sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

FALAR COM DEUS.



Até bem pouco tempo eu não tinha coragem de falar com Deus,
Por vários motivos e por motivo algum.
Em dado momento, que não sei bem qual, minha mente se abriu em um mundo desconhecido.
Como por encanto aproximei-me de Deus e falei de tudo.

Falei do medo que sentia, da angústia que me afligia sem eu saber porquê,
Das dúvidas que me dilaceravam por dentro...
E da solidão que me inebriava em mim mesmo.
Por um instante quis culpar a Deus,
Mas a razão não me deixou ir além.
Afinal como responsabilizá-Lo pela distância que eu mesmo causara por tanto tempo? O exercício da oração hoje me relaciona com Deus,
Eleva-me à uma mansidão que eu não conhecia,
E afasta-me de um mundo de teorias,
De fórmulas prontas,
De um misticismo inerte.
Aproxima-me de um sonho absurdo e escandaloso a esse mundo.
Ousei falar com o Pai do Universo e desfrutei o afago
E o amparo que jamais sonhara.
Quando confessei minhas angústias e me despi de mim mesmo,
Pude enxergar o invisível.
Hoje estou liberto de mim mesmo.

FIM





Em 2015 homenageei minha grande amiga Deborah com esse poema, colocando a musica instrumental, "Lindo", de Flavio Venturini para ritmar os meus versos,

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

A morte é um sono.

Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?" (João 11:25-26).




Se pararmos para analisar a criação de Deus, não há como acreditar na vida como sendo algo finito. Por mais que seja limitada nossa compreensão da vida. A distância de Deus nos limita, afasta-nos à compreensão da vida, mas mesmo assim não é tão difícil.

Nesse momento que escrevo, lembro de meu primo Jorge, falecido no último dia 30/01/22. Estou a mensurar mais uma vez a morte e temo pelas pessoas que não conseguem, pela fé, entender essa tragédia da vida. Estado agonizante chamado morte, que nos impõe essa sensação de fim, essa sensação de perda, partida, de abandono, de angústia, de medo, de ruptura.

Visto este estado da vida em relação a criação e sua grandeza, a gente chega a conclusão que Deus não criou a vida para deixa-la acabar. Há muito sentido em suas promessas que a morte é apenas um hiato, uma pausa, um sono, um descanso causado pelo pecado( distanciamento de Deus).

"Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e com ele, aqueles que nele dormiram." (1 Tessalonicenses 4:13-14)

Que a paz esteja no coração de todos os enlutado, e mais, que a fé esteja fortalecida. Pois a promessa é real, a morte não passa de um sono para aquele que crê, para aqueles que esperam em nosso Senhor Jesus Cristo.

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Feliz 19 anos! Meu filho!


Parece que foi ontem!! 19 anos!! Como passou rápido, parece que foi outro dia que anunciava aqui o seu nascimento, compartilhava a minha angustia de tantas vacinas que você tomou ainda um bebê. A Deus toda a gloria, toda a honra, toda gratidão pela pessoa, pela saúde, pelo coração grandioso! Muita saúde, sabedoria e prosperidade.

                                                                Vivemos uma época difícil, não falo de economia somente, mas principalmente sobre a relativização da moral, da ética, da verdade. O mundo vive uma confusão egocêntrica, filosófica e moral. Nossa sociedade perde-se em meio  a tantos conceitos errôneos, arrastando a juventude a uma realidade fugaz, enganosa e estéril. Filho acredito ter plantado em sua base moral todos os conceitos de Deus, toda estrutura necessário para escolher o certo, o altruísta e o generoso. Acho que suas decisões serão sempre aquilo que Deus ensina como regra de vida.
                           
                                                                Você está pronto para enfrentar o mundo, trabalhar, economizar seu dinheiro e fazer seus planos. Feliz 19 anos! Feliz Aniversário! Feliz ciclo novo! você sabe que pode contar sempre comigo e sua mãe! Saiba que já está pronto! Estaremos do seu lado. 
                                                               

 
        



 

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

O ESCRITOR

Imagens Google Imagens.
           
                

Posso sobreviver dois meses com um elogio
Mark Twain

                    
                     A vida do século XIX não era fácil para um rapaz londrino. Enquanto seu pai definhava na cadeia por causa de dividas, dores excruciantes de fome corroíam seu estomago. Para alimentar-se, o garoto aceitou um emprego colando rótulos em garrafas de graxa em um lúgubre armazém infestado de ratos. Dormia em um quarto desolador no sótão com dois outros rapazolas, enquanto sonhava secretamente torna-se escritor. Tendo estudado apenas quatro anos, possuía pouca segurança em suas habilidades. A fim de evitar os risos zombeteiros que esperava, escapou furtivamente no meio da noite enviar seu primeiro manuscrito.
                
                  Uma historia depois outra era recusada até que, finalmente, uma foi aceita. Não o pagaram por ela, mas, ainda assim, um editor elogiou seu trabalho.
                
                 O reconhecimento que recebeu através da impressão daquela história mudou sua vida. Se ele não fosse pelo engajamento daquele editor, ele poderia ter passado a vida trabalhando numa fabrica infestada de ratos. 

                 Você pode ter ouvido falar nesse garoto, cujo livros causaram tantas mudanças no tratamento dado às crianças e aos pobres: seu nome era Charles Dickens.

             

               Willy McNamara
                     

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

BEN

         

        Ben nasceu no dia 20 de setembro de 1989. Pouco depois de seu nascimento, soubemos de sua cegueira e surdez. Quando estava com três anos, soubemos também que nunca andaria.

         A partir do segundo dia de vida de Ben, nossa família percorreu um caminho que nunca havíamos imaginado. Centenas e centenas de quilômetros até os melhores médicos e os melhores hospitais. Centenas de agulhas e raios-x, tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas. Depois disso vieram as lentes de contato, o aparelho nos dentes, aparelhos auditivos, cadeiras de rodas, andadores e macacões para engatinhar - junto com todos os terapeutas para nos mostrar como usar todas essas coisas. As operações nunca pararam.

         A vida de Ben hoje em dia consiste de seu professor habitual, um professor para pessoas com deficiência visual, um professor para pessoas com deficiência auditiva, um terapeuta ocupacional, um fisioterapeuta, um patologista de fala e linguagem, um pediatra, um neurologista, ortopedista, um oftalmologista pediátrico, um otorrinolaringologista, um fonoaudiólogo, um dentista, um cirurgião dentista e um ortodontista - e ele só tem oito anos de idade.

        Ainda sim, todas as manhãs meu homenzinho acorda com o maior sorriso no rosto, como quem dissesse: "Ei, vocês, estou aqui para mais um dia, e estou tão feliz!"

        Nossa filha nasceu três anos antes de Ben. Lembro-me de seu pai eu olhando para ela durante longos períodos de tempo quando ela tinha cerca de dois anos, esperando que a próxima palavra ou som escapulisse. Sempre que isso acontecia era um momento marcante na história - tópico de orgulhosas conversas com que quer que tivesse a paciência de escutar. Realmente tínhamos uma criança brilhante e notável. Ainda temos. 

        Depois que Ben nasceu, nosso amor por ela mudou nossa visão sobre o que era realmente importante a respeito de nossos filhos. Não tinha mais importância quantas palavras falavam com quantos anos, ou que desenvolvimento fenomenal acontecia antes da previsão feita em qualquer livro sobre bebês. Nossos filhos se tornaram indivíduos, cada um possuindo qualidades maravilhosas, que não devem ser comparadas. Suas vidas não devem ser medidas pela falta de habilidade ou pela habilidade excepcional, mas pela força da perseverança.

        Quando Ben estava com cerca de quatro anos, dirigia com bastante domínio sua cadeira de rodas, mas nunca havia dito uma palavra - apenas sons abertos de vogais. Então nossa família começou a colocar um gravador ligado, na mesa durante o jantar, para gravar os sons que Ben estava fazendo, porque ele demonstrava claramente que queria participar das conversas. Pensamos que, talvez, se ele ouvisse a sua voz gravada e as nossas, isso estimularia algo dentro dele.

        Um dia em setembro de 1993, a fita estava rodando enquanto eu alimentava Ben e fazia alguns sons, tentando estimular algum interesse nele. De repente o tempo parou. Nunca esquecerei a expressão nos olhos de Ben. a concentração em seu rosto, a forma de sua boa, como ele olhava pra mim de sua cadeira de rodas quando falou suas primeiras palavras:

         -  Eu te amo.
         
        Virei-me para meu marido e ele olhou para mim com os olhos cheios d'água e disse:

        - Terry eu ouvi!

        Ben disse aquelas palavras para mim e eu as tenho gravadas para ouvir sempre que precisar. Também fico grata, pois ele não disse outra palavra desde então. 

        Mas,  vocês sabem, eu não ouço a fita com tanta frequência. Não preciso. Sempre irei reconhecer a expressão de seus olhos - mesmo que sejam cegos - quando ele procura meu rosto para me dar um beijo. Isso é tudo que eu preciso.


Terry Boisot.


        

Carta extraída do livro Historias Para Aquecer o Coração.

O ingrediente secreto de Martha.



      Aquilo incomodava Ben cada vez que passava pela cozinha. Era a pequena caixa de metal na prateleira em cima do fogão de Martha. Provavelmente não teria prestado muita atenção ou se incomodado daquela forma se Martha não tivesse repetido tanto para ele nunca pegar nela. O motivo, dizia, era que a caixa continha ” erva secreta ” da sua mãe, uma erva que ela jamais poderia repor, não podendo, portanto, correr o risco de que Ben ou quem quer que fosse a abrisse, derramando acidentalmente seu precioso conteúdo.

A caixa não tinha nada de especial. Era tão velha que a maior parte do vermelho e dourado das suas flores originais havia desbotado.

Não eram só os dedos de Martha que haviam encostado ali, mas também os dedos da sua mãe e da sua avó. Martha não tinha certeza, mas achava que talvez até mesmo sua bisavó tivesse usado a mesma caixa e sua “erva secreta”.

Tudo o que Ben sabia com certeza era que, pouco depois de ter casado, a mãe dela trouxera a caixa para Martha e lhe dissera para usar o conteúdo da mesma forma amorosa com que ela o havia usado.

E ela o usou, fielmente. Ben nunca viu Martha preparar um prato sem tirar a caixa da prateleira e colocar uma pitada da ” erva secreta ” por cima dos ingredientes. Mesmo quando assava bolos, tortas ou biscoitos, ele a via adicionando uma pitadinha imediatamente antes de colocar as formas no forno.

O que quer que houvesse na caixa com certeza funcionava, pois Ben achava que Martha era a melhor cozinheira do mundo. Não era o único a ter essa opinião – qualquer um que comesse em sua casa elogiava efusivamente a comida de Martha.

Mas por que ela não deixava Ben tocar naquela caixinha? Será que realmente tinha medo de ele derramar seu conteúdo? E qual era a aparência da “erva secreta”? Era tão delicada que, todas as vezes que Martha salpicava um pouco em cima da comida, Ben não conseguia descobrir a sua textura. Ela obviamente tinha que usar muito pouco, pois não havia como encher a caixa novamente.

De alguma maneira, Martha tinha conseguido fazer o conteúdo render durante os trinta anos de casamento, até aquela data. Nunca deixava de produzir resultados de dar água na boca.

Ben ficava cada vez mais tentado a olhar apenas uma vez no interior da caixa, mas nunca chegou a fazê-lo.

Até que um dia Martha ficou doente. Ben a levou para o hospital, onde a internaram para passar a noite. De volta em casa, sentiu-se extremamente solitário. Martha nunca tinha passado a noite fora. Quando a hora do jantar foi chegando, pensou no que fazer para comer – Martha gostava tanto de cozinhar que ele nunca havia se preocupado em aprender a cozinhar.

Enquanto perambulava pela cozinha, procurando o que havia na geladeira, viu imediatamente a caixa na prateleira. Ela atraía seus olhos como um imã. Desviou rapidamente o olhar, mas a curiosidade fez com que olhasse de novo.

A curiosidade o importunava.

O que havia na caixa? Por que ele não devia pegar nela? Qual era a aparência da “erva secreta”? Quanto havia sobrado?

Ben afastou o olhar e levantou a tampa de uma grande fôrma de bolo no balcão da cozinha. “Ah, ainda havia mais da metade de um dos maravilhosos bolos de Martha”. Cortou um bom pedaço, sentou-se à mesa da cozinha e não havia dado a segunda mordida quando seus olhos se voltaram mais uma vez para a caixa. Que mal havia em olhar dentro? De qualquer forma, por que Martha mantinha tanto segredo?

Ben deu outra mordida e debateu consigo mesmo – deveria ou não? Durante mais cinco longas mordidas ele pensou no que fazer olhando fixo para a caixa. Afinal, não conseguiu mais resistir.

Atravessou lentamente o aposento e tirou a caixa da prateleira com todo cuidado – temendo, horror dos horrores, derramar o conteúdo enquanto dava uma olhadela.

Colocou a caixa no balcão e tirou cuidadosamente a tampa.

Estava quase com medo de olhar lá dentro! Quando viu o interior da caixa, os olhos de Ben se arregalaram – a caixa estava vazia, a não ser por um pedacinho de papel dobrado no fundo.

Ben tentou pegar o papel, sua mão grande e áspera lutando para entrar. Pegou-o pelo canto, tirou-o e desdobrou-o cuidadosamente sob a luz da cozinha.

Um bilhete curto estava rabiscado e Ben imediatamente reconheceu a letra como sendo a da mãe de Martha. De maneira simples, dizia: ” Martha, em tudo o que fizer, acrescente uma pitada de amor”.

Ben engoliu em seco, recolocou o bilhete e a caixa no lugar e voltou silenciosamente para terminar o bolo. Agora entendia, realmente, por que tinha um gosto tão bom.

Em todos os momentos de sua vida, em tudo o que você fizer “ACRESCENTE UMA PITADA DE AMOR”


Carta entregue por Dot Abraham para Revista Reminisce








Do livro Histórias para aquecer o coração. Autores: Jack Canfield - Mark Victor Hansen e Heatherr McNamara.









segunda-feira, 21 de junho de 2021

DEUS CUIDA DE MIM.

Img: google.


Rejeição e desamparo. Palavras terríveis. Sentimentos que estremecem as entranhas qualquer mortal. Duras realidades de um mundo de pecado. Tudo que começa, chega ao fim. O tempo é irreversível. Implacável. Os ponteiros do relógio não param. Quando um dia você se olha no espelho, descobre que a beleza da juventude foi embora e a força da mocidade fugiu.

A maioria dos países latinos preocupa-se pouco com as pessoas idosas. Ser velho, em alguns lugares, é sinônimo de agressão. Anciãos acabam rejeitados e desamparados. No verso de hoje, o salmista não mostra preocupação pela rejeição e o desamparo humano. Não dos homens. Afinal de contas, ele disse muitas vezes nos salmos que não temeria o que o homem pudesse lhe fazer. A sua preocupação é com Deus. É isso o que realmente conta.

A vida com Cristo é bela e gratificante em todas as suas etapas. Ser criança tem suas vantagens e desvantagens. Você pode dormir e brincar o dia todo sem preocupação, mas não pode ir aonde quer. A juventude chega trazendo suas coisas boas e más. Você toma suas próprias decisões, tem força, energia, pode escalar o pico mais alto ou mergulhar nas águas cristalinas do mar à procura de corais. Mas não tem a experiência que só a vida dá. Muitas vezes você paga um preço muito alto por isso.

Um dia, a velhice chega. Aposentado, você vê suas responsabilidades cumpridas e seus filhos grandes e prósperos. Mas sente o peso dos anos. A visão se apaga, a audição diminui e as forças minguam.
Essa é uma realidade da qual ninguém escapa. Você precisa de sabedoria para administrar a velhice e desfrutar as coisas boas que a vida lhe reserva. O que importa é o que Davi pede no salmo de hoje: “Não Te ausentes de mim, ó Deus.” Verso 12.

Uma vida sem Deus é uma vida vazia, oca e sem sentido. Uma velhice sem Ele é uma tarde cinzenta. Anuncia a chegada de trevas, solidão e desamparo. Vale a pena viver cada minuto da existência em comunhão com o Deus da vida.
Hoje, não importa que etapa da vida você esteja vivendo, diga em seu coração: “Não me rejeites na minha velhice, quando me faltarem as forças, não me desampares.”

Meditações diárias - Alejandro Bullón

Uma Fé Extraordinária - John Harper

                                                              John Harper, a esposa e filha - Google Fotos. No livro “The Titanic's Last...