segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Marcelo Freixo -Marcado para Morrer.


Marcelo Freixo, 40 anos, é niteroiense e professor de História. Antes de se eleger deputado estadual foi pesquisador da ONG Justiça Global e consultor do deputado federal Chico Alencar na área de Direitos Humanos. De 1993 a 1995, foi diretor do Sindicato dos Professores (SINPRO) de São Gonçalo e Niterói. Em quase 20 anos de trajetória, coordenou inúmeros projetos educativos no sistema penitenciário, presidiu o Conselho da Comunidade da Comarca do Rio de Janeiro e destacou-se como coordenador da Comissão de Direitos Humanos da ALERJ. Sempre junto aos movimentos sociais, Marcelo Freixo participou de importantes vitórias na luta pelos Direitos Humanos, como no caso do fechamento da Polinter e da campanha contra o "Caveirão", em parceria com a Anistia Internacional.

Participou como voluntário no projeto de prevenção ao HIV - AIDS nas prisões do estado durante os anos de 1995 e 1996. Foi coordenador e professor do projeto de educação popular no presídio Edgar Costa. De 2001 a 2004, presidiu o Conselho da Comunidade da Comarca do Rio de Janeiro, que tem a função legal de fiscalizar as penitenciárias. Nestas gestões, legitimadas pelo voto direto, o conselho se transformou numa importante fonte de denúncias contra as arbitrariedades do governo do Rio de Janeiro.

A parceria permanente com organizações como a Defensoria Pública, o Grupo Tortura Nunca Mais, CRESS (Conselho Regional de Serviço Social), CRP (Conselho Regional de Psicologia), Laboratório de Análise e Violência da UERJ, diversas ONG`S de Diretos Humanos e Pastorais fez com que o Conselho da Comunidade se transformasse numa referência nacional e internacional de atuação fiscalizadora dentro dos cárceres. Marcelo coordenou a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Alerj no período em que Chico Alencar a presidiu. De 1999 a 2002, Marcelo e Chico tiveram atuação destacada na defesa dos Direitos Humanos. A Comissão elaborou cartilhas, fiscalizou as ações do governo, trabalhou em rede com a sociedade civil organizada e denunciou violações contra mulheres, negros, homossexuais, idosos, presos e todos os segmentos historicamente discriminados. Também sempre esteve junto do MST na luta pela Reforma Agrária e contra o trabalho escravo no interior do Rio de Janeiro.

Desde 2003, Freixo é pesquisador da Justiça Global. A parceria com organizações como Anistia Internacional, Associação Pela Reforma Prisional e Rede de Movimentos Contra a Violência produziu importantes vitórias. O fechamento da Polinter, as denúncias aos fóruns internacionais, a elaboração dos relatórios e as campanhas em parceria com outras organizações são alguns exemplos.

Marcelo Freixo, filiado ao PT de 1986 a 2005, sempre se posicionou junto ao campo de esquerda e contra a aproximação do partido de setores populistas e liberais. Em setembro de 2005, se filiou ao PSOL por acreditar que esta nova ferramenta ajudará na recomposição, necessária, dos socialistas. Foi eleito Deputado Estadual do PSOL-RJ nas últimas eleições. Com 13.547 votos foi o candidato mais votado pelo partido no Rio de Janeiro. Foi a vitória de uma campanha política, democrática, pedagógica, com claro corte socialista. Durante toda a campanha Marcelo fortaleceu a luta pelos direitos humanos e contribuiu, nas ruas e com sua postura coerente, para o fortalecimento do PSOL.

As sete ameaças de execução por parte de milicianos registradas pelo Disque Denúncia e pelo serviço de inteligência da Polícia Militar do Rio no último mês fizeram o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) aceitar um convite da Anistia Internacional para deixar o País. O parlamentar, que presidiu a CPI das Milícias em 2008, embarca amanhã para a Europa com a família. Pré-candidato do PSOL à Prefeitura do Rio nas eleições do ano que vem, Freixo disse que pretende manter seu nome na disputa apesar das ameaças. O deputado deve permanecer fora do Brasil até o fim de novembro.

Freixo se queixou que não recebeu nenhum retorno da Secretaria de Segurança do Rio sobre as últimas ameaças registradas contra ele. O deputado e sua família já vivem sob escolta policial. Mas, segundo ele, o efetivo é insuficiente. Desde que concluiu os trabalhos da CPI, que indiciou 225 pessoas, entre políticos e policiais, foram registradas 27 denúncias de planos elaborados por milicianos para executá-lo. O assassinato em agosto da juíza Patricia Acioli, que também atuava contra paramilitares, fez o número de ameaças disparar.

"São criminosos violentos. Já torturaram jornalistas, já mataram uma juíza e ameaçam parlamentar. É possível que façam alguma coisa. Não posso arriscar", disse Freixo. Sua saída do País também tem o objetivo de divulgar o crescimento do poderio das milícias. Apesar do número elevado de prisões de milicianos, o deputado afirma que nada foi feito contra o poderio econômico dos grupos paramilitares, que continuam a controlar o transporte alternativo, a venda ilegal de gás e de sinal de TV a cabo e a cobrar por proteção.

Para ele, as ameaças não são um problema pessoal dele, mas um ataque ao estado democrático de direito. "O Brasil não precisa de herói. Eu não nasci para ser herói. O que eu faço é exercer a minha função pública", disse Freixo. Todas as denúncias de ameaças contra o deputado apontam para o grupo Liga da Justiça, que atua na zona oeste da cidade. Os planos incluiriam a participação de policiais lotados em áreas ocupadas pela Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), pagamento de R$ 400 mil ao pistoleiro e até aliança com traficantes.

Fontes: Diário do grande ABC
            Site da Alerj
    

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Dia do Flamenguista - Uma paixão que não passa.

Hoje é uma data muito feliz, primeiro é o dia do aniversário da minha amada e exemplar mãe. Uma mulher que me carrega até hoje, se não mais na barriga, ainda sim nas emoções e nos valores que soube me ensinar tão sabiamente com ajuda do Espírito Santo.

Em segundo lugar é dia do Flamenguista, dia de ser rubro-negro, outro que me ensinou a nunca desistir do que acredito, ensinou-me a gana da luta, do positivismo, do ressuscitar sempre em qualquer condição. Os flamenguista são assim sorridentes, mesmo sem dentes, alegres por natureza, vibrantes por condição. Ser flamenguista é buscar a vitória sempre e não basta uma apenas, eles precisam de todas. Na arquibancada da vida eles abraçam a todos, nela não há diferenças, não há tristeza.


Estou feliz, minhas duas paixões num mesmo coração. Minha mãe, feliz aniversário, feliz 83 anos, muita saúde e paz. Aos flamenguista que conservem a perseverança de nunca desistir, que fé seja sempre nossa maior força.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um ser sábio e um ser insensato.



Provérbios 14:8 A sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho, mas a estultícia dos insensatos é enganadora.

Uma pessoa prudente é sábia. Sabe o que faz. A vida não é para ela apenas a sucessão de acontecimentos casuais. Ela pensa, medita, avalia seu procedimento, corrige o rumo de sua vida e recua quando percebe que está errada. O termômetro para medir a “temperatura” de suas ações é a Palavra de Deus. Essa é a tocha que ilumina o seu caminho.

Por esse motivo, os minutos que você passa a sós com Deus antes de iniciar as atividades do dia são indispensáveis para uma vida produtiva. Não basta apenas saber “como” realizar bem o seu trabalho. Fazendo as coisas com eficiência, você sempre será um bom empregado. Mas se tomar tempo para pensar em por que faz o que faz, acabará sendo um líder.

“A sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho”, diz Salomão. Antes de tentar entender o caminho dos outros, entenda o seu. Antes de liderar pessoas, deixe-se liderar pelo Senhor Jesus. Não existe fórmula mais perfeita para a eficiência.

O caminho dos tolos é diferente. Eles acham que sabem tudo, e na verdade nada sabem. Apenas pensam que sabem. O resultado é frustração e desapontamento.

Você sabe o que faz e por que faz? Não tema aprender. Aconselhe-se, consulte. A receita para permanecer na ignorância sobre qualquer assunto da vida é ficar satisfeito com suas opiniões e contente com o que sabe. A vida se encarregará de provar-lhe que você estava errado.

Faça de hoje um dia de avaliação. Revise os seus procedimentos, analise sua trajetória. Nunca é tarde para começar de novo. Sempre é tempo de aprender.

Como anda o seu casamento? Pode melhorar o seu relacionamento com as pessoas? Está separando tempo necessário para dialogar com seus filhos? Ou espera que tudo aconteça por acaso? Reflita nessas perguntas. Refletir é próprio de gente sábia.

Ser sábio ou insensato? Eis a questão! Deus sempre está pronto a guiar e mostrar um caminho melhor àqueles que O buscam com humildade de coração. Não se esqueça: “A sabedoria do prudente é entender o seu próprio caminho, mas a estultícia dos insensatos é enganadora.”

sábado, 22 de outubro de 2011

Celular dá câncer no cérebro?


Origem da imagem
O maior estudo já realizado para investigar a possível conexão entre o uso de telefones celulares e câncer não encontrou evidências de que esses aparelhos estimulem a formação de qualquer tipo de câncer. A pesquisa envolveu 350 mil pessoas e concluiu que não havia diferença nas taxas de incidência de câncer entre usuários de celulares por uma década e não usuários. Em 2010, um outro estudo deixou dúvidas a respeito dessa questão, e não descartou a possibilidade de aparecimento de glioma, um raro porém letal tumor cerebral em indivíduos que passam horas nesses telefones.

Na época, a Agência Internacional para a Investigação de Câncer classificou a energia eletromagnética dos telefones celulares como "possivelmente cancerígena". Mas esses aparelhos não emitem o mesmo tipo de radiação aplicada em alguns exames de radiologia, dizem especialistas. E duas agências americanas - a Administração de Drogas e Alimentos (FDA) e a Comissão Federal de Comunicações - não encontraram qualquer vínculo entre celular e câncer.

Na investigação publicada na edição on line da "Revista Britânica de Medicina", os autores atualizaram estudo prévio que examinou 358.403 usuários de celulares, com média de idade de 30 anos na Dinamarca, de 1990 a 2007. As taxas de câncer nos usuários de celulares durante aproximadamente 10 anos foram similares às taxas em participantes sem telefone celular. E os usuários não apresentaram uma maior probabilidade de desenvolver tumor de cérebro, como glioma.

Porém, mais de cinco milhões de pessoas em todo o mundo usam celulares, o que dificulta a realização de estudos comparando a incidência de câncer em usuários dos aparelhos e não usuários.

Fonte: O Globo.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Paula Fernandes - Biografia.

Cantora e compositora, Paula Fernandes, 25 anos, nasceu em Sete Lagoas, em Minas Gerais. Começou a cantar ainda criança, aos oito anos e, aos 10, lançou o primeiro disco independente, “Paula Fernandes”. Nesta época, se apresentou em festas e casas de espetáculos de sua cidade e arredores e participou de programas de televisão e rádio para divulgar o trabalho. Em Sete Lagoas, Paula apresentou o programa de rádio “Criança Esperança” na companhia dos amigos Brandão e Sidney a boa atuação a levou a participar de vários números autorais no programa “Paradão Sertanejo”,
da TV Band Minas



Aos 12 anos, Paula Fernandes se mudou com a família para São Paulo e foi contratada por uma companhia de rodeios, com a qual trabalhou durante cinco anos, viajando por todo o Brasil como cantora da trupe, o que lhe rendeu bastante experiência de palco, repertório e vida artística. Neste mesmo ano, inspirada no sucesso da novela “Ana Raio e Zé Trovão”, Paula lança seu segundo CD, “Ana Rayo”, com repertório pop/sertanejo. Paula então foi apresentada ao diretor Jayme Monjardim pelo produtor musical Marcus Viana, conhecido por criar trilhas sonoras de produções como as novelas “Pantanal”, “O Clone e “A Casa das Sete Mulheres”.

O contato resultou na gravação da música “Ave Maria Natureza”, uma versão da “Ave Maria” de Schubert, bastante executada na trilha da novela “América”.este mesmo ano, Paula Fernandes lança seu terceiro CD, “Canções do Vento Sul”, pelo selo Sonhos e Sons, com participação do grupo Sagrado Coração da Terra e do cantor Sérgio Reis, este na música “Sem Você”. “É a mais bela voz que ouvi nos últimos dez anos”, afirmou Reis na época. No álbum, Paula já mostrava sua diversidade artística, com temas que passavam pela MPB, música pop, country, sertanejo de raiz e pitadas de world music. O disco rendeu a Paula uma importante indicação ao Prêmio Tim de Música Brasileira de 2006, na categoria de Melhor Cantora Popular (júris popular e oficial).


Em dezembro de 2006, Paula Fernandes lança o álbum “Dust in the Wind”, também pelo selo Sonhos e Sons, com músicas de seu repertório internacional, como “Angel”, de Sarah MacLachlan, “The Boxer”, de Paul Simon, além de uma bela versão para a música “Dust in the Wind”, do Kansas, incluída na trilha sonora da novela “Páginas da Vida”.

Em 2008, Paula Fernandes é contratada pela Universal Music, que aposta no talento da cantora mineira no CD “Pássaro de Fogo”,com destaque para as músicas “Meu eu em você” e “Pássaro de Fogo”. Ainda antes do lançamento do disco, a gravadora opta pela Internet como porta de entrada de divulgação do novo trabalho. A iniciativa agregou novos fãs e sedimentou antigos admiradores da cantora. Desta parceria surgiram diversos vídeos que podem ser assistidos na íntegra no site YouTube.


Abaixo uma lista de 12 canções escolhida por esse Blog, espero que gostem!!




Fonte: Blog da Cantora, You Tube

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Deus - Uma Hipótese Desnecessária?

Abaixo reproduzo trecho inicial do livro de  John C. Lennox "Por que a Ciência Não Consegue Enterrar Deus".Para o autor alguns ateístas têm um "fervor religioso" tão grande que chegam a perseguir homens da ciência que possuem algum tipo de fé. Em casos extremos, diz ele, "eles não conseguem nem aceitar que pessoas com uma crença possam ser inteligentes e construir conhecimentos com base na realidade".



Leia trecho inicial do capítulo "Deus - Uma Hipótese Desnecessária?".

Deus - Uma Hipótese Desnecessária?

A ciência tem alcançado êxito impressionante na investigação do Universo físico e na elucidação de como ele funciona. A pesquisa científica também levou à erradicação de muitas doenças horríveis e nos deu esperanças de eliminar muitas outras. E a investigação científica alcançou outro efeito numa direção completamente diferente: ela serviu para libertar muita gente de medos supersticiosos. Por exemplo, ninguém precisa mais pensar que um eclipse da Lua é causado por algum demônio assustador que necessita ser apaziguado. Por tudo isso e por inúmeras outras coisas devemos ser muito gratos.

Porém, em algumas áreas, o próprio sucesso da ciência também tem conduzido à ideia de que, por conseguirmos entender os mecanismos do Universo sem apelar para Deus, podemos concluir com segurança que nunca houve nenhum Deus que projetou e criou este Universo. Todavia, esse raciocínio segue uma falácia lógica comum, que podemos ilustrar como segue.

Tomemos um carro motorizado Ford. É concebível que alguém de uma parte remota do mundo que o visse pela primeira vez e nada soubesse sobre a engenharia moderna pudesse imaginar que existe um deus (o sr. Ford) dentro da máquina, fazendo-a funcionar. Essa pessoa também poderia imaginar que quando o motor funcionava suavemente o sr. Ford gostava dela, e quando ele se recusava a funcionar era porque o sr. Ford não gostava dela. É óbvio que, se em seguida a pessoa passasse a estudar engenharia e desmontasse o motor, ela descobriria que não existe nenhum sr. Ford dentro dele. Tampouco se exigiria muita inteligência da parte dela para ver que não é necessário introduzir o sr. Ford na explicação de funcionamento do motor. Sua compreensão dos princípios impessoais da combustão interna seria mais que suficiente para explicar como o motor funciona. Até aqui, tudo bem. Mas se a pessoa então decidisse que seu entendimento dos princípios do funcionamento do motor tornavam impossível sua crença na existência de um sr. Ford, que foi quem de fato projetou a máquina, isso seria evidentemente falso - na terminologia filosófica ela estaria cometendo um erro de categoria. Se nunca houvesse existido um sr. Ford para projetar os mecanismos, nenhum mecanismo existiria para que a pessoa entendesse.
Autor: John C. Lennox
Editora: Mundo Cristão
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/982331-matematico-polemiza-em-por-que-a-ciencia-nao-consegue-enterrar-deus.shtml


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O experimento da Prisão de Stanford.

Cena do filme "A Experiência - 2001 - Alemanha.
Do Blog: Líder dos Sonhos

Este é o experimento mais intrigante de todos os que envolvem o estudo do comportamento humano. Em 1971, Philip Zimbardo, ex-Presidente da American Psychological Association e até hoje professor daUniversidade de Stanford, decidiu fazer um teste no mínimo curioso: transformar o Departamento de Psicologia numa prisão simulada. O objetivo era avaliar como pessoas consideradas normais reagiriam quando fossem sujeitadas a uma mudança radical nos papéis normais de suas vidas. Veja o filme de 2001completo no final do post.

Voluntários apresentaram-se após responderem a um anúncio no jornal. Uma série de avaliações foram feitas, de modo a possibilitar a escolha de pessoas que estivessem com boa saúde e que fossem estáveis mentalmente. Todos eram estudantes universitários, do sexo masculino, e foram divididos arbitrariamente em 12 guardas e 12 prisioneiros. Zimbardo decidiu que faria parte também e elegeu-se o Superintendente da Prisão. O experimento duraria duas semanas.

Para tornar a situação real, os “prisioneiros” foram presos pelos “guardas” em carros com sirene. Tiveram suas digitais recolhidas, os olhos vendados e foram colocados em uma cela. Tiraram suas roupas, foram sanitizados com vermífugo, tiveram os cabelos cortados, ganharam uniforme e um número e tinham uma corrente prendendo seus pés. O guardas usavam uniformes e cassetetes. Tudo pronto para o início do experimento.

Bastaram dois dias para os prisioneiros começarem uma rebelião contra o seu encarceramento. A camas foram colocadas contras as portas e o guardas insultados. Estes, então, acharam que era um bom momento para usarem os extintores de incêndio contra os rebelados. Se não bastasse, deixaram os prisioneiros nús e tiram suas camas, de modo que os obrigaram a dormir no chão.

A partir daí, o inferno imperou. As ofensas não pararam mais. O uso do banheiro foi restringido pelos guardas, que obrigavam os prisioneiros a limpá-los com as próprias mãos. Os detentos eram obrigados a fazerem exercícios humilhantes. Até mesmo Zimbardo, condutor do experimento, ficou tomado pelo papel de Superintendente, transformando-se numa rígida figura institucional. Para ele, a preocupação maior ela a segurança da prisão e o bem estar dos participantes foi relegado a segundo plano.

Com apenas seis dias, o experimento foi interrompido por Zimbardo, com diversos guardas não concordando com o fim. Os prisioneiros estavam psicologicamente exaustos. Era melhor parar agora antes que algo mais grave acontecesse.

“E o que isso tudo tem haver comigo?”

Sabe aqueles casos que vemos na televisão, de guardas mal-tratando inocentes ou de torturas maldosas? Pois é, é muito provável que você também agisse da mesma maneira que os inquisidores.

Psicólogos que estudaram mais sobre este assunto mostraram que o que impede de torturarmos fisicamente as pessoas à nossa volta é o medo da repercussão. O experimento da Prisão de Stanford mostrou que é só dar um poder absoluto sobre alguém que a pessoa começa a tomá-la como posse e a tratá-la como um objeto.

Este sentimento de posse gera apego e provavelmente fez com que o homem fizesse tantas guerras, até mesmo em nome da religião. Talvez aí resida um das causas de tratarmos o nosso planeta com tanto descaso, subjugando as demais espécies e poluindo-o incessantemente. Parece que realmente nascemos com alguns parafusos a menos e que teremos uma longa jornada até alcançarmos um estágio mais evoluído.

Enquanto isso, fique atento à si mesmo, pois o próximo caso de violência gratuita pode ser protagonizado por você.
Fontes:
Zimbardo, P. G. (1972). The Stanford Prison Experiment a Simulation Study of the Psychology of Imprisonment. Philip G. Zimbardo, Inc.

Uma Fé Extraordinária - John Harper

                                                              John Harper, a esposa e filha - Google Fotos. No livro “The Titanic's Last...