segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Histórias para compartilhar: O Grande dom da minha mãe.

"Dom é uma habilidade especial única que uma pessoa tem, se tornando um diferencial dela às outras pessoas." (Nota do Blog)


O grande dom da minha mãe.
de Marie Ragghiandi


“O otimismo é uma disposição alegre que permite que um bule de chá assobie apesar de estar com água quente até o nariz.” (Anônimo)

Eu tinha dez anos de idade quando minha mãe teve paralisia, causada por um tumor na espinha dorsal. Antes disso ela havia sido uma mulher vibrante e vigorosa, de tal maneira ativa que a maioria das pessoas achava impressionante. Mesmo quando era pequena, eu ficava admirada com suas realizações e por sua beleza. Porém, quando tinha trinta e um anos, sua vida mudou. Assim como a minha. Do dia para a noite, parecia, ela passou a ficar deitada de costas em uma cama de hospital. Um tumor benigno a havia incapacitado, mas eu era jovem demais para compreender a ironia da palavra "benigno", pois ela nunca mais seria a mesma. Ainda tenho imagens vívidas dela antes da paralisia. Ela sempre foi gregária e recebia muitas visitas. Com freqüência passava horas preparando canapés e enchendo a casa de flores, que colhia frescas no jardim cultivado ao lado da casa. Selecionava as músicas populares da época e rearrumava a mobília a fim de abrir espaço para que os amigos pudessem se entregar à dança. Na realidade, era minha mãe quem mais gostava de dançar.

foto do blogger.
Hipnotizada, eu a observava se vestir para as festividades noturnas. Mesmo hoje em dia ainda me lembro de nosso vestido favorito, com sua saia preta e corpete de renda azul-marinho, o contraste perfeito para seu cabelo louro. Fiquei tão emocionada quanto ela no dia em que trouxe para casa sapatos de salto alto de renda preta e, naquela noite, minha mãe certamente era a mulher mais bonita do mundo.Eu acreditava que ela podia fazer qualquer coisa, fosse jogar tênis (ganhara campeonatos na universidade), costurar (fazia todas as nossas roupas), tirar fotografias (ganhou um concurso nacional), escrever (era colunista de um jornal) ou cozinhar (especialmente pratos espanhóis para meu pai). Agora, apesar de não poder fazer nenhuma dessas coisas, ela encarava sua doença com o mesmo entusiasmo que tinha em relação a tudo o mais. Palavras como "deficiente" e "fisioterapia" tornaram-se parte de um estranho mundo novo no qual entramos juntas, e as bolas de borracha para crianças que ela se esforçava para apertar adquiriram um simbolismo que jamais haviam possuído. 

Gradualmente, passei a ajudar nos cuidados com a mãe que sempre cuidara de mim. Aprendi a cuidar do meu próprio cabelo - e do dela. Eventualmente, tornou-se rotina levá-la nacadeira de rodas até a cozinha, onde ela me ensinava a arte de descascar cenouras e batatas e como esfregar alho e sal e pedaços de manteiga em uma boa carne assada.Quando, pela primeira vez, ouvi falarem em uma bengala, opus-me:
- Não quero que a minha linda mãe use uma bengala. Mas a única coisa que ela disse foi:
- Não é melhor você me ver andando com uma bengala do que não me ver andando de maneira alguma?

Cada conquista era um marco para nós duas: a máquina de escrever elétrica, o carro com câmbio e freio automáticos, sua volta à universidade, onde se diplomou em Educação Especial. Ela aprendeu tudo o que podia sobre as pessoas com deficiências e acabou fundando um grupo ativista de apoio chamado Os Incapacitados. Certo dia, sem ter falado muito de antemão, ela me levou e a meus irmãos a uma reunião dos Incapacitados. Eu nunca vira tantas pessoas com tantas deficiências. Voltei para casa, silenciosamente introspectiva, pensando em como nós realmente tínhamos sorte. Ela nos levou muitas vezes depois disso e, eventualmente, a visão de um homem ou uma mulher sem pernas ou braços não nos chocava mais. Minha mãe também nos apresentou a vítimas de paralisia cerebral, enfatizando que a maioria era tão inteligente quanto nós, talvez mais. E nos ensinou a nos comunicarmos com os retardados mentais, mostrando como eles eram freqüentemente mais afetuosos, comparados às pessoas normais. Durante tudo isso, meu pai continuou a amá-la e apoiá-la.


Quando eu estava com onze anos, minha mãe me contou que ela e papai iriam ter um bebê. Muito depois, eu soube que seus médicos tinham insistido para que ela fizesse um aborto (terapêutico) - uma opção à qual ela resistiu veementemente. Logo, éramos mães juntas, já que virei mãe adotiva de minha irmã, Mary Therese. Em pouquíssimo tempo aprendi a trocar fraldas, banhá-la e alimentá-la. Ainda que mamãe tenha mantido a disciplina maternal, para mim foi um passo gigantesco além da brincadeira com bonecas. Um momento se destaca mesmo hoje em dia: o dia em que Mary Therese, na época com dois anos, caiu e esfolou o joelho, abriu-se em prantos e passou correndo pelos braços estendidos de minha mãe para os meus. Tarde demais, eu vislumbrei a faísca de dor no rosto de mamãe, mas tudo o que ela disse foi:

- É natural que ela corra para você, pois você toma conta dela tão bem...

Como minha mãe aceitava sua condição com tanto otimismo, raramente me senti triste ou ressentida. Mas nunca irei esquecer o dia em que minha complacência foi destruída.Muito tempo depois da imagem de minha mãe em salto agulha ter se dissipado da minha consciência, houve uma festa em nossa casa. A essa altura eu era adolescente, e vi minha sorridente mãe sentada na lateral, olhando seus amigos dançarem, e fui atingida pela cruel ironia de suas limitações físicas. Subitamente, fui transportada de volta à época de minha primeira infância e a visão de minha mãe dançando radiante estava novamente diante de mim.

Imaginei se mamãe se lembraria também. Espontaneamente, andei em sua direção e então vi que, apesar de estar sorrindo, seus olhos estavam marejados de lágrimas.Corri para fora do aposento e para o meu quarto, enterrei meu rosto no travesseiro e chorei copiosamente - todas as lágrimas que ela jamais chorara. Pela primeira vez, eu me enraiveci contra Deus e contra a vida e suas injustiças para com a minha mãe.A lembrança do sorriso brilhante de minha mãe permaneceu comigo. Daquele momento em diante, enxerguei sua habilidade de superar a perda de tantas batalhas anteriores e seu ímpeto em olhar para a frente - coisas que eu tomava por certas - como um grande mistério e uma poderosa inspiração.Quando eu estava crescida e comecei a trabalhar com o sistema penal, mamãe se interessou em trabalhar com os prisioneiros. Ela telefonou para a penitenciária e pediu para dar aulas de Redação Criativa para os detentos. Lembro-me de como eles se amontoavam em volta dela sempre que ela chegava e pareciam se agarrar a cada palavra sua, como eu fizera na infância. Mesmo quando não podia mais se deslocar até a prisão, ela freqüentemente se correspondia com vários detentos.Um dia pediu-me para enviar uma carta para um prisioneiro, ''Waymon”. Perguntei se poderia lê-la antes e ela concordou, sem perceber, eu acho, o quanto aquilo seria revelador para mim.Dizia:

"Querido Waymon,



Quero que saiba que tenho pensado em você com freqüênciadesde que recebi sua carta. Você mencionou como é difícil estar preso atrás das grades e meu coração se une ao seu. Mas quando você disse que eu não imagino o que é estar na prisão, senti-me compelida a dizer-lhe que está errado.


Existem diferentes tipos de liberdade, Waymon, diferentes tipos de prisões. Às vezes, nossas prisões são auto-impostas. Quando, com a idade de trinta e um anos, levantei-me um dia para descobrir que estava completamente paralisada, senti-me em uma armadilha - dominada pela sensação de estar presa dentro de um corpo que não mais me permitiria correr através de uma campina, dançar ou carregar minha filha nos braços.Fiquei deitada ali durante muito tempo, lutando para chegar a um acordo com minha enfermidade, tentando não sucumbir em autopiedade. Perguntei-me se, na verdade, valeria a pena viver nessas condições, se não seria melhor morrer. Pensei a respeito desse conceito de prisão, pois me parecia que havia perdido tudo o que importava na vida. Eu estava próxima do desespero.Mas, então, um dia me ocorreu que, na realidade ainda havia opções abertas para mim e que eu tinha a liberdade de escolher entre elas. Será que eu iria sorrir quando visse meus filhos de novo, ou iria chorar? Iria zangar-me em Deus, ou iria pedir que Ele fortalecesse minha fé?


Em outras palavras, o que eu iria fazer com o livre-arbítrio que Ele havia me dado e que ainda era meu?Tomei a decisão de lutar, enquanto estivesse viva, para viver o mais plenamente possível, para procurar tornar minhas experiências aparentemente negativas em experiências positivas, procurar formas de transcender minhas limitações físicas expandindo minhas fronteiras mentais e espirituais.
Eu podia escolher entre ser um exemplo positivo para meus filhos ou podia murchar e morrer emocional assim como fisicamente.Existem muitos tipos de liberdade, Waymon. Quando perdemos um tipo de liberdade, temos que simplesmente procurar por outro. Você e eu somos abençoados com a liberdade de escolher entre bons livros, que iremos ler, quais deixaremos de lado. Você pode olhar para as suas grades ou pode olhar através delas. Você pode ser um exemplo para prisioneiros mais jovens ou pode se misturar com os encrenqueiros.Você pode amar a Deus e buscar conhecê-lo ou pode virar as costas para Ele.

Até certo ponto, Waymon, estamos nisso juntos. "

Quando finalmente terminei de ler a carta, minha visão estava borrada pelas lágrimas. Ainda assim, pela primeira vez, eu enxerguei minha mãe com clareza.E eu a entendi.


Historia publicada no Livro:"Histórias para aquecer o coração" vol.1 Editora Sextante.
Título OriginalChicken Soup For the Soul.

(Marie Ragghiandi)

Histórias para compartilhar: Criando Raízes.

"Criando raízes"
 de Philip Gulley

“Nossa força vem de nossas fraquezas.” (Ralph Waldo Emerson)

Quando eu era pequeno, tinha um velho vizinho chamado Dr. Gibbs. Ele não se parecia com nenhum médico que eu jamais houvesse conhecido. Todas as vezes em que eu o via, ele estava vestido com um macacão de zuarte e um chapéu de palha cuja aba da frente era de plástico verde transparente. Sorria muito, um sorriso que combinava com seu chapéu - velho, amarrotado e bastante gasto. 

Nunca gritava conosco por brincarmos em seu jardim. Lembro-me dele como alguém muito mais gentil do que as circunstâncias justificariam.Quando o Dr. Gibbs não estava salvando vidas, estava plantando árvores. Sua casa localizava-se em um terreno de dez acres, e seu objetivo na vida era transformá-lo em uma floresta.O bom doutor possuía algumas teorias interessantes a respeito de jardinagem. Ele era da escola do "sem sofrimento não há crescimento". Nunca regava as novas árvores, o que desafiava abertamente a sabedoria convencional. Uma vez perguntei-lhe por quê. Ele disse que molhar as plantas deixava-as mimadas e que, se nós as molhássemos, cada geração sucessiva de árvores cresceria cada vez mais fraca. Portanto, tínhamos que tornar as coisas difíceis para elas e eliminar as árvores fracas logo no início.

Ele falou sobre como regar as árvores fazia com que as raízes não se aprofundassem, e como as árvores que não eram regadas tinham que criar raízes mais profundas para procurar umidade. Achei que ele queria dizer que raízes profundas deveriam ser apreciadas.Portanto, ele nunca regava suas árvores. Plantava um carvalho e, ao invés de regá-lo todas as manhãs, batia nele com um jornal enrolado. Smack! Slape! Pou! Perguntei-lhe por que fazia isso e ele disse que era para chamar a atenção da árvore. O Dr. Gibbs faleceu alguns anos depois. Saí de casa. De vez em quando passo por sua casa e olho para as árvores que o vi plantar há cerca de vinte e cinco anos. Estão fortes como granito agora. Grandes e robustas. Aquelas árvores acordam pela manhã, batem no peito e bebem café sem açúcar.
foto ilustração blogger.
Plantei algumas árvores há alguns anos. Carreguei água para elas durante um verão inteiro. Borrifei-as. Rezei por elas. Todos os nove metros do meu jardim. Dois anos de mimos resultaram em árvores que querem ser servidas e paparicadas. Sempre que sopra um vento frio, elas tremem e balançam os galhos. Árvores maricas.Uma coisa engraçada a respeito das árvores do Dr. Gibbs: a adversidade e a privação pareciam beneficiá-las de um modo que o conforto e a tranqüilidade nunca conseguiriam.

Todas as noites, antes de ir dormir, dou uma olhada em meus dois filhos. Olho-os de cima e observo seus corpinhos, o sobe e desce da vida dentro deles. Freqüentemente rezo por eles. Rezo principalmente para que tenham vidas fáceis. "Senhor, poupe-os do sofrimento." Mas, ultimamente, venho pensando que é hora de mudar minha oração. Essa mudança tem a ver com a inevitabilidade dos ventos gelados que nos atingem em cheio. Sei que meu filhos irão encontrar dificuldades e minha oração para que isto não aconteça é ingênua. Sempre há um vento gelado soprando em algum lugar.

Portanto, estou mudando minha oração vespertina. Porque a vida é dura, quer o desejemos ou não. Em vez disso, vou rezar para que as raízes de meus filhos sejam profundas, para que eles possam retirar forças das fontes escondidas do Deus eterno. Muitas vezes rezamos por tranqüilidade, mas essa é uma graça difícil de alcançar. O que precisamos fazer é rezar por raízes que alcancem o fundo do Eterno, para que quando as chuvas caiam e os ventos soprem não sejamos varridos em direções diferentes.

Historia publica no Livro:"Histórias para aquecer o coração" vol.1 Editora Sextante.
Título OriginalChicken Soup For the Soul.

domingo, 23 de novembro de 2014

Uma história para emocionar.

Ainda nos dias de hoje é muito comum não saber conviver com as diferenças, com a oposição, com o que nos constrange. Apesar de mais instruídos e mais educados, somos também hoje mais impacientes e vaidosos, julgamos com muita facilidade e certamente com muita injustiça. Não devemos ver o mundo segundo o seu padrão, vaidoso e brilhoso, mas sim segundo o padrão do amor. Abaixo uma história para pensar, refletir nos ensinamentos que Deus deixou em Levitico19:18 e 34 e também está em João 15:12.


Uma história para emocionar.
(autor desconhecido)


Um menino tinha uma cicatriz no rosto, as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado, na realidade quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia. 

Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais o colégio, o professor levou o caso à diretoria do colégio. A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão:

Que não poderia tirar o menino do colégio, e que conversaria com o menino e ele seria o ultimo a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair, desta forma nenhum aluno via o rosto do menino, a não ser que olhassem para trás. O professor achou magnífica a ideia da diretoria, sabia que os alunos não olhariam mais para trás. Levado ao conhecimento do menino da decisão ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: Que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula, para dizer o por quê daquela CICATRIZ.


Foto da web.
A turma concordou, e no dia o menino entrou em sala dirigiu-se a frente da sala de aula e começou a relatar:
- Sabe turma eu entendo vocês, na realidade esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri:
- Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa minha mãe passava roupa para fora, eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade…

A turma estava em silencio atenta a tudo. O menino continuou: além de mim, havia mais 3 irmãozinhos, um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida. Silêncio total em sala.
- Foi aí que não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira começou a pegar fogo, minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora, havia muita fumaça, as paredes que eram de madeira, pegavam fogo e estava muito quente…

foto da web.
Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois minha mãe tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chama. Só que quando minha mãe tentou entrar na casa em chamas as pessoas que estavam ali, não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha, eu via minha mãe gritar:
- “Minha filhinha está lá dentro!” Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror e ela gritava, mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha…

Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar. Saí de entre as pessoas, sem ser notado e quando perceberam eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava.

Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito…

Neste momento vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto…

A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada, então o menino continuou: Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha me beija porque sabe que é marca de AMOR. 
Vários alunos choravam, sem saberem o que dizerem ou fazerem, mas o menino foi para o fundo da classe e imovelmente sentou-se.

sábado, 18 de outubro de 2014

MEU VOTO SERÁ NULO.


Costumo respeitar as diferenças, e até acho que o bonito da vida está nas diferenças. Meus melhores amigos são exatamente os que pensam muito diferente de mim. Também é claro tem gente que me odeia porque não escondo o que penso e costumo verbalizar sempre minha opinião. Prefiro a verdade, mesmo que seja dura e cruel. Não quero ofender os eleitores da presidenta Dilma Rousseff, e muito menos os eleitores de Aécio Neves, porém preciso dar minha opinião antes que tentem me "catequizar" com propostas de ambos os lados. Uso o verbo catequizar por designar a ação de alguém que tenta convencer o outro pela emoção, ao invés, da razão.

Meu voto será nulo, no meu entender, é o que resta a alguém que não vê nada de bom e verdadeiro nesse pleito. Recuso-me a votar no menos pior, até porque esses dois candidatos não valem passam-me a menor confiança, são iguais.Chegam ao cúmulo de apelar para um voto moral, como se um dos lados estivesse cheio de bandidos. Fato é de que, considerando as evidências, os dois lados estão cheios de bandidos. Há quem diga que as manifestações de junho de 2013 e contra a Copa não levaram a nada. Levaram sim: à conclusão de que quem está disputando o poder não tem moral nenhuma a alegar. Só apego ao poder em si, e a disposição de adotar de quaisquer meios para mantê-lo ou tomá-lo.

Meus amados amigos de ambos os lados, eleitores de Dilma. Não pensem que não percebo que há uma ética especifica em votar em Dilma: a de acreditar que, mesmo com todas as mazelas, o governo do PT tem programas que tendem à justiça social. Assim como, mesmo sem acreditar no programa de Aécio, há a ética de acreditar que a prioridade é arrancar o PT do poder, antes que o aparelhamento de estado chegue a níveis ainda mais catastróficos, e irreversíveis. Sim! Reconheço tudo isso, mas mesmo assim não vejo que devo escolher um lado. Espero que os institutos de pesquisa consigam fazer uma leitura apurada e entenda o que os mais 10% de votos nulos nesse pleito quer dizer. Vlw!! Não fiquem com raiva de mim!!

ESCLARECIMENTO:

VOTO EM BRANCO.
O voto em branco, embora muitas pessoas pensem que a pessoa não votou em candidato nenhum, na verdade significa que a pessoa abdicou seu direito de votar. Outras pessoas veem o voto em branco como forma de contestação, mas na verdade é um conformismo, também significa “tanto faz” e são acrescentados os votos para os candidatos com maior votação no último turno. Por exemplo, se existem dois candidatos X e Y e X termina o primeiro turno com 52% dos votos e o candidato Y com 35% dos votos, 10% dos votos foram em branco e 3% nulo, isso significa que 3% dos eleitores não querem que o candidato X e nem Y no poder e o que vencer estará bom. Então, desta forma o candidato X tem 62% de aceitação do eleitorado.

VOTO NULO:
Agora para quem deseja fazer um protesto na hora da eleição 2014, a forma mais certa de fazer isso é o votando nulo, significa que o eleitor não está satisfeito com a proposta de nenhum candidato e se recusa a votar em um ou outro candidato. Esse tipo de voto é mais efetivo para quem quer exercer sua democracia, pois este permite que o eleitor manifeste a sua insatisfação e é uma forma válida de manifestar sua insatisfação.
Ninguém fala em como votar nulo nas instruções, somente como votar em branco. Por que será que isso não é feito? Para fazer isso, é necessário digitar um numero inexistente de candidato e na sequência aperta-se em confirmar (o botão verde da urna). Quando o eleitor coloca o voto em branco o sistema da urna informa que “você está votando em branco” e então o eleito confirma ou corrige, mas quando o eleitor coloca um número existente, o sistema da urna responde de forma negativa e o sistema responde ”número incorreto, corrija seu voto”, isto muitas vezes faz o eleitor se desencorajar ao nulo, mas este é um direito de democracia que os eleitores têm. Este voto é o único válido que pode inclusive anular uma eleição inteira, pois se nenhum candidato conseguir a maioria dos votos (mais de 50%) no último turno, as eleições têm que ser cancelada, por isso não se fala em voto nulo, somente em branco. Por isso, se está descontente? Vote nulo nas eleições 2014, pois este é seu direito. Mas o melhor a se fazer é pesquisar os candidatos e tentar escolher o melhor.

sábado, 11 de outubro de 2014

Quando as imagens falam e as palavras calam.

Maudy nasceu em uma cabana, em uma pequena aldeia perto de Kalulushi, na Zâmbia. Ela cresceu brincando na rua com as outras crianças da aldeia, que frequentam a mesma escola, onde os alunos com idades entre 3 e 10 anos estão na mesma classe. A vila não tem lojas, restaurantes ou hotéis, apenas algumas crianças têm a sorte de ter brinquedos. Maudy e seus amigos encontraram uma caixa cheia de óculos de sol na rua, rapidamente se tornou seus brinquedos favoritos.





Traduzido do blog de Ombeline Barrand 

O que é mais intrigante e interessante perceber que uma foto pode dar mais informações do que um texto longo. Uma boa análise de um clik pode, por vezes, ser mais relevante e mais rica do que uma explicação por escrito.

O fotógrafo italiano Gabriele Galimberti tem viajado por todo o mundo, durante 18 meses fotografou crianças com seus brinquedos e assim criaou o livro Toy Stories, "Histórias de brinquedo". Ele se reuniu com 55 famílias em 58 países, entre novembro de 2010 e julho de 2012. As imagens são todas feitas da mesma forma: uma criança cercada por seus brinquedos, de frente para a lente da câmera.

O que poderia ser mais universal do que um brinquedo? O brinquedo transcende fronteiras e épocas, em todas as civilizações crianças brincam. Ao analisar o número e os tipos de brinquedos podemos obter muitas informações. Assim podemos perceber que algumas crianças têm muito mais brinquedos do que outras, além disso, os brinquedos não são todos tão sofisticados, vai de um urso de pelúcia simples à uma guitarra rosa. Assim, essas observações sobre a quantidade e qualidade dão uma indicação do nível de vida das crianças e, portanto, os tipos de países em que vivem. O tipo de brinquedo também nos dá algumas dicas sobre a personalidade da criança. Um menino cujo os brinquedos preferidos são carros pequenos não tem a mesma personalidade ou o mesmo comportamento de um menino cujo brinquedos mais apreciados sejam uma variedade de armas.

Esse trabalhos nos mostra um outro aspecto desses querubins. Pode-se notar que, apesar de alguns deles estar sorrindo, todos eles estão tensos em frente a câmera. Eles estão eretos, de frente para o fotógrafo. Eles logo perceberam que o que o fotografo fez foi um trabalho e não uma brincadeira. Assim, nota-se um menino em uma caixa com paredes de barro e outro em uma grande sala com paredes brancas.

O estudo desta série é uma fonte muito rica de informações e fornece insights reais para a empresas.Como explica Galimberti: "Eu gosto de mostrar as diferenças, comparar as coisas.[...]. Eu tento trabalhar como uma espécie de sociólogo ou antropólogo da fotografia. "

Abel - 5 anos - Nopaltepec, Mexico

Callum, 4 anos - Fairbanks, Alaska

Alessia - 4 anos - Castiglion Fiorentino, Italy

Allenah - 4 anos - El Nido, Flilipinas

Arafa & Aisha - Bububu, Zanzibar

Bethsaida - Port au Prince, Haiti

Botlhe - Maun, Botswana

Chiwa - Mchinji, Malawi

Cun Zi Yi - Chongqing, China

Davide - La Valletta, Malta

Elene - Tblisi, Georgia

Enea - Boulder, Colorado

Ernesto - Firenze, Italy

Farida - Cairo, Egypt

Jaqueline - Manila, Filipinas.

Jeronimo, 4 - Colômbia.

Julia - Tirana, Albania

Kalesi - Viseisei, Ilhas Fiji.

Keynor - Cahuita, Costa Rica

i Yi Chen - Shenyang, China

Louis 4 - Bogotà, Colombia

Lucas - Sydney, Austrália


Naya - Manágua, Nicarágua

Niko - Homer, Alaska

Noel - Dallas, Texas

Norden - Massa, Maroccos

Mikkel, 5 anos - Bergen, Noruega.

Orly - Brownsville, Texas

Oscar, 7 anos - Bradfortd on Avon, U.K.

Pavel - Kiev, Ukraine

Puput - Bali, Indonesia

Shaira - Mumbai, India

Ragnar - Reykjavik, Islândia

Ralf - Riga, Letónia

Reanya - Sepang, Malaysia

Ryan - Johannesburg, South Africa

Shotaro, 5 anos - Tokyo, Japan

Sofia, 4 - Bradfort on Avon, UK

Stella - Montecchio, Italy

Taha - Beirute, Líbano

Talia - Timimoun, Algeria

Tangawizi - Keekorok, Kenya

Tyra - Estocolmo, Suécia

Fermina, 5 anos - Montevideo, Uruguay

Virginia - American Fork, Utah 

Watcharapon - 


Uma Fé Extraordinária - John Harper

                                                              John Harper, a esposa e filha - Google Fotos. No livro “The Titanic's Last...