domingo, 21 de dezembro de 2014

João Pedro - Feliz Aniversário 12 anos.



Quando soube da gravidez da Luciana disputei com ela a opção do nome do bebê. Se fosse menino o privilégio de escolha do nome seria meu, se fosse menina seria dela. Ganhei!! Foi menino!! Escolhi João Pedro. Meu primogênito. Que alegria, que nervoso, que felicidade. 

Procurei um nome especial, algo que ficasse marcado com o que de mais digno uma pessoa pudesse ter. Algo que refletisse minha admiração  numa pessoa, algo que refletisse o amor de Deus por ele e por nós. Um nome que sintetizasse nossa religião, nossa relação com Deus. Por inspiração veio João Pedro. 

João  no hebraico Yehokhanan, Iohanan, composto pela união dos elementos Yah que significa “Javé, Jeová, Deus” ehannah que quer dizer “graça”. Significa “Deus é gracioso, agraciado por Deus, a graça e misericórdia de Deus, 

Pedro: Significa "pedra", "rochedo".  Pedro, foi um dos discípulos mais próximos a Jesus e inclusive aquele que viria a ser um dos principais pilares da igreja primitiva. O seu nome originalmente era Simão e foi mudado para Pedro por Jesus. Queria que meu filho fosse severo, duro como um líder precisar ser.
Pois bem, levei o nome a mãe que concordou de primeira, pois apesar de ter ganhado a aposta, ela precisaria gostar do nome. Ela aceitou tudo ficou perfeito.

Algumas considerações que já dá pra falar sobre meu varão!Apesar de ser idealista e liberal, ele não sabe, mas ama companhia de outras pessoas, dessa irmandade depende o seu sucesso e também o seu bem estar. Nasceu para manifestar e expressar seus sentimentos e ideias. É ambicioso, mas dispersivo e dificilmente consegue acabar o que começa, deixando que os outros terminem suas tarefas e também que recebam as glórias. Tem talento para a arte e o dom do entretenimento.




É amoroso, apaixona-ser com facilidade, é muito amigo dos seus parceiros , o que lhe trará problemas quando tiver que namorar. Sua namorada não entenderá essa valorização da compreensão, da harmonia acima do amor, a ponto de sacrificar-se por elas. Sentirá ciumes em ter um namorado tão dado a todos.

É por demais emotivo, sujeito a extremos, que o levam quase sempre a um estado de tristeza, fica as vezes com cara de dançarino de tango...rs..rs. Em vista dessa sua fragilidade e inconstância, encontrará sérios obstáculos na adolescência, já sei, eu era assim. Porém na idade mais madura, será um sucesso, tenho absoluta certeza de que tudo acabará bem.Suas qualidades na amizade,  no idealismo e na capacidade de entretenimento (palhaçadas) o ajudarão muito.Esse é o João Pedro meu filho amado que as vezes chego a sufocá-lo com tanta cobrança e preocupação.

Filhão tudo de bom, felicidades que Papai do céu te abençoe com toda a fé e perseverança que precisa. Um beijão do seu pai. da sua mãe e do seu irmão Artur, nós te amamos demais. Feliz Aniversário.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A verdadeira história do nascimento de Jesus.

Em meados dos anos 70, na semana santa, só se via nos cinemas versões da Paixão de Cristo, a historia de Cristo, nascimento, vida e morte. Hoje não é mais assim, não se assiste esses filmes nos cinemas. A historia já é conhecida e batida, apesar de pouca gente saber a verdadeira historia. O cinema criou versões poéticas e fantasiosas buscando uma dramatização cultural da época e omitiu muita coisas  e inventou outras, causando confusão com a historia real. Algumas dúvidas que pairam no ar:
Por que viajar pra tão longe para Jesus nascer?

Ele realmente nasceu ao relento?

Nos filmes Maria viajou já quase em trabalho de parto, na 32ª. semana dando a luz logo em seguida, isso foi real?

Essas e outras dúvidas o Pr. Rodrigo Silva, doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Faculdade de Teologia N. S. Assunção (SP), com pós-doutorado em arqueologia bíblica pela Andrews University (EUA). Graduado em teologia e filosofia e mestre em Teologia Histórica, nos ajudará a compreender tantas controvérsias a cerca da historia de Deus conosco.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Silvio Santos - Personalidade Brasileira.

Filho de pai grego e mãe turca, Silvio Santos foi batizado com o nome de Senor Abravanel. Formado em Contabilidade pela Escola Técnica de Comércio Amaro Cavalcanti, Silvio Santos trabalhava como camelô para conseguir estudar e ajudar a família. O apresentador costumava vender capinhas de plástico para colocar os títulos de eleitor na primeira eleição após o Estado Novo.

 Depois de ser pego diversas vezes pelo 'rapa' enquanto trabalhava como camelô, um diretor da fiscalização, percebendo o potencial da voz de Silvio, lhe entregou um cartão de recomendação para que ele procurasse um amigo que trabalhava na Rádio Guanabara. Lá, o camelô participou de um concurso de locutores, no qual ficou em primeiro lugar, inclusive à frente de Chico Anysio.
 
 
Depois de servir o exército, aos 18 anos, Silvio Santos resolveu montar um serviço de alto-falantes nas embarcações que faziam viagens entre o Rio de Janeiro e Niterói. Nos intervalos das músicas, Silvio fazia anúncios de diversos produtos e fez um acordo com da cervejaria Antártica para vender cerveja e refrigerantes.

Foi a convite do diretor da Antártica que Silvio Santos foi a São Paulo apresentar espetáculos e sorteios em caravanas de artistas. Nesta época, por ficar envergonhado e vermelho com facilidade, Silvio Santos recebeu o apelido de "Peru que fala", e as caravanas do "Peru falante" ficaram bastante conhecidas na capital de São Paulo, em cidades do interior e em outros estados.
 
 
 

Silvio Santos criou seu nome artístico ao participar de um programa de calouros. Silvio era como a sua mãe o chamava e ele escolheu o sobrenome Santos por acreditar que “os santos ajudam”. O seu primeiro programa na TV foi o "Vamos Brincar de Forca", na TV Paulista (futura TV Globo), em 1962.

Depois de ganhar seu próprio programa dominical, que se transformaria no que hoje é o "Programa Silvio Santos", Silvio passou a administrar o Baú da Felicidade depois que seu dono, Manoel de Nóbrega, levou um golpe de um sócio alemão. Ao transformar o Baú em um negócio rentável, Silvio terminou ganhando a empresa do pai de Carlos Alberto de Nóbrega.

Depois que a TV Paulista foi incorporada à Rede Globo, Silvio Santos continuou pagando por seu horário na grade de programação e lucrando muito com anúncios. O "Programa Silvio Santos" chegou a vencer na audiência o programa "Jovem Guarda", que era apresentado por Roberto Carlos na TV Record. O apresentador só deixou a Globo em 1976, porque, de acordo com o seu contrato, não poderia ser acionista ou dono de nenhuma outra emissora de televisão.

A partir de 1976, Silvio começou a fazer seus programas na TV Tupi, enquanto lutava para conseguir obter uma concessão para seu próprio canal de TV de rede nacional. Depois da falência da Rede Tupi, em 1980, o "Programa Silvio Santos" foi transferido para a Rede Record, emissora da qual, durante a década de 80, Silvio chegou a ser dono de 50%.
 
 

Em 1981, graças a primeira-dama Dulce Figueiredo, com quem tinha longas conversas por telefone, Silvio Santos conseguiu a licença para operar o canal 4 de São Paulo, e o transformou na TVS paulista. Foi então que surgiu o embrião do que hoje é o SBT. A marca SBT passou a ser usada em toda uma rede de canais que Silvio Santos expandiu rapidamente no final da década de 1980.

Em 2013, Silvio Santos entrou para a lista dos maiores bilionários do mundo da revista "Forbes". Segundo a publicação, a fortuna do empresário é avaliada em US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 3,25 bilhões).

Entre as curiosidades e manias do excêntrico apresentador estão fatos como: não gostar de ver televisão, ser alérgico a perfumes e por isso não permitir que artistas entrem no palco de seu programa perfumados, não gostar de dar entrevistas, usar relógios comprados nos camelôs dos Estados Unidos (que custam no máximo 100 dólares) e sempre dirigir seu próprio carro.
 
 
 
 Antes de conhecer a atual mulher, Íris Abravanel, Silvio foi casado com Cidinha e teve com ela duas filhas: Silvia e Cíntia. Cidinha, que o chamava carinhosamente de Neco (de boneco), morreu de câncer em 1977, aos 38 anos. Silvio e Íris se conheceram quando ela era funcionária do Baú da Felicidade. Com ela, o apresentador teve mais quatro filhas: Patrícia, Rebeca, Daniela e Renata.

Em 1989, Silvio tentou se candidatar à Presidência da República pelo Partido Municipalista Brasileiro (PMB) e chegou a fazer algumas gravações para a propaganda eleitoral, mas teve a sua candidatura impugnada pelo TSE, por irregularidades no registro do PMB. Segundo pesquisas eleitorais da época, ele venceria com 28% dos votos, contra 18,6% de Collor e 10,6% de Lula.
 
O famoso boato de que Silvio Santos é careca teve início em 1971, quando a revista "Melodias" publicou uma edição com uma montagem dele careca na capa, autorizada pelo apresentador. A brincadeira alimentou um boato não verdadeiro que vive até hoje. Silvio não é careca e corta e pinta o cabelo com o amigo Jassa há mais de 30 anos. No início de 2012, o apresentador virou notícia ao aparecer com os cabelos grisalhos, mas pouco tempo depois voltou a pintar as madeixas de um tom acaju, porque, segundo ele: “cabelo branco envelhece”.  
 
 
Referencias: Yahoo Tv. e AdNews.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Não há amor maior - de John W. Mansur

Fotografias da guerra no Vietnã pelos fotógrafos:
 Horst Faas, Henri Huet, Sal Veder, Rick Merron,
Bill Ingraham, John Nance e Nick Ut.
Qualquer que fosse seu alvo inicial, os tiros de morteiros caíram em um orfanato dirigido por um grupo missionário na pequena aldeia vietnamita. Os missionários e uma ou duas crianças morreram imediatamente e várias outras crianças ficaram feridas, incluindo uma menininha de uns oito anos de idade.

As pessoas da aldeia pediram ajuda médica de uma cidade vizinha que possuía contato por rádio com as forças americanas. Finalmente, um médico e uma enfermeira da Marinha americana chegaram em um jipe apenas com sua maleta médica. Determinaram que a menina era a que estava mais gravemente ferida. Sem uma ação rápida, ela morreria por causa do choque e da perda de sangue.

Uma transfusão era imprescindível e era necessário um doador com o mesmo tipo sanguíneo. Um teste rápido revelou que nenhum dos americanos possuía o tipo correto, mas vários dos órfãos que não haviam sido atingidos tinham.

O médico falava um pouco de vietnamita simplificado e a enfermeira possuía uma leve noção de francês aprendido no colégio. Usando essa combinação, juntos e com muita linguagem de sinais improvisada, eles tentaram explicar para a jovem e assustada plateia que, a não ser que pudessem repor uma parte do sangue perdido da menina, ela com certeza morreria. Então perguntaram se alguém estaria disposto a doar um pouco de sangue para ajudar.

Seu pedido encontrou um silêncio estupefato. Após longos momentos, uma mãozinha lenta e hesitantemente levantou-se, abaixou-se e levantou-se novamente.

- Oh, obrigada - disse a enfermeira em francês. - Qual é o seu nome?
- Heng - veio a resposta.

Heng foi rapidamente colocado em um catre, os braços limpos com álcool e uma agulha inserida em sua veia. Durante toda a penosa experiência, Heng permaneceu tenso e em silêncio.

Depois de algum tempo, ele soltou um soluço trêmulo, cobrindo rapidamente seu rosto com a mão livre.

- Está doendo, Heng? - perguntou o médico.

Heng balançou a cabeça, mas, após alguns instantes, outro soluço escapou e mais uma vez ele tentou esconder o choro. Novamente o médico perguntou se a agulha o estava machucando e novamente Heng balançou a cabeça.

Porém agora seus soluços ocasionais haviam dado lugar a um choro constante e silencioso, seus olhos apertados, o punho na boca para abafar seus soluços.

A equipe médica estava preocupada. Algo obviamente estava muito errado. Nesse momento, uma enfermeira vietnamita chegou para ajudar. Vendo o sofrimento do pequeno, ela falou rapidamente com ele em vietnamita, escutou sua resposta e respondeu-lhe com a voz reconfortante. Após um instante, o doador parou de chorar e olhou interrogativamente para a enfermeira vietnamita. Quando ela assentiu, um ar de grande alívio se espalhou pelo rosto do menino.

Olhando para cima, a enfermeira contou calmamente para os americanos:

- Ele achou que estava morrendo. Entendeu errado. Achou que vocês haviam pedido que ele desse todo o seu sangue para que a menina pudesse viver. instante, o paciente parou de chorar e olhou interrogativamente para a 

- Mas por que ele estaria disposto a fazer isso? - perguntou a enfermeira da Marinha.

A enfermeira vietnamita repetiu a pergunta para o menino, que respondeu simplesmente:

- Ela é minha amiga.

FIM


"Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. Quem não receber o Reino de Deus como uma criança, nunca entrará nele". (Marcos 10, 14 e 15)


Historia publicada no Livro:"Histórias para aquecer o coração" vol.1 Editora Sextante.
Título OriginalChicken Soup For the Soul.

Fotos do Blog:Chongas.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Histórias para compartilhar: O Grande dom da minha mãe.

"Dom é uma habilidade especial única que uma pessoa tem, se tornando um diferencial dela às outras pessoas." (Nota do Blog)


O grande dom da minha mãe.
de Marie Ragghiandi


“O otimismo é uma disposição alegre que permite que um bule de chá assobie apesar de estar com água quente até o nariz.” (Anônimo)

Eu tinha dez anos de idade quando minha mãe teve paralisia, causada por um tumor na espinha dorsal. Antes disso ela havia sido uma mulher vibrante e vigorosa, de tal maneira ativa que a maioria das pessoas achava impressionante. Mesmo quando era pequena, eu ficava admirada com suas realizações e por sua beleza. Porém, quando tinha trinta e um anos, sua vida mudou. Assim como a minha. Do dia para a noite, parecia, ela passou a ficar deitada de costas em uma cama de hospital. Um tumor benigno a havia incapacitado, mas eu era jovem demais para compreender a ironia da palavra "benigno", pois ela nunca mais seria a mesma. Ainda tenho imagens vívidas dela antes da paralisia. Ela sempre foi gregária e recebia muitas visitas. Com freqüência passava horas preparando canapés e enchendo a casa de flores, que colhia frescas no jardim cultivado ao lado da casa. Selecionava as músicas populares da época e rearrumava a mobília a fim de abrir espaço para que os amigos pudessem se entregar à dança. Na realidade, era minha mãe quem mais gostava de dançar.

foto do blogger.
Hipnotizada, eu a observava se vestir para as festividades noturnas. Mesmo hoje em dia ainda me lembro de nosso vestido favorito, com sua saia preta e corpete de renda azul-marinho, o contraste perfeito para seu cabelo louro. Fiquei tão emocionada quanto ela no dia em que trouxe para casa sapatos de salto alto de renda preta e, naquela noite, minha mãe certamente era a mulher mais bonita do mundo.Eu acreditava que ela podia fazer qualquer coisa, fosse jogar tênis (ganhara campeonatos na universidade), costurar (fazia todas as nossas roupas), tirar fotografias (ganhou um concurso nacional), escrever (era colunista de um jornal) ou cozinhar (especialmente pratos espanhóis para meu pai). Agora, apesar de não poder fazer nenhuma dessas coisas, ela encarava sua doença com o mesmo entusiasmo que tinha em relação a tudo o mais. Palavras como "deficiente" e "fisioterapia" tornaram-se parte de um estranho mundo novo no qual entramos juntas, e as bolas de borracha para crianças que ela se esforçava para apertar adquiriram um simbolismo que jamais haviam possuído. 

Gradualmente, passei a ajudar nos cuidados com a mãe que sempre cuidara de mim. Aprendi a cuidar do meu próprio cabelo - e do dela. Eventualmente, tornou-se rotina levá-la nacadeira de rodas até a cozinha, onde ela me ensinava a arte de descascar cenouras e batatas e como esfregar alho e sal e pedaços de manteiga em uma boa carne assada.Quando, pela primeira vez, ouvi falarem em uma bengala, opus-me:
- Não quero que a minha linda mãe use uma bengala. Mas a única coisa que ela disse foi:
- Não é melhor você me ver andando com uma bengala do que não me ver andando de maneira alguma?

Cada conquista era um marco para nós duas: a máquina de escrever elétrica, o carro com câmbio e freio automáticos, sua volta à universidade, onde se diplomou em Educação Especial. Ela aprendeu tudo o que podia sobre as pessoas com deficiências e acabou fundando um grupo ativista de apoio chamado Os Incapacitados. Certo dia, sem ter falado muito de antemão, ela me levou e a meus irmãos a uma reunião dos Incapacitados. Eu nunca vira tantas pessoas com tantas deficiências. Voltei para casa, silenciosamente introspectiva, pensando em como nós realmente tínhamos sorte. Ela nos levou muitas vezes depois disso e, eventualmente, a visão de um homem ou uma mulher sem pernas ou braços não nos chocava mais. Minha mãe também nos apresentou a vítimas de paralisia cerebral, enfatizando que a maioria era tão inteligente quanto nós, talvez mais. E nos ensinou a nos comunicarmos com os retardados mentais, mostrando como eles eram freqüentemente mais afetuosos, comparados às pessoas normais. Durante tudo isso, meu pai continuou a amá-la e apoiá-la.


Quando eu estava com onze anos, minha mãe me contou que ela e papai iriam ter um bebê. Muito depois, eu soube que seus médicos tinham insistido para que ela fizesse um aborto (terapêutico) - uma opção à qual ela resistiu veementemente. Logo, éramos mães juntas, já que virei mãe adotiva de minha irmã, Mary Therese. Em pouquíssimo tempo aprendi a trocar fraldas, banhá-la e alimentá-la. Ainda que mamãe tenha mantido a disciplina maternal, para mim foi um passo gigantesco além da brincadeira com bonecas. Um momento se destaca mesmo hoje em dia: o dia em que Mary Therese, na época com dois anos, caiu e esfolou o joelho, abriu-se em prantos e passou correndo pelos braços estendidos de minha mãe para os meus. Tarde demais, eu vislumbrei a faísca de dor no rosto de mamãe, mas tudo o que ela disse foi:

- É natural que ela corra para você, pois você toma conta dela tão bem...

Como minha mãe aceitava sua condição com tanto otimismo, raramente me senti triste ou ressentida. Mas nunca irei esquecer o dia em que minha complacência foi destruída.Muito tempo depois da imagem de minha mãe em salto agulha ter se dissipado da minha consciência, houve uma festa em nossa casa. A essa altura eu era adolescente, e vi minha sorridente mãe sentada na lateral, olhando seus amigos dançarem, e fui atingida pela cruel ironia de suas limitações físicas. Subitamente, fui transportada de volta à época de minha primeira infância e a visão de minha mãe dançando radiante estava novamente diante de mim.

Imaginei se mamãe se lembraria também. Espontaneamente, andei em sua direção e então vi que, apesar de estar sorrindo, seus olhos estavam marejados de lágrimas.Corri para fora do aposento e para o meu quarto, enterrei meu rosto no travesseiro e chorei copiosamente - todas as lágrimas que ela jamais chorara. Pela primeira vez, eu me enraiveci contra Deus e contra a vida e suas injustiças para com a minha mãe.A lembrança do sorriso brilhante de minha mãe permaneceu comigo. Daquele momento em diante, enxerguei sua habilidade de superar a perda de tantas batalhas anteriores e seu ímpeto em olhar para a frente - coisas que eu tomava por certas - como um grande mistério e uma poderosa inspiração.Quando eu estava crescida e comecei a trabalhar com o sistema penal, mamãe se interessou em trabalhar com os prisioneiros. Ela telefonou para a penitenciária e pediu para dar aulas de Redação Criativa para os detentos. Lembro-me de como eles se amontoavam em volta dela sempre que ela chegava e pareciam se agarrar a cada palavra sua, como eu fizera na infância. Mesmo quando não podia mais se deslocar até a prisão, ela freqüentemente se correspondia com vários detentos.Um dia pediu-me para enviar uma carta para um prisioneiro, ''Waymon”. Perguntei se poderia lê-la antes e ela concordou, sem perceber, eu acho, o quanto aquilo seria revelador para mim.Dizia:

"Querido Waymon,



Quero que saiba que tenho pensado em você com freqüênciadesde que recebi sua carta. Você mencionou como é difícil estar preso atrás das grades e meu coração se une ao seu. Mas quando você disse que eu não imagino o que é estar na prisão, senti-me compelida a dizer-lhe que está errado.


Existem diferentes tipos de liberdade, Waymon, diferentes tipos de prisões. Às vezes, nossas prisões são auto-impostas. Quando, com a idade de trinta e um anos, levantei-me um dia para descobrir que estava completamente paralisada, senti-me em uma armadilha - dominada pela sensação de estar presa dentro de um corpo que não mais me permitiria correr através de uma campina, dançar ou carregar minha filha nos braços.Fiquei deitada ali durante muito tempo, lutando para chegar a um acordo com minha enfermidade, tentando não sucumbir em autopiedade. Perguntei-me se, na verdade, valeria a pena viver nessas condições, se não seria melhor morrer. Pensei a respeito desse conceito de prisão, pois me parecia que havia perdido tudo o que importava na vida. Eu estava próxima do desespero.Mas, então, um dia me ocorreu que, na realidade ainda havia opções abertas para mim e que eu tinha a liberdade de escolher entre elas. Será que eu iria sorrir quando visse meus filhos de novo, ou iria chorar? Iria zangar-me em Deus, ou iria pedir que Ele fortalecesse minha fé?


Em outras palavras, o que eu iria fazer com o livre-arbítrio que Ele havia me dado e que ainda era meu?Tomei a decisão de lutar, enquanto estivesse viva, para viver o mais plenamente possível, para procurar tornar minhas experiências aparentemente negativas em experiências positivas, procurar formas de transcender minhas limitações físicas expandindo minhas fronteiras mentais e espirituais.
Eu podia escolher entre ser um exemplo positivo para meus filhos ou podia murchar e morrer emocional assim como fisicamente.Existem muitos tipos de liberdade, Waymon. Quando perdemos um tipo de liberdade, temos que simplesmente procurar por outro. Você e eu somos abençoados com a liberdade de escolher entre bons livros, que iremos ler, quais deixaremos de lado. Você pode olhar para as suas grades ou pode olhar através delas. Você pode ser um exemplo para prisioneiros mais jovens ou pode se misturar com os encrenqueiros.Você pode amar a Deus e buscar conhecê-lo ou pode virar as costas para Ele.

Até certo ponto, Waymon, estamos nisso juntos. "

Quando finalmente terminei de ler a carta, minha visão estava borrada pelas lágrimas. Ainda assim, pela primeira vez, eu enxerguei minha mãe com clareza.E eu a entendi.


Historia publicada no Livro:"Histórias para aquecer o coração" vol.1 Editora Sextante.
Título OriginalChicken Soup For the Soul.

(Marie Ragghiandi)

Histórias para compartilhar: Criando Raízes.

"Criando raízes"
 de Philip Gulley

“Nossa força vem de nossas fraquezas.” (Ralph Waldo Emerson)

Quando eu era pequeno, tinha um velho vizinho chamado Dr. Gibbs. Ele não se parecia com nenhum médico que eu jamais houvesse conhecido. Todas as vezes em que eu o via, ele estava vestido com um macacão de zuarte e um chapéu de palha cuja aba da frente era de plástico verde transparente. Sorria muito, um sorriso que combinava com seu chapéu - velho, amarrotado e bastante gasto. 

Nunca gritava conosco por brincarmos em seu jardim. Lembro-me dele como alguém muito mais gentil do que as circunstâncias justificariam.Quando o Dr. Gibbs não estava salvando vidas, estava plantando árvores. Sua casa localizava-se em um terreno de dez acres, e seu objetivo na vida era transformá-lo em uma floresta.O bom doutor possuía algumas teorias interessantes a respeito de jardinagem. Ele era da escola do "sem sofrimento não há crescimento". Nunca regava as novas árvores, o que desafiava abertamente a sabedoria convencional. Uma vez perguntei-lhe por quê. Ele disse que molhar as plantas deixava-as mimadas e que, se nós as molhássemos, cada geração sucessiva de árvores cresceria cada vez mais fraca. Portanto, tínhamos que tornar as coisas difíceis para elas e eliminar as árvores fracas logo no início.

Ele falou sobre como regar as árvores fazia com que as raízes não se aprofundassem, e como as árvores que não eram regadas tinham que criar raízes mais profundas para procurar umidade. Achei que ele queria dizer que raízes profundas deveriam ser apreciadas.Portanto, ele nunca regava suas árvores. Plantava um carvalho e, ao invés de regá-lo todas as manhãs, batia nele com um jornal enrolado. Smack! Slape! Pou! Perguntei-lhe por que fazia isso e ele disse que era para chamar a atenção da árvore. O Dr. Gibbs faleceu alguns anos depois. Saí de casa. De vez em quando passo por sua casa e olho para as árvores que o vi plantar há cerca de vinte e cinco anos. Estão fortes como granito agora. Grandes e robustas. Aquelas árvores acordam pela manhã, batem no peito e bebem café sem açúcar.
foto ilustração blogger.
Plantei algumas árvores há alguns anos. Carreguei água para elas durante um verão inteiro. Borrifei-as. Rezei por elas. Todos os nove metros do meu jardim. Dois anos de mimos resultaram em árvores que querem ser servidas e paparicadas. Sempre que sopra um vento frio, elas tremem e balançam os galhos. Árvores maricas.Uma coisa engraçada a respeito das árvores do Dr. Gibbs: a adversidade e a privação pareciam beneficiá-las de um modo que o conforto e a tranqüilidade nunca conseguiriam.

Todas as noites, antes de ir dormir, dou uma olhada em meus dois filhos. Olho-os de cima e observo seus corpinhos, o sobe e desce da vida dentro deles. Freqüentemente rezo por eles. Rezo principalmente para que tenham vidas fáceis. "Senhor, poupe-os do sofrimento." Mas, ultimamente, venho pensando que é hora de mudar minha oração. Essa mudança tem a ver com a inevitabilidade dos ventos gelados que nos atingem em cheio. Sei que meu filhos irão encontrar dificuldades e minha oração para que isto não aconteça é ingênua. Sempre há um vento gelado soprando em algum lugar.

Portanto, estou mudando minha oração vespertina. Porque a vida é dura, quer o desejemos ou não. Em vez disso, vou rezar para que as raízes de meus filhos sejam profundas, para que eles possam retirar forças das fontes escondidas do Deus eterno. Muitas vezes rezamos por tranqüilidade, mas essa é uma graça difícil de alcançar. O que precisamos fazer é rezar por raízes que alcancem o fundo do Eterno, para que quando as chuvas caiam e os ventos soprem não sejamos varridos em direções diferentes.

Historia publica no Livro:"Histórias para aquecer o coração" vol.1 Editora Sextante.
Título OriginalChicken Soup For the Soul.

domingo, 23 de novembro de 2014

Uma história para emocionar.

Ainda nos dias de hoje é muito comum não saber conviver com as diferenças, com a oposição, com o que nos constrange. Apesar de mais instruídos e mais educados, somos também hoje mais impacientes e vaidosos, julgamos com muita facilidade e certamente com muita injustiça. Não devemos ver o mundo segundo o seu padrão, vaidoso e brilhoso, mas sim segundo o padrão do amor. Abaixo uma história para pensar, refletir nos ensinamentos que Deus deixou em Levitico19:18 e 34 e também está em João 15:12.


Uma história para emocionar.
(autor desconhecido)


Um menino tinha uma cicatriz no rosto, as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado, na realidade quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia. 

Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais o colégio, o professor levou o caso à diretoria do colégio. A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão:

Que não poderia tirar o menino do colégio, e que conversaria com o menino e ele seria o ultimo a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair, desta forma nenhum aluno via o rosto do menino, a não ser que olhassem para trás. O professor achou magnífica a ideia da diretoria, sabia que os alunos não olhariam mais para trás. Levado ao conhecimento do menino da decisão ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: Que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula, para dizer o por quê daquela CICATRIZ.


Foto da web.
A turma concordou, e no dia o menino entrou em sala dirigiu-se a frente da sala de aula e começou a relatar:
- Sabe turma eu entendo vocês, na realidade esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri:
- Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa minha mãe passava roupa para fora, eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade…

A turma estava em silencio atenta a tudo. O menino continuou: além de mim, havia mais 3 irmãozinhos, um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida. Silêncio total em sala.
- Foi aí que não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira começou a pegar fogo, minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora, havia muita fumaça, as paredes que eram de madeira, pegavam fogo e estava muito quente…

foto da web.
Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois minha mãe tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chama. Só que quando minha mãe tentou entrar na casa em chamas as pessoas que estavam ali, não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha, eu via minha mãe gritar:
- “Minha filhinha está lá dentro!” Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror e ela gritava, mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha…

Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar. Saí de entre as pessoas, sem ser notado e quando perceberam eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava.

Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito…

Neste momento vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto…

A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada, então o menino continuou: Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha me beija porque sabe que é marca de AMOR. 
Vários alunos choravam, sem saberem o que dizerem ou fazerem, mas o menino foi para o fundo da classe e imovelmente sentou-se.

Uma Fé Extraordinária - John Harper

                                                              John Harper, a esposa e filha - Google Fotos. No livro “The Titanic's Last...