον, transl. bíblion, "rolo" ou "livro") é o texto religioso de valor sagrado para o Cristianismo, em que a interpretação religiosa do motivo da existência do homem na Terra sob a perspectiva judaica é narrada por humanos. É considerada pela Igreja como divinamente inspirada , sendo que trata-se de um documento doutrinário. Segundo a tradição, aceita pela maioria dos cristãos, a Bíblia foi escrita por 40 autores, entre 1445 e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento) e 45 e 90 d.C. (livros do Novo Testamento), totalizando um período de quase 1600 anos.

 A maioria dos historiadores acreditam que a data dos primeiros escritos considerados sagrados é bem mais recente: por exemplo, enquanto a tradição cristã coloca Moisés como o autor dos primeiros cinco livros da Bíblia (Pentateuco), muitos estudiosos aceitam que foram compilados pela primeira vez apenas após o exílio babilônico, a partir de outros textos datados entre o décimo e o quarto século antes de Cristo. Muitos estudiosos também afirmam que ela foi escrita por dezenas de pessoas oriundas de diferentes regiões e nações.







sábado, 2 de agosto de 2014

Nos heróis a ferida não dói - Feliz dia dos Pais 2014.


Dias dos pais 2014 - Super Heroi from Roberto on Vimeo.

Uma homenagem aos pais, sempre firmes, incansáveis e fortes. Destemidos por suas famílias, leões na defesa de suas crias.Mas nem sempre é assim, às vezes se sentem frágeis, fracos e temerosos. Muitas vezes em suas fraquezas chegam em casa tristes e calados, pedindo para o dia acabar. Recolhidos em um canto choram por dentro sem demostrar fraqueza, muitas vezes até sorriem pra disfarçar seus medos e dúvidas. No Espirito Santo se fortalecem e recomeçam como se nada tivesse acontecido.


"Tudo posso naquele que me fortalece"
 (Filipenses: 4:13)


Na canção gospel de Thiago Grulha, "Super Herói", faço aqui minha homenagem a esses homens, que sob a mão do Espirito Santo lutam, sonham, planejam e também amam. Em Deus podem o céu alcançar. Também podem voar, quando de joelhos pedem a Deus por sua família, por seu trabalho, por seus semelhantes por esse mundo algoz e desumano. Que Deus os ouça e os proteja de todo o mal!! Amém!!


Que todos os pais sintam-se homenageados 
e tenham um Feliz Dia dos Pais!!


terça-feira, 13 de maio de 2014

O meu encontro com o livro " O Grande Conflito".


Estava no Exercito, cumpria meu serviço militar obrigatório, tinha 19 anos quando ouvi falar do livro " O Grande Conflito". Não dei muita importância, mas me impressionou o conteúdo do livro.Uma senhora na sala de espera de uma clinica médica do Exercito na Praia Vermelha, na Urca/RJ. Eu esperava para ser examinado e de longe ouvia ela contar passagens do livro. Aquilo fazia um enorme sentido e fiquei curioso, bastante impressionado, mas aquela curiosidade foi esquecida, apesar de ficar na memória. Um ano depois conheci uma menina, que virou amiga e depois namorada. Ela era adventista do 7º. dia, uma igreja fascinante e coerente, que me chamou a atenção por ser ética e seguir a Bíblia a finco. Gostei, quis conhecer mais e passei a receber estudos bíblicos. Pois não é que acabei descobrindo as referencias das historias daquela senhora da clinica?Acabara de perceber que aquelas historias eram do livro " O Grande Conflito"! Pronto fechou!!

Um ano após, revirando uns livros velhos de meu pai, encontro uma versão do livro. Espantei-me!!Meu pai era uma homem inteligente, mas não era um homem de livros, os tinha, mas não era lá um grande leitor. Gostava de publicações, de coleções, mas não era um leitor assíduo. Pensei esse livro me segue... Coincidências que fortificavam minha fé e me convencia que Deus estava no comando. Ainda pensativo, imaginei: "meu pai deve ter comprado de algum colportor adventista e gostado". Meu pai, assim como a minha mãe, era Católico Apostólico Romano de carteirinha. Chegou a me obrigar a fazer 1ª. comunhão, que fiz com uns 15 anos.Mal sabia eu o quanto aquilo me ajudaria no futuro, quanto bem fez aquele contato com a fé. Mas só fui até o fim porque meu pai queria, assim como a minha mãe. Sempre gostei da religiosidade, ela sempre esteve presente na minha casa, nas pessoas ao meu redor. Quem vem do nordeste brasileiro sabe que se não tiver fé você morre diante das amarguras de uma vida sofrida.

Resolvi contar essas lembranças pelas coincidências com esse livro. Ele sempre esteve comigo, mordendo-me e me chamando à uma realidade, à uma verdade tão clara que parece invisível de tão grande e tão próxima. O Grande Conflito é um livro extraordinário! Fico feliz por ter sido cercado por ele, providência essa, do Espirito Santo que me envolveu e sempre esteve mostrando o caminho da verdade.

Por último deixo a dica para quem não leu ainda, leia! Ele está disponível de todas as formas, desde a clássica e antiga forma, impressa até em DVD. Há também uma versão condensada. Escolha a forma e boa leitura.

DESCRIÇÃO
Esta obra, que conta com centenas de milhões de cópias espalhadas por todo o mundo, responde a importantes questões como: qual o sentido de tudo o que acontece? Porque testemunhamos acontecimentos dramáticos a cada dia? Que grandes eventos irão suceder neste planeta? Como a Bíblia revela o que está no futuro?

Desde as tristes cenas da queda de Jerusalém até à grande crise e ao despertamento religioso preditos na Bíblia, este é o relato da luta entre o bem e o mal, a luz e as trevas, a esperança e o desespero. Que termina com a vitória da vida, da glória eterna e do amor de Deus.

domingo, 13 de abril de 2014

Frente à frente.


                                              FRENTE À FRENTE.
Ele e você frente a frente...
Distantes do medo, numa paz revigorante;
Alegria, segurança, mansidão, confiança, esperança;
Um silencio profundo e um conforto jamais desfrutado
Uma ausência de calor, sem a presença de frio, numa luz calma e brilhante.

Você e Ele frente a frente
Sem culpa, sem lágrimas ou prantos...
Seus erros e suas  desculpas perdoados, esquecidos
Seus sonhos renovados e sua fé fortalecida;
Sua impotência revelada,
Sua liberdade ampliada e seus limites extravasados...
Quando estamos frente a frente com Jesus,
Sentimos toda a nossa dor e infelicidade resumidas a um sopro do nada...
Só na a frente de Jesus, num abraço apertado, podemos sentir todo o Seu amor e verdade...Amém!
(Roberto C Lima)


Todo aquele que pretende viver uma vida de acordo com os mandamentos de Deus terá oposição. O que não faltará é gente pra fazer oposição. É preciso muita personalidade e muita certeza para tal feito. Claro que Deus sabe disso, ao mesmo tempo que se sofre ataques também se tem uma força descomunal. Deus nos abençoa com uma coragem e um desprendimento que os opositores não têm. O ser humano vive em cima do muro, ter uma opinião, ter um ponto de vista gera sempre divisão, é preciso ter coragem pra tudo, pra coisas de Deus, ainda mais! Mas não se desespere, dobre as pernas e peça em oração forças e ela virá.

Há inúmeras forma de ataques. Hoje com advento da Internet, eles são on line. Pelas redes sociais, canais de vídeo e posts em blogs. A melhor forma de subsistir a esses ataques é o relacionamento com Jesus. Vivendo o dia a dia com Jesus, deixando Jesus à frente, pedindo constante auxilio às suas escolhas, às suas decisões, à sua vida. A leitura da palavra de Deus, a Bíblia, é o caminho, é o atalho, assim como a oração constante. Outro dia na TV, num canal a cabo, vi uma chamada de um programa que contestava toda a palavra de Deus, até mesmo a existência de Jesus. Uma matéria sem pé nem cabeça, contestando tudo só por contestar. Talvez por mídia, ou talvez para realmente abalar a fé daqueles ainda frágeis.

Amigos para sobreviver a esses ataque Jesus precisa ser real pra você, Ele precisa que você O deixe está aí ao seu lado. Sorrindo com você, chorando com você, vivendo ao seu lado. Dessa forma nada abalará sua paz, sua fé...

Uma Fé Extraordinária - John Harper

                                                              John Harper, a esposa e filha - Google Fotos. No livro “The Titanic's Last...