sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Perda dos limites.

Georges Bataille (Puy-de-Dôme10 de Setembro de 1897 - 8 de Julho de 1962) foi um escritor francês, cuja obra se enquadra tanto no domínio da Literatura como no campo da AntropologiaFilosofiaSociologia e História da Arte. O erotismo, a transgressão e o sagrado são temas abordados em seus escritos. Para Bataille erotismo não é apenas o conjunto de expressões culturais e artísticas humanas referentes ao sexo, é também a perda dos limites, nem que seja por um breve instante.

Vivemos cercados de leis e regras de comportamento, leis de transito, ortográficas e muitas mais. Elas são fundamentais, sem elas a sociedade se tornaria um caos, uma bagunça. Elas nos ajudam a organizar a sociedade e controlam nossos instintos, além de por ordem na nossa cabeça. Sem essa ordem não teríamos desenvolvidos cultura, pensamento e linguagem. Mas Deus não criou robôs, a vida não é só obedecer a leis.Temos criatividade, livre arbítrio. Temos a capacidade de controlar nossos desejos. Há momentos de libertar esses impulsos, sair do prumo,  sair da rotina, afinal somos humanos! Uma partida de futebol, o grito de gol, nos dá essa sensação de perda de limites, de quebrar as regras, à essa sensação Bataille dá o nome de erotismo. Erotismo não é só um orgasmo é também essa sensação de quebra das regras, temporariamente, sem ofender nossas regras dentro do legal, mas libertando nosso erotismo.

"Bibliothéque en Feu", 1974, óleo sobre tela 158 x 178 cm 
Lei e erotismo são duas faces da mesma moeda, dois elementos fundamentais da condição humana. Um não vive sem o outro. Assim como não podemos viver sem lei, não podemos viver sem erotismo. Para entender essa relação, pense num parque de diversões: a montanha russa é a lei, o chão é a morte e a queda é erotismo. Certamente que precisamos de segurança para descer a rampa,mas se tiver medo e não for, vai se frustrar, talvez pelo resto da vida.

Por isso meu amigo jogue uma partida de futebol ou de boliche, dance um tango, saia com a família, divirta-se, brinque num parque de diversões, cante uma canção num tom bem alto, beije na boca, abrace forte, vá à praia e pegue um jacaré, xingue o juiz... Extravase seu erotismo, saia do normal, perca os limites,senão você pira! Muitos não entendem essa demanda e metem "o pé na jaca", se afastando do convívio social por força da lei, mas isso é assunto pra outro post, as páginas policiais dos jornais e a obra de Nelson Rodrigues explicam. Deixo também para os psicólogos. Ah! O quadro acima, na minha interpretação, é uma batalha e pra você é o quê? Comente, se solte!! Escrever também é extravasar o erotismo.


Referencias: Wikipédia, Viviane Mosé.

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