A cena é assim: um ladrão rouba um carro e se surpreende ao descobrir, no banco de trás, um Byafra cantando o hit “Sonho de Ícaro”. E o ladrão abandona o veículo. A assinatura do comercial é fenomenal: “Vai que carro não tem um Byafra cantando... contrate um seguro”.
Num primeiro momento, achei engraçado. Depois, achei triste, pois poderia destruir a já quase adormecida carreira deste cantor que vendeu na década de 80 mais de 1 milhão de cópias de seu trabalho.
Mas o efeito do comercial, para todos os envolvidos, certamente foi acima das expectativas. A seguradora ganhou uma mídia espontânea espetacular. E o Byafra, pelo que consta, voltou a ser um dos itens de busca mais badalados do Google, e sua agenda de shows voltou a crescer. Em vez da esperada “queimação”, a brincadeira fez bem a Byafra. Depois de um bom tempo fora do ar, entrou novamente em cartaz e em horário nobre da televisão brasileira.
Foi uma decisão importante. Byafra foi de uma coragem e um desprendimento difícil de ser visto por aí. A vida, principalmente a profissional no mercado privado, é um jogo. Assumir riscos e saber administrar os problemas – que certamente surgirão – é o diferencial. Byafra, se não tivesse feito o comercial, poderia terminar a carreira se arrependendo por não ter aproveitado a oportunidade.
Arrisque mais! Ouse mais! Arrependa-se por ter feito.
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