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Mein Kampf é o título do livro de dois volumes de autoria de Adolf Hitler, no qual ele expressou suas ideias antissemitas, racialistas e nacional-socialistas, então, adotadas pelo partido nazista. É importante notar a flexibilidade conotativa e contextual da língua alemã da palavra "Kampf", que traz diversas possibilidades de traduções do título para o português. A palavra também pode ser traduzida como "luta", "combate", ou até mesmo como "guerra"' o que é evidenciado por vários exemplos como os nomes alemães de diversos tanques ("Panzerkampfwagen", "Veículo de guerra blindado") ou por números de bombardeiros ("Sturzkampfflugzeug", "Avião bombardeiro de guerra"). A grande maioria dos linguistas, entretanto, ainda julgam "Minha Luta" a tradução correta.
O primeiro volume foi escrito na prisão e editado em 1925, o segundo foi escrito por Hitler fora da prisão e editado em 1926. Mein Kampf tornou-se um guia ideológico e de ação para os nazistas, e ainda hoje influencia os neonazistas, sendo chamado por alguns de "Bíblia Nazista".
É importante ressaltar que as ideias propostas em Mein Kampf não surgiram com Hitler, mas são oriundas de teorias e argumentos então correntes na Europa. Na Alemanha nazista, era uma exigência não oficial possuir o livro. Era comum presentear o livro a crianças recém-nascidas, ou como presente de casamento. Todos os estudantes o recebiam na sua formatura.
O Poder da ficção nas vidas das pessoas.
Obras de ficção mudam comportamentos e percepções das pessoas, diversos estudos foram feitos sobre o poder da ficção nas atitudes e no comportamento das pessoas. Essas pesquisas avaliam as percepções de participantes contrários e favoráveis a uma determinada causa polêmica, como o aborto ou a pena de morte.Os dois grupos leem textos de ficção ou não ficção sobre um mesmo assunto e com conteúdo similar.
Na maioria dos estudos, as pessoas que leem textos de ficção mudam de opinião com muito mais facilidade do que as expostas a histórias reais. Absortos em histórias fictícias, os individuo tendem a baixar a guarda, deixam seus preconceitos de lado. Varrem a dose de ceticismo que têm sobre determinado assunto para debaixo do tapete e tornam-se mais receptivos a crenças contrárias às suas. Colocam-se no papel do personagem principal e vivenciam seus dramas e problemas.
Um exemplo recente aconteceu nos Estados Unidos. Os americanos sempre foram majoritariamente contrários ao homossexualismo e ao casamento gay. Nos últimos quinze anos, a situação se inverteu. Os cientistas sociais não entendiam a velocidade da transformação. Afinal, concepções dessa natureza não mudam tão rapidamente. A justificativa encontrada pelos sociólogos foi a proliferação de programas, de sereis de TV e novelas sobre o universo gay, com personagens homossexuais afáveis, como Will e Grace e Modens Family. O fato é que sempre pensamos na ficção como forma de escapismo. Mas uma história não produz entretenimento, ela também nos molda e é capaz, inclusive, de interferir nos acontecimentos históricos.
A Ficção também muda o mundo.
Uma das principais evidências históricas de que a ficção tem o poder de mudar o mundo, foi a publicação, em 1852, de A Cabana do Pai Tomás, livro abolicionista escrito pela americana Hariet Beecher Stowe. A exceção da Bíblia, foi o livro mais vendido em todo o século XIX e teve um impacto enorme nos Estados Unidos. É reconhecido por todos dos historiadores como a força propulsora da guerra civil americana. O livro mostrou aos nortistas o lado cruel da escravidão. No sul, o efeito foi contrário. Os sulistas sentiram-se insultados pela obra. Há diversos outros exemplos de como a ficção mudou o mundo, nem sempre para o bem.
Os Sofrimentos do Jovem Werther, do poeta alemão Goethe, provocou um dilúvio de suicídios semelhantes ao do personagem principal no seculo XVIII. Décadas depois, em 1835, o inglês Edward BulwerLytton escreveu o livro Rienzi, o Último do Tribunos, que inspirou o compositor alemão Richard Wagner a produzir a ópera do mesmo nome. Nosso livro em questão, Mein Kamfp (minha luta), escrito por Adolf Hitler, foi em na peça de Wagner que Hitler encontrou motivação para escrever.
A literatura nos dias atuais.
Os jovens e as pessoas em geral estão lendo cada vez menos, sem dúvida. Isso não significa, no entanto, que elas estão se afastando das histórias e da ficção. A leitura deixou de ser prioritária porque foi sendo substituída pouco a pouco pelas outras formas de narrativas trazidas da revolução digital. Um americano médio assiste ao menos cinco horas de TV por dia e gasta cada vez mais tempo imerso na realidade virtual dos videogames.
A ficção é a principal responsável pelo desenvolvimento e pelo bem-estar psicológico do ser humano, vai continuar a fazer parte da nossa vida. Muitos cientistas concordam com a tese de que criar, contra e participar de uma história são ferramentas evolutivas desenvolvidas por motivos bem específicos. Não existe a possibilidade de tudo isso desaparecer. Seria como desaprender a caminhar. A geração videogame está dentro de uma obra que está sendo criada e partilhada em tempo real. A minha impressão é que os games vão intensificar os efeitos da ficção em nossa vida, não diminuí-los. Nos jogos virtuais, a pessoa é o personagem principal e não diz "ele morreu", mas sim "eu morri". E isso faz toda a diferença.
Referencia:
Wikipédia