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sábado, 16 de agosto de 2014

7 substitutos do trigo.


POR MINHA VIDA - PUBLICADO EM 05/10/2011
Café da manhã com um pãozinho e manteiga e um pedaço de bolo é prazer simples para começar bem o dia. Mas esse não é sabor do amanhecer para quem sofre de doença celíaca (incapacidade de digerir o glúten, proteína encontrada no trigo, no centeio, na cevada, no malte e na aveia). "Diarreia, vômitos e fraqueza são alguns dos sintomas que surgem caso haja o consumo", afirma a médica Vera Lúcia Sdepanian, chefe do Departamento de Gastroenterologia da Unifesp. O diagnóstico da doença é feito a partir de avaliação clínica e biópsia do intestino, para descobrir se há limitações na digestão. 

Constatado o problema, o maior desafio é montar uma dieta livre de receitas com trigo ou outro cereal com glúten. Não é moleza: a maioria de pães, bolos, molhos cremosos e sobremesas conta com a proteína, ainda que em pequenas quantidades. Mas existem alternativas, como mostram os especialistas que o Minha Vida entrevistou. Para montar a galeria de sugestões que você acompanha a seguir. 

Milho - Foto Getty Images

O milho
Rico em nutrientes como proteínas e fibras, além de oferecer em minerais (como fósforo, ferro, potássio e zinco), e vitaminas do complexo B. Facilmente encontrado, o pão de milho serve como substituto para o pão feito francês, feito com farinha de trigo "Diferente do que acontece com o pão de trigo, o pão de milho não perde a casca durante o processo de preparação. Isso faz com que ele preserve todos os nutrientes do grão", afirma o nutricionista Vinicius Oliveira, da Academia Forum Exere Fitness. Fubá e milharina, outros derivados do milho, também são ingredientes versáteis para receitas, lembra a a nutricionista Rosana Farah, especialista do Minha Vida.


Linhaça dourada - Foto Getty Images

Linhaça Pão, farinha, vitamina, molho e o óleo de linhaça trazem benefícios ao corpo, por serem fontes de vitamina A, cálcio, ômega 6, fibras, ligananas - fitoestrógenos capazes de regular os hormônios femininos, principalmente na menopausa e períodos pré-menstruais.

A grande quantidade de ômega-3 é o grande destaque deste grão. "A linhaça evita a formação de coágulos ao diminuir as taxas de colesterol total e de LDL, o colesterol ruim. Ela também contribui para a diminuição de pressão arterial, deixando o coração mais protegido", explica a nutricionista, Flávia Morais, da rede Mundo Verde.

De acordo com o nutricionista Vinicius Oliveira, o pão de linhaça ainda proporciona aumento de energia e de vitalidade. "A linhaça acelera o metabolismo, dando mais disposição e diminuindo o cansaço. É uma ótima opção de lanche após o treino", afirma.


grão de bico- Foto Getty images

Grão de bico Rico em vitaminas do complexo B e vitamina A, o grão de bico também oferece grande quantidade de fibras lipossolúveis, que ajudam a eliminar açúcares e gorduras do organismo. "O grão de bico diferencia-se das outras leguminosas porque tem digestão mais fácil e grandes doses de ferro numa porção", afirma a nutricionista Rosana Farah. 

Além disso, o grão ajuda a manter o bom humor. Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém e da Universidade de Haifa, ambas em Israel, desenvolveram um estudo que comprovou: quem come grão-de-bico diariamente é mais alegre.O triptofano, aminoácido essencial para a produção da serotonina, explica a reação do organismo. Essa substância ativa os neurotransmissores cerebrais que dão sensação de bem-estar, satisfação e confiança. Por ser feito com grão de bico, o húmus, espécie de pasta comum no oriente médio, também traz esses benefícios ao corpo. O grão ainda pode ser usado na preparação de pães.


Painço - Foto Getty Images
Painço Ainda pouco conhecido no Brasil, o painço, assim como o trigo, contém grandes quantidades de proteínas, mas não contém glúten. Fósforo, manganês e magnésio, minerais que ajudam a manter o sistema imunológico em dia, são outros nutrientes encontrados no painço.

"Por ser uma fonte de fibras, o painço ajuda na absorção da glicose pelo organismo, indicado a pacientes com diabetes. Vale lembrar que alimentos ricos em fibras dão mais saciedade, reduzem o colesterol, melhoram a digestão e o funcionamento do intestino", diz a nutricionista Daniela Jobst, especialista do Minha Vida. A farinha de painço pode ser usada no preparo de bolos, tortas, mingaus e sopas.



amaranto - Foto Getty Images

AmarantoUm estudo feito pela Universidade de Campinas, diz que o amaranto ajuda a combater a aterosclerose e os altos níveis de colesterol ruim, o LDL, no sangue. Esse tipo de colesterol é aquele que forma as placas de gorduras que podem entupir as artérias, causando infartos e derrames. Além disso, os autores do estudo afirmam que o amaranto contém esqualeno, um antioxidante que inibe a produção de uma enzima responsável pela síntese de colesterol ruim, sem alterar a produção do HDL, conhecido como colesterol bom.

Ele também é rico em proteínas de alto valor biológico, minerais como cálcio, fósforo, potássio, vitaminas e aminoácidos essenciais para o bom funcionamento do organismo.


Quinua- Foto Getty Images

Quinua
Rica em aminoácidos, carboidratos complexos e proteínas, a quinua é outro grão que não contém glúten e pode fazer parte da dieta de celíacos. Ela é fonte de gorduras boas, como oômega 3, capaz de proteger os vasos sanguíneos e diminuir os riscos de complicações cardiovasculares. A quinua também é rica em ferro, magnésio e fósforo, minerais importantes para o organismo, principalmente para a saúde dos músculos. 

"A quinua é um grão que também pode ser encontrada na forma de farinha e farelo. É um produto riquíssimo em proteína e foi considerado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação como sendo um alimento perfeito", explica Rosana Farah.

No entanto, a quinua tem um ponto fraco: seu preço. Mesmo que esteja cada vez mais comum, esse grão ainda custa caro, cerca de 30 reais um pacote de 500 gramas.

arroz - foto getty Images

Arroz Além desses grãos, outros alimentos podem ser usados para substituir a farinha de trigo como fonte de fibras e proteínas. É o caso do arroz. Ele é um cereal importante por ser uma boa fonte de carboidratos, proteínas, fibras, vitaminas e minerais, principalmente em sua versão integral. "Opções feitas com farinha de arroz, fécula de batata e mandioca são ótimas alternativas. Esses alimentos, assim como o trigo, a centeia e a aveia, são ricos em fibras e proteínas", Vera Lúcia Sdepanian, chefe do Departamento de Gastroenterologia da Unifesp. 




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