quinta-feira, 9 de setembro de 2021

BEN

         

        Ben nasceu no dia 20 de setembro de 1989. Pouco depois de seu nascimento, soubemos de sua cegueira e surdez. Quando estava com três anos, soubemos também que nunca andaria.

         A partir do segundo dia de vida de Ben, nossa família percorreu um caminho que nunca havíamos imaginado. Centenas e centenas de quilômetros até os melhores médicos e os melhores hospitais. Centenas de agulhas e raios-x, tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas. Depois disso vieram as lentes de contato, o aparelho nos dentes, aparelhos auditivos, cadeiras de rodas, andadores e macacões para engatinhar - junto com todos os terapeutas para nos mostrar como usar todas essas coisas. As operações nunca pararam.

         A vida de Ben hoje em dia consiste de seu professor habitual, um professor para pessoas com deficiência visual, um professor para pessoas com deficiência auditiva, um terapeuta ocupacional, um fisioterapeuta, um patologista de fala e linguagem, um pediatra, um neurologista, ortopedista, um oftalmologista pediátrico, um otorrinolaringologista, um fonoaudiólogo, um dentista, um cirurgião dentista e um ortodontista - e ele só tem oito anos de idade.

        Ainda sim, todas as manhãs meu homenzinho acorda com o maior sorriso no rosto, como quem dissesse: "Ei, vocês, estou aqui para mais um dia, e estou tão feliz!"

        Nossa filha nasceu três anos antes de Ben. Lembro-me de seu pai eu olhando para ela durante longos períodos de tempo quando ela tinha cerca de dois anos, esperando que a próxima palavra ou som escapulisse. Sempre que isso acontecia era um momento marcante na história - tópico de orgulhosas conversas com que quer que tivesse a paciência de escutar. Realmente tínhamos uma criança brilhante e notável. Ainda temos. 

        Depois que Ben nasceu, nosso amor por ela mudou nossa visão sobre o que era realmente importante a respeito de nossos filhos. Não tinha mais importância quantas palavras falavam com quantos anos, ou que desenvolvimento fenomenal acontecia antes da previsão feita em qualquer livro sobre bebês. Nossos filhos se tornaram indivíduos, cada um possuindo qualidades maravilhosas, que não devem ser comparadas. Suas vidas não devem ser medidas pela falta de habilidade ou pela habilidade excepcional, mas pela força da perseverança.

        Quando Ben estava com cerca de quatro anos, dirigia com bastante domínio sua cadeira de rodas, mas nunca havia dito uma palavra - apenas sons abertos de vogais. Então nossa família começou a colocar um gravador ligado, na mesa durante o jantar, para gravar os sons que Ben estava fazendo, porque ele demonstrava claramente que queria participar das conversas. Pensamos que, talvez, se ele ouvisse a sua voz gravada e as nossas, isso estimularia algo dentro dele.

        Um dia em setembro de 1993, a fita estava rodando enquanto eu alimentava Ben e fazia alguns sons, tentando estimular algum interesse nele. De repente o tempo parou. Nunca esquecerei a expressão nos olhos de Ben. a concentração em seu rosto, a forma de sua boa, como ele olhava pra mim de sua cadeira de rodas quando falou suas primeiras palavras:

         -  Eu te amo.
         
        Virei-me para meu marido e ele olhou para mim com os olhos cheios d'água e disse:

        - Terry eu ouvi!

        Ben disse aquelas palavras para mim e eu as tenho gravadas para ouvir sempre que precisar. Também fico grata, pois ele não disse outra palavra desde então. 

        Mas,  vocês sabem, eu não ouço a fita com tanta frequência. Não preciso. Sempre irei reconhecer a expressão de seus olhos - mesmo que sejam cegos - quando ele procura meu rosto para me dar um beijo. Isso é tudo que eu preciso.


Terry Boisot.


        

Carta extraída do livro Historias Para Aquecer o Coração.

O ingrediente secreto de Martha.



      Aquilo incomodava Ben cada vez que passava pela cozinha. Era a pequena caixa de metal na prateleira em cima do fogão de Martha. Provavelmente não teria prestado muita atenção ou se incomodado daquela forma se Martha não tivesse repetido tanto para ele nunca pegar nela. O motivo, dizia, era que a caixa continha ” erva secreta ” da sua mãe, uma erva que ela jamais poderia repor, não podendo, portanto, correr o risco de que Ben ou quem quer que fosse a abrisse, derramando acidentalmente seu precioso conteúdo.

A caixa não tinha nada de especial. Era tão velha que a maior parte do vermelho e dourado das suas flores originais havia desbotado.

Não eram só os dedos de Martha que haviam encostado ali, mas também os dedos da sua mãe e da sua avó. Martha não tinha certeza, mas achava que talvez até mesmo sua bisavó tivesse usado a mesma caixa e sua “erva secreta”.

Tudo o que Ben sabia com certeza era que, pouco depois de ter casado, a mãe dela trouxera a caixa para Martha e lhe dissera para usar o conteúdo da mesma forma amorosa com que ela o havia usado.

E ela o usou, fielmente. Ben nunca viu Martha preparar um prato sem tirar a caixa da prateleira e colocar uma pitada da ” erva secreta ” por cima dos ingredientes. Mesmo quando assava bolos, tortas ou biscoitos, ele a via adicionando uma pitadinha imediatamente antes de colocar as formas no forno.

O que quer que houvesse na caixa com certeza funcionava, pois Ben achava que Martha era a melhor cozinheira do mundo. Não era o único a ter essa opinião – qualquer um que comesse em sua casa elogiava efusivamente a comida de Martha.

Mas por que ela não deixava Ben tocar naquela caixinha? Será que realmente tinha medo de ele derramar seu conteúdo? E qual era a aparência da “erva secreta”? Era tão delicada que, todas as vezes que Martha salpicava um pouco em cima da comida, Ben não conseguia descobrir a sua textura. Ela obviamente tinha que usar muito pouco, pois não havia como encher a caixa novamente.

De alguma maneira, Martha tinha conseguido fazer o conteúdo render durante os trinta anos de casamento, até aquela data. Nunca deixava de produzir resultados de dar água na boca.

Ben ficava cada vez mais tentado a olhar apenas uma vez no interior da caixa, mas nunca chegou a fazê-lo.

Até que um dia Martha ficou doente. Ben a levou para o hospital, onde a internaram para passar a noite. De volta em casa, sentiu-se extremamente solitário. Martha nunca tinha passado a noite fora. Quando a hora do jantar foi chegando, pensou no que fazer para comer – Martha gostava tanto de cozinhar que ele nunca havia se preocupado em aprender a cozinhar.

Enquanto perambulava pela cozinha, procurando o que havia na geladeira, viu imediatamente a caixa na prateleira. Ela atraía seus olhos como um imã. Desviou rapidamente o olhar, mas a curiosidade fez com que olhasse de novo.

A curiosidade o importunava.

O que havia na caixa? Por que ele não devia pegar nela? Qual era a aparência da “erva secreta”? Quanto havia sobrado?

Ben afastou o olhar e levantou a tampa de uma grande fôrma de bolo no balcão da cozinha. “Ah, ainda havia mais da metade de um dos maravilhosos bolos de Martha”. Cortou um bom pedaço, sentou-se à mesa da cozinha e não havia dado a segunda mordida quando seus olhos se voltaram mais uma vez para a caixa. Que mal havia em olhar dentro? De qualquer forma, por que Martha mantinha tanto segredo?

Ben deu outra mordida e debateu consigo mesmo – deveria ou não? Durante mais cinco longas mordidas ele pensou no que fazer olhando fixo para a caixa. Afinal, não conseguiu mais resistir.

Atravessou lentamente o aposento e tirou a caixa da prateleira com todo cuidado – temendo, horror dos horrores, derramar o conteúdo enquanto dava uma olhadela.

Colocou a caixa no balcão e tirou cuidadosamente a tampa.

Estava quase com medo de olhar lá dentro! Quando viu o interior da caixa, os olhos de Ben se arregalaram – a caixa estava vazia, a não ser por um pedacinho de papel dobrado no fundo.

Ben tentou pegar o papel, sua mão grande e áspera lutando para entrar. Pegou-o pelo canto, tirou-o e desdobrou-o cuidadosamente sob a luz da cozinha.

Um bilhete curto estava rabiscado e Ben imediatamente reconheceu a letra como sendo a da mãe de Martha. De maneira simples, dizia: ” Martha, em tudo o que fizer, acrescente uma pitada de amor”.

Ben engoliu em seco, recolocou o bilhete e a caixa no lugar e voltou silenciosamente para terminar o bolo. Agora entendia, realmente, por que tinha um gosto tão bom.

Em todos os momentos de sua vida, em tudo o que você fizer “ACRESCENTE UMA PITADA DE AMOR”


Carta entregue por Dot Abraham para Revista Reminisce








Do livro Histórias para aquecer o coração. Autores: Jack Canfield - Mark Victor Hansen e Heatherr McNamara.









segunda-feira, 21 de junho de 2021

DEUS CUIDA DE MIM.

Img: google.


Rejeição e desamparo. Palavras terríveis. Sentimentos que estremecem as entranhas qualquer mortal. Duras realidades de um mundo de pecado. Tudo que começa, chega ao fim. O tempo é irreversível. Implacável. Os ponteiros do relógio não param. Quando um dia você se olha no espelho, descobre que a beleza da juventude foi embora e a força da mocidade fugiu.

A maioria dos países latinos preocupa-se pouco com as pessoas idosas. Ser velho, em alguns lugares, é sinônimo de agressão. Anciãos acabam rejeitados e desamparados. No verso de hoje, o salmista não mostra preocupação pela rejeição e o desamparo humano. Não dos homens. Afinal de contas, ele disse muitas vezes nos salmos que não temeria o que o homem pudesse lhe fazer. A sua preocupação é com Deus. É isso o que realmente conta.

A vida com Cristo é bela e gratificante em todas as suas etapas. Ser criança tem suas vantagens e desvantagens. Você pode dormir e brincar o dia todo sem preocupação, mas não pode ir aonde quer. A juventude chega trazendo suas coisas boas e más. Você toma suas próprias decisões, tem força, energia, pode escalar o pico mais alto ou mergulhar nas águas cristalinas do mar à procura de corais. Mas não tem a experiência que só a vida dá. Muitas vezes você paga um preço muito alto por isso.

Um dia, a velhice chega. Aposentado, você vê suas responsabilidades cumpridas e seus filhos grandes e prósperos. Mas sente o peso dos anos. A visão se apaga, a audição diminui e as forças minguam.
Essa é uma realidade da qual ninguém escapa. Você precisa de sabedoria para administrar a velhice e desfrutar as coisas boas que a vida lhe reserva. O que importa é o que Davi pede no salmo de hoje: “Não Te ausentes de mim, ó Deus.” Verso 12.

Uma vida sem Deus é uma vida vazia, oca e sem sentido. Uma velhice sem Ele é uma tarde cinzenta. Anuncia a chegada de trevas, solidão e desamparo. Vale a pena viver cada minuto da existência em comunhão com o Deus da vida.
Hoje, não importa que etapa da vida você esteja vivendo, diga em seu coração: “Não me rejeites na minha velhice, quando me faltarem as forças, não me desampares.”

Meditações diárias - Alejandro Bullón

Anjos existem mais do que acreditamos.

 

Google imagens

Segundo as Escrituras Sagradas eles existe sim. Poucos teólogos e autores escreveram até hoje sobre essas criaturas celestiais. Pessoalmente estive com um desses autores, Sesóstris Cézar Souza maior especialista brasileira no assunto. Dedicou sua aposentadoria a pesquisar relatos de pessoas que tiveram experiências reais com anjos. Escreveu um livros sobre o tema, o mais relevante foi "Anjos - Sua presença e atuação na vida humana." publicado pela Casa Publicadora Brasileira. O livro é muito bom e eleva-nos, mostra-nos como é terrível a batalha entre o bem e o mal, como Deus cuida de nós. Convido a todos, que se interessam pela matéria, a conferirem a leitura.

A Casa Publicadora Brasileira editou e publicou uma obra da escritora americana Ellen G. Write que escreveu sobre o tema também. O titulo é "A Verdade sobre os Anjos", esse titulo, como diz o prefácio, abre o véu que separa essas critura celestiais da humanidade.

Abaixo passagem biblicas que corroboram e atestam a verdade sobre esse fascinante tema:


I – OS ANJOS

A – A Origem dos Anjos
a) Foram criados por Deus – Salmos 148:2 e 5;
b) O fato de serem criaturas está implícito em 1 Timóteo 6:16;
c) O tempo da criação dos anjos é deixado indefinido na Bíblia, apenas sabemos que quando foram lançados os fundamentos da Terra os anjos já existiam – Jó 38:4, 7 (“estrela da alva” = anjos, cf. Isaías 14:12).

B – A Natureza dos Anjos
a) São seres criados e não seres humanos glorificados:
– Mateus 22:30 (nós seremos “como os anjos”, e não anjos);
– Gênesis 3:22-24 (os anjos já existiam antes da morte de algum homem);
b) São seres espirituais – Hebreus 1:14

C – As Características dos Anjos
a) Possuem grande poder – Salmos 103:20; Mateus 28:2 (uma pedra de 2 metros de diâmetro por 30 centímetros de espessura, pesaria cerca de 4 toneladas);
b) São mais sábios do que o homem, entretanto não são oniscientes – Mateus 24:36;
c) Locomovem-se rapidamente – Ezequiel 1:14; 10:20 (os anjos são comparados à luz na locomoção – a velocidade da luz é de aproximadamente 300.000 Km/segundo, equivalente à 7 voltas ao redor da Terra num abrir e fechar de olhos);
d) Estão à serviço de Deus, prontos a nos ajudar – Daniel 9:21-23 (a oração de Daniel não deve ter durado muito tempo, e enquanto o profeta orava, o anjo Gabriel veio rapidamente em seu auxílio).

D – Número e Ordens
a) Número: – Apocalipse 5:11 (milhões de milhões e milhares de milhares);
b) Ordens:
1º) Querubins: “mais do que qualquer criatura são destinados para revelar o poder e majestade, a glória de Deus. São especialmente os guardiões do trono de Deus, e embaixadores extraordinários. Servem na obra da reconciliação.” – Gênesis 3:24; 2 Reis 19:15; Ezequiel 10:1-20; 28: 14-16;
2º) Serafins: “parecem estar preocupados com a adoração e santidade. Eles conduzem o céu na adoração a Deus.” – Isaías 6:2 e 6;
3º) Arcanjos: Esta expressão ocorre duas vezes nas Escrituras: – 1 Tessalonicenses 4:16;
Judas 9
a) Miguel é o único a ser chamado de Arcanjo, e refere-se a Cristo (Daniel 10:13 e 21; Judas 9; Apocalipse 12:7). Sendo Cristo, é Deus em sua plenitude, não é um ser criado. O termo é um nome, ou título usado no sentido de um guerreiro valente contra os inimigos de Israel e poderes do mal. Cristo é o grande comandante das hostes celestiais (1 Pedro 3:22);
c) Gabriel, embora não chamado de Arcanjo, é considerado como um Anjo principal ou Mensageiro principal (Daniel 8:16; 9:21; Lucas 1:19 e 26). Sua tarefa principal parece ser o de mediar e interpretar as revelações divinas. (Wilson H. Endruveit, Doutrinas 1, p. 17-19).

II – OS ANJOS MAUS

A – A Origem e a Natureza dos Anjos Maus
a) É um grupo de anjos que foi criado por Deus, sendo eles originalmente perfeitos, como os anjos do céu, mas que não guardaram o seu estado original – Judas 6; Ezequiel 28:14 e 15;
b) Eles rebelaram-se contra a vontade de Deus, e, consequentemente, foram expulsos do céu – Apocalipse 12:7-9; Isaías 14:12-15;

B – A Obra dos Anjos Maus
1º) Transformam-se e se disfarçam com o intuito de nos enganar – 2 Coríntios 11:14 e 15;
2º) Lutam contra nós – 1 Pedro 5: 8; Efésios 6:11 e 12;
3º) Enganam – 1 Timóteo 4:1 (ensinam erros).

III – AS ATIVIDADES DOS ANJOS BONS

1º) Os anjos ajudam na direção dos negócios das nações (Daniel 10:5 e 6; 10:14);
2º) Eles protegem e acompanham sempre o povo de Deus (Salmos 34: 7; 91:11).
– “Um anjo da guarda é designado a todo seguidor de Cristo. Estes vigias celestiais escudam aos justos do poder maligno.” (O Grande Conflito, p. 512).
3º) Eles registram todas as ações humanas (Eclesiastes 5: 6; Malaquias 3:16, etc.);
– “Assim como os traços da fisionomia são reproduzidos com precisão infalível sobre a polida chapa fotográfica, assim o caráter é fielmente delineado nos livros do Céu.” (O Grande Conflito, p. 487).
4º) São testemunhas no juízo do Tribunal Celestial (Daniel 7:10). Os anjos acompanharão a Jesus em Sua volta e reunirão os Seus escolhidos (Mateus 24:31).

Fonte: Biblia.com.br

segunda-feira, 14 de junho de 2021

A POSIÇÃO Nº 1. NAS NOSSAS VIDAS.

         A capacidade de infidelidade humana é gigante, é impressionante a quantidade de deuses que o homem pode colocar entre si e Deus. Talvez o deus mais conhecido e criado pelo homem para ocupar o lugar de Deus seja o dinheiro. É comum o dinheiro ocupar o lugar sagrado de Deus. Mas também existem outros deuses.


Carro, casa, comida, futebol, trabalho. Não são necessariamente coisas ruins, mas costumeiramente ocupam a aposição nº. 1 na vida nas nossas vidas. Deus tem estado de lado e constantemente O deixamos distante. Uma expressão que gosto muito e que resume a relação com esses deuses que criamos, é "Nós somos aquilo que amamos!" Taí a chave que explica nossa relação com Deus.
O deixamos longe porque aprendemos a nos relacionar com um monte de deuses, mas não desenvolvemos uma relação próxima com o único Deus de verdade. Quando aprenderemos a "amar a Deus sobre todas as coisas?" Quando aprenderemos a colocar Deus na posição nº.1 em nosso coração?

Colocar Deus acima de todas as coisas, além de uma advertência de Deus para nossa vida, é a única forma de se manter ligado ao sagrado. É como o galho da videira, se desprende-se do caule da videira ele morre. Não há segunda opção. Ezequiel 17:6 já advertia.
Precisamos colocar Deus em primeiro lugar em tudo, nossos sentidos devem estar ligados, do respirar ao seu paladar. Seu olhar, seu tato, seus aromas, seu sabores, seu calor, seu frio.

As coisas estão difíceis? Talvez seja essa súplica de Deus que não estamos ouvindo.


Roberto Carvalho Lima

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Um Deus onipotente, onipresente e onisciente.

 

Um dos salmos mais esclarecedores da Bíblia é o Salmo 139, ele mostra quem é Deus. Um Ser onipotente, onipresente e onisciente, três caraterísticas de Deus. Ele tem todo poder, todo conhecimento e está em todo lugar. O Salmo não usa as palavras onipotente, onipresente e onisciente mas mostra que Deus tem essas caraterísticas. 

Saber que Deus é amor e, que em nenhum momento, ficaremos sós, é satisfação, é um privilégio. Saber, que por mais que estejamos passando momentos difíceis, momentos que parecem definitivos, é uma satisfação e consolo saber que o final será feliz. Deus sabe e ver tudo, ele sabe que pra alcançarmos uma graça, é preciso passar por alguma provação. Resta-nos confiar e esperar!!

O Grupo PRISMA gravou uma música feita a partir desse salmo:



Música Asas da Alva
Artista Prisma Brasil


quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

POR QUE DEUS NÃO ME RESPONDE?



Por que Deus não responde à oração é uma questão tão antiga quanto o princípio do mal. Quando o pecado surgiu, ele nos separou da presença de Deus e consequentemente das respostas diretas de Deus. Desde Abel que morreu provavelmente perguntando “Por quê Senhor”? ou mesmo Moisés que pediu para entrar na terra prometida e o pedido lhe foi negado. Davi passou uma semana orando por seu filho recém-nascido que veio a morrer. Santo Agostinho pedia em oração, quando criança, que os professores não lhe batessem, mas continuava apanhando na escola.

Pessoas que sofreram porque nem respostas receberam. Fatos como esses alimentam o ceticismo ao longo dos anos. Francis Galton foi um cético inglês, primo de Charles Darwin, que escreveu uma obra e analisou cientificamente a oração. Ele propôs que a oração, em diversos aspectos, não surte nenhum efeito e que orar e não orar é a mesma coisa. Pois Deus, se existe, não se preocupa em responder. Eu creio na oração, mas tenho de reconhecer o desafio de lidar com situações como as descritas acima.
Motivos para crença na oração

Se Deus dissesse que a oração seria como uma caixa de sugestões, em que apresentaríamos nossas petições, e Ele as iria analisar com cuidado, seria mais lógico. Muitas circunstâncias da vida, no entanto, parecem reforçar mais as frustrações das vezes que você orou e não obteve respostas. Temos de admitir, também, que Deus muitas vezes realmente não responde, mas que temos a opção de escolher algo melhor que o ceticismo.

Esse artigo não é uma resposta ao tema “Por que Deus não responde?”. É a apresentação dos motivos que me levaram a escolher o caminho da crença e não do ceticismo.

Gostaria de apresentar cinco argumentos que sustentam minha crença:
1. Apesar de a ausência de respostas me trazer dúvidas, as respostas que recebo me fazem crer em um Deus que age a meu favor.

Se não ter respostas traz dúvidas, as respostas devem me levar até a certeza de que Ele me ouve. O mundo age assim: quando tudo dá errado é porque Deus não ouve, não existe ou não se preocupa, mas quando coisas boas acontecem foi o acaso que me protegeu ou simplesmente as circunstâncias da vida.

Jorge Muller, um cristão do século 17, tinha como principio de vida ver a providência e ação de Deus em cada aspecto da vida e o costume de escrever as respostas que recebia de Deus. Ao final da vida, ele reuniu em um livro 50 mil respostas de Deus as suas orações ao longo da vida. A pergunta a ser feita é: por que as evidências não nos aproximam de Deus na mesma proporção em que as dúvidas nos afastam dEle?

O inimigo coloca a dúvida e assegura que Deus não nos ouve e não se preocupa conosco. E, assim, nos leva a ficar com essa dúvida. Deus, por outro lado, afirma que não precisamos temer, pois Ele está conosco todos os dias. Decidi crer nas evidências e questionar as dúvidas.

2. Decidi crer que Deus tem propósitos muitas vezes desconhecidos por trás do silêncio ou da resposta negativa.

Sabemos por que Deus não respondeu a oração de Jesus no Getsêmani. Ele tinha o propósito maior de nos salvar. Sabemos responder por que Deus não atendeu ao pedido de Marta e Maria para curar Lázaro. Deus tinha o propósito maior de dar uma ressurreição.

Por que não usar esse mesmo argumento quando Deus não me responde?

Não entendemos todos os propósitos por trás das respostas de Deus, mas biblicamente um dos propósitos é me levar a uma confiança mais madura.

Você pode perguntar: como me dar uma resposta negativa ou mesmo não me dar resposta alguma me leva a ter mais confiança?

Permita-me contar uma ilustração. Imagine que você tenha um comércio e precise pagar uma dívida de 10 mil Reais. Você não tem um centavo e, de repente, um cliente que você nunca viu na vida entra em sua loja e compra exatamente o equivalente a 10 mil Reais. Ao final da compra, ele diz: vou levar a mercadoria, mas só posso pagar em cheque. Você sente medo e desconfia do cheque, mas entrega a mercadoria. Recebe o cheque e corre ao banco a fim de trocar o cheque e descobre que o cheque tem fundo. Quinze dias depois, o mesmo cliente volta, compra mais 10 mil Reais e novamente passa um cheque. Você sente medo novamente, mas não é o mesmo medo da primeira vez. Vai ao banco e novamente o cheque tem fundo.

A cada quinze dias, ele volta e sempre paga em cheque e sempre o cheque tem fundo. Depois de um bom tempo e muitas compras sempre corretas, ele se torna seu amigo e um dia ele compra mais 10 mil Reais. Então ele percebe que não trouxe o cheque e diz: hoje não posso levar a mercadoria, esqueci o cheque. Provavelmente você dirá: pode levar, daqui a quinze dias você traz o cheque.

O que aconteceu? As respostas de fidelidade do cliente lhe levaram a confiar nele mesmo sem a garantia do cheque.

Na vida espiritual, acontece a mesma coisa. As respostas de Deus ao longo da vida são como cheques da fidelidade e cuidado dEle. Mas Ele quer nos levar a um tipo de relacionamento e confiança que faça dizer: O Senhor já mostrou que é fiel para comigo e mesmo sem respostas (mesmo sem passar um cheque) eu continuo confiando no Senhor.

A ideia é que não duvidemos na escuridão do que Deus mostrou a você na luz. Biblicamente as pessoas que mais confiaram não foram os que viram o mar sendo aberto, uma nuvem de fogo a noite e uma chuva de alimento. Os que mais confiaram foram aqueles direcionados para a fornalha, os que levaram seu filho ao altar do sacrifício ou perderam tudo o que tinham em um conflito entre o bem e o mal.

3. Se eu soubesse que Deus responderia minhas orações sempre como e quando eu quero, eu iria parar de orar.

Não teria confiança em saber que minha frágil sabedoria humana seria o critério para as respostas de Deus.

Quando a Bíblia afirma que tudo o que pedimos será realizado devemos ter em vista que é tudo o que estiver em conformidade com os propósitos e promessas de Deus.

No livro Caminho a Cristo, a Escritora Ellen White afirma que “somos tão falíveis e curtos de vistas que às vezes pedimos coisas que não nos seriam uma benção, e nosso Pai Celestial amorosamente nos atende às orações dando-nos aquilo que é para o nosso maior bem – aquilo que nós mesmos desejaríamos se com vistas divinamente iluminada, pudéssemos ver todas as coisas tais como elas são na realidade.”

Devemos confiar que Deus sendo completamente bom, sabe dar boas dádivas e sendo completamente sábio sabe quais dádivas são boas e quais não são.

4. Decidi que minha ênfase na vida cristã não seria esperar respostas mas desfrutar da companhia de Deus.

Respostas não são a única evidência da presença de Deus comigo. Meu relacionamento com Deus se baseia não nas respostas, mas na companhia. Quando Abrão saiu da Terra de Ur, dos caldeus, ele perguntou para onde ia e Deus não respondeu, mesmo assim Abrão saiu de sua terra e da casa de seu pai (Gênesis 12). Ele não sabia para onde iria, mas sabia com quem iria e isso lhe foi suficiente. Deus havia dado uma promessa de que iria abençoá-lo na jornada e ele se apegou não a uma resposta, mas à promessa. Quando oro, eu vou a presença de um amigo e não de um político ou um Papai Noel cósmico.

5. Creio que, apesar de algumas vezes Deus não me responder, Ele me ama.

A fé não é um jargão cristão, uma doutrina ou uma afirmação. Fé é um relacionamento com alguém digno de confiança. Fé é confiança, e você só é capaz de confiar em alguém que você conhece. Se você conhece você confia e se você confia você é capaz de amar. Conhecer, confiar e amar esse é o caminho.

Não sei lhe dizer por que Deus não responde, mas sei, por experiência própria, que quando isso acontece Ele continua me amando. Quais são suas dúvidas e lágrimas, perguntas e questionamentos? Ouça Deus lhe dizendo hoje: Vinde e arrazoemos, vamos conversar, questione, duvide, mas não se afaste de mim. As dúvidas sinceras de Jó foram melhores que as certezas fingidas dos seus amigos. Não desista e permaneça firme até o dia em que Ele responderá todas as dúvidas e enxugará todas as lágrimas.








Autor:
Josanan Alves
Josanan Alves de Barros Júnior é formado em Teologia. É o atual diretor do departamento de Mordomia Cristã da sede sul-americana da Igreja Adventista. @JosananAlves


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