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UFC194 Foto O Globo. |
Pego esse exemplo do UFC194 disputado ontem dia 12/12/15 (nem sou muito fã desse esporte) para compartilhar um dilema humano. Quem manda na nossa vida? É o cachorro que balança o rabo ou é o rabo que balança o cachorro? Parece simples a questão, mas não é!
Para quem acompanhou pela mídia na última semana, não foi difícil traçar o perfil do desafiante, o irlandês Conor McGregor. Sujeito provocador, deselegante, bastante desrespeitoso e bastante técnico. Parece-me muito magro para seu tamanho (talvez queira ficar nesse peso para lutar com mais tranquilidade, batendo nos menores), ele desafiou o brasileiro José Aldo, Aldo teve 10 anos de invencibilidade, nove defesas de cinturão, vitórias e mais vitórias diante dos nomes mais temidos até 66 quilos do UFC. Com fama de rei da divisão e ranqueado como melhor lutador do planeta, independente do peso, José Aldo subiu ao octógono para lutar e cair em apenas 13 segundos. Por que isso aconteceu? O que houve com nosso campeão? José Aldo é muito melhor lutador que esse McGregor, o que houve?!
José Aldo caiu na armadilha, dilema constante nosso. O rabo balançou o cachorro! Constantemente caímos nessa armadilha, quando tomamos a posição de sermos reagente ao exterior, ao invés de agente de nossa vida. Certamente já perdemos a conta de quantas vezes nos aborrecemos e irritados, respondemos à altura uma provocação de alguém que se dirige a nós com vulgaridade ou grosseria! Quase sempre nossa reação é imediata: damos o troco na hora pela agressividade recebida.
Muitas pessoas não gostam de levar desaforo para casa, outras, têm o "sangue quente" e sempre revidam a qualquer provocação ou ironia de alguém que gosta de ver seus semelhantes perderem a calma e/ou as estribeiras, como se diz coloquialmente.
Em sociedade, ensina a boa educação que não devemos provocar e nem tratar mal as pessoas, assim como não devemos também responder malcriadamente quando somos provocados. Se atendemos alguém com grosseria, demonstramos nosso comportamento vulgar; isso nos classifica como seres indignos de respeito.
Se revidamos à agressividade de alguém, então nos rebaixamos ao nível dessa pessoa, cujo caráter comportamental sofrerá desairosos comentários por parte de uma terceira pessoa que assiste a uma agressão, digamos, pelo menos verbal.
Da agressão física nem comentaremos, pois esse tipo de atitude é o cúmulo da vulgaridade, da baixaria e indigna de seres humanos ditos civilizados. A resposta à agressão física somente justifica-se para defender a integridade do corpo e/ou na defesa da própria vida.
Para um observador calmo e sereno, como são ridículas as discussões verbais com palavreado de baixo calão. Além de demonstrar descontrole psíquico e emocional, as pessoas submetem-se ao vexame de um comportamento inqualificável para alguém que nasceu e se criou dentro de uma sociedade.
Particularmente não sou exemplo, mas confesso que hoje em dia já melhorei muito, tudo por conta das experiencias vividas. Claro! O exemplo de Jesus Cristo e o estudo direcionado da Bíblia para as questões humanas também foram fundamentais.
José Aldo aceitou a provação, não controlou a sua raiva e foi reagente. Aí ele perdeu a luta, aí está a grande lição!! Não deixemos que aquele padeiro, aquele "barbeiro" do trânsito ou qualquer outra pessoa decida quem devemos ser, como você devemos agir. Sejamos o agente de nossas vidas.