sábado, 4 de março de 2023

De que me serve um diploma universitário?

Barão de Itararé (ao centro) em entrevista coletiva, em 1945 - Foto: Arquivo Nacional.

Na faculdade de medicina, o professor se vira para um aluno e pergunta:
- Quantos rins temos? 
- Quatro! - responde o aluno 
- Quatro? - Indagou o professor arrogante, daqueles que têm prazer em pisar nos erros dos outros. 
- Traga um pouco de grama, porque temos um burro na sala - ordenou o professor de forma irônica ao seu assistente. 
- E um café para mim! - falou o aluno ao assistente do professor. 
O professor ficou com tanta raiva que expulsou o aluno da sala de aula. O aluno, porém, era o humorista Aparicio Torelly Aporelly (1895-1971), conhecido como o ' Barão de ltararé '. 

Ao sair da sala, novamente, o aluno teve a audácia de corrigir o furioso professor: 
- Perguntaste-me quantos rins temos? Temos quatro rins: dois meus e dois seu. Temos é um verbo usado para 1ª pessoa do plural. 
Bom apetite, pode desfrutar da relva - despediu-se. 

Esta história ensina que a vida exige muito mais cultura, sabedoria, humildade e capacidade de raciocínio do que conhecimento em si. Um diploma é inútil se você não pode falar e pensar, especialmente se você pretende ensinar.

domingo, 10 de abril de 2022

Quantos anos você tem?


Momentos, nem todos, desses anos, simples, mas profundos e inesquecíveis.



Hoje acordei e o Facebook me pediu para fazer uma reflexão sobre o dia especial de hoje, e mais, sobre gratidão pela vida. Achei curioso e pertinente, aceitei a sugestão.
Parafraseando Galileu Galilei, que respondeu a célebre pergunta quantos anos tem com uma ironia, eu responderei com gratidão. Imensa gratidão a Deus por me conceder anos de vida com a exímia sensação de que vivi muito mais.

Hoje se me perguntarem quantos anos tenho, responderei, "tenho 114!". É o que realmente tenho, apesar de ter deixado escapar alguns anos. Foi isso que consegui segurar, são os anos que tenho comigo, lembranças que retive, amigos que fiz, sabedoria que aprendi. Meu sentimento de eternidade impede de perceber que o tempo passou, na verdade são nossos critérios de medição do tempo que estão errados.
Se somarmos as emoções, as lições da vida, sem considerar, a contradição de percepção de tempo entre o humano e o divino, veremos que ganhamos, a cada ano, com certeza, mais de um ano de experiência e sabedoria.

Por falsa modéstia a gente diz que não, que não é nada disso. Mas na verdade é o antagonismo humano negando o divino. É bom saber que o conceito de tempo divino é bastante diferente do conceito de tempo humano, métrica que o homem inventou pra expor sua vaidade e seu egoísmo. Por isso nossa sensação de tempo é sempre tão curta!
Portanto se me perguntam quantos anos tenho, responderei, "hoje estou ganhando mais 4 anos, já tenho114! Sim, é assim que me sinto por tudo que Deus me concedeu.
Muito obrigado Senhor!!


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

FALAR COM DEUS.



Até bem pouco tempo eu não tinha coragem de falar com Deus,
Por vários motivos e por motivo algum.
Em dado momento, que não sei bem qual, minha mente se abriu em um mundo desconhecido.
Como por encanto aproximei-me de Deus e falei de tudo.

Falei do medo que sentia, da angústia que me afligia sem eu saber porquê,
Das dúvidas que me dilaceravam por dentro...
E da solidão que me inebriava em mim mesmo.
Por um instante quis culpar a Deus,
Mas a razão não me deixou ir além.
Afinal como responsabilizá-Lo pela distância que eu mesmo causara por tanto tempo? O exercício da oração hoje me relaciona com Deus,
Eleva-me à uma mansidão que eu não conhecia,
E afasta-me de um mundo de teorias,
De fórmulas prontas,
De um misticismo inerte.
Aproxima-me de um sonho absurdo e escandaloso a esse mundo.
Ousei falar com o Pai do Universo e desfrutei o afago
E o amparo que jamais sonhara.
Quando confessei minhas angústias e me despi de mim mesmo,
Pude enxergar o invisível.
Hoje estou liberto de mim mesmo.

FIM





Em 2015 homenageei minha grande amiga Deborah com esse poema, colocando a musica instrumental, "Lindo", de Flavio Venturini para ritmar os meus versos,

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

A morte é um sono.

Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?" (João 11:25-26).




Se pararmos para analisar a criação de Deus, não há como acreditar na vida como sendo algo finito. Por mais que seja limitada nossa compreensão da vida. A distância de Deus nos limita, afasta-nos à compreensão da vida, mas mesmo assim não é tão difícil.

Nesse momento que escrevo, lembro de meu primo Jorge, falecido no último dia 30/01/22. Estou a mensurar mais uma vez a morte e temo pelas pessoas que não conseguem, pela fé, entender essa tragédia da vida. Estado agonizante chamado morte, que nos impõe essa sensação de fim, essa sensação de perda, partida, de abandono, de angústia, de medo, de ruptura.

Visto este estado da vida em relação a criação e sua grandeza, a gente chega a conclusão que Deus não criou a vida para deixa-la acabar. Há muito sentido em suas promessas que a morte é apenas um hiato, uma pausa, um sono, um descanso causado pelo pecado( distanciamento de Deus).

"Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e com ele, aqueles que nele dormiram." (1 Tessalonicenses 4:13-14)

Que a paz esteja no coração de todos os enlutado, e mais, que a fé esteja fortalecida. Pois a promessa é real, a morte não passa de um sono para aquele que crê, para aqueles que esperam em nosso Senhor Jesus Cristo.

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Feliz 19 anos! Meu filho!


Parece que foi ontem!! 19 anos!! Como passou rápido, parece que foi outro dia que anunciava aqui o seu nascimento, compartilhava a minha angustia de tantas vacinas que você tomou ainda um bebê. A Deus toda a gloria, toda a honra, toda gratidão pela pessoa, pela saúde, pelo coração grandioso! Muita saúde, sabedoria e prosperidade.

                                                                Vivemos uma época difícil, não falo de economia somente, mas principalmente sobre a relativização da moral, da ética, da verdade. O mundo vive uma confusão egocêntrica, filosófica e moral. Nossa sociedade perde-se em meio  a tantos conceitos errôneos, arrastando a juventude a uma realidade fugaz, enganosa e estéril. Filho acredito ter plantado em sua base moral todos os conceitos de Deus, toda estrutura necessário para escolher o certo, o altruísta e o generoso. Acho que suas decisões serão sempre aquilo que Deus ensina como regra de vida.
                           
                                                                Você está pronto para enfrentar o mundo, trabalhar, economizar seu dinheiro e fazer seus planos. Feliz 19 anos! Feliz Aniversário! Feliz ciclo novo! você sabe que pode contar sempre comigo e sua mãe! Saiba que já está pronto! Estaremos do seu lado. 
                                                               

 
        



 

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

O ESCRITOR

Imagens Google Imagens.
           
                

Posso sobreviver dois meses com um elogio
Mark Twain

                    
                     A vida do século XIX não era fácil para um rapaz londrino. Enquanto seu pai definhava na cadeia por causa de dividas, dores excruciantes de fome corroíam seu estomago. Para alimentar-se, o garoto aceitou um emprego colando rótulos em garrafas de graxa em um lúgubre armazém infestado de ratos. Dormia em um quarto desolador no sótão com dois outros rapazolas, enquanto sonhava secretamente torna-se escritor. Tendo estudado apenas quatro anos, possuía pouca segurança em suas habilidades. A fim de evitar os risos zombeteiros que esperava, escapou furtivamente no meio da noite enviar seu primeiro manuscrito.
                
                  Uma historia depois outra era recusada até que, finalmente, uma foi aceita. Não o pagaram por ela, mas, ainda assim, um editor elogiou seu trabalho.
                
                 O reconhecimento que recebeu através da impressão daquela história mudou sua vida. Se ele não fosse pelo engajamento daquele editor, ele poderia ter passado a vida trabalhando numa fabrica infestada de ratos. 

                 Você pode ter ouvido falar nesse garoto, cujo livros causaram tantas mudanças no tratamento dado às crianças e aos pobres: seu nome era Charles Dickens.

             

               Willy McNamara
                     

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

BEN

         

        Ben nasceu no dia 20 de setembro de 1989. Pouco depois de seu nascimento, soubemos de sua cegueira e surdez. Quando estava com três anos, soubemos também que nunca andaria.

         A partir do segundo dia de vida de Ben, nossa família percorreu um caminho que nunca havíamos imaginado. Centenas e centenas de quilômetros até os melhores médicos e os melhores hospitais. Centenas de agulhas e raios-x, tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas. Depois disso vieram as lentes de contato, o aparelho nos dentes, aparelhos auditivos, cadeiras de rodas, andadores e macacões para engatinhar - junto com todos os terapeutas para nos mostrar como usar todas essas coisas. As operações nunca pararam.

         A vida de Ben hoje em dia consiste de seu professor habitual, um professor para pessoas com deficiência visual, um professor para pessoas com deficiência auditiva, um terapeuta ocupacional, um fisioterapeuta, um patologista de fala e linguagem, um pediatra, um neurologista, ortopedista, um oftalmologista pediátrico, um otorrinolaringologista, um fonoaudiólogo, um dentista, um cirurgião dentista e um ortodontista - e ele só tem oito anos de idade.

        Ainda sim, todas as manhãs meu homenzinho acorda com o maior sorriso no rosto, como quem dissesse: "Ei, vocês, estou aqui para mais um dia, e estou tão feliz!"

        Nossa filha nasceu três anos antes de Ben. Lembro-me de seu pai eu olhando para ela durante longos períodos de tempo quando ela tinha cerca de dois anos, esperando que a próxima palavra ou som escapulisse. Sempre que isso acontecia era um momento marcante na história - tópico de orgulhosas conversas com que quer que tivesse a paciência de escutar. Realmente tínhamos uma criança brilhante e notável. Ainda temos. 

        Depois que Ben nasceu, nosso amor por ela mudou nossa visão sobre o que era realmente importante a respeito de nossos filhos. Não tinha mais importância quantas palavras falavam com quantos anos, ou que desenvolvimento fenomenal acontecia antes da previsão feita em qualquer livro sobre bebês. Nossos filhos se tornaram indivíduos, cada um possuindo qualidades maravilhosas, que não devem ser comparadas. Suas vidas não devem ser medidas pela falta de habilidade ou pela habilidade excepcional, mas pela força da perseverança.

        Quando Ben estava com cerca de quatro anos, dirigia com bastante domínio sua cadeira de rodas, mas nunca havia dito uma palavra - apenas sons abertos de vogais. Então nossa família começou a colocar um gravador ligado, na mesa durante o jantar, para gravar os sons que Ben estava fazendo, porque ele demonstrava claramente que queria participar das conversas. Pensamos que, talvez, se ele ouvisse a sua voz gravada e as nossas, isso estimularia algo dentro dele.

        Um dia em setembro de 1993, a fita estava rodando enquanto eu alimentava Ben e fazia alguns sons, tentando estimular algum interesse nele. De repente o tempo parou. Nunca esquecerei a expressão nos olhos de Ben. a concentração em seu rosto, a forma de sua boa, como ele olhava pra mim de sua cadeira de rodas quando falou suas primeiras palavras:

         -  Eu te amo.
         
        Virei-me para meu marido e ele olhou para mim com os olhos cheios d'água e disse:

        - Terry eu ouvi!

        Ben disse aquelas palavras para mim e eu as tenho gravadas para ouvir sempre que precisar. Também fico grata, pois ele não disse outra palavra desde então. 

        Mas,  vocês sabem, eu não ouço a fita com tanta frequência. Não preciso. Sempre irei reconhecer a expressão de seus olhos - mesmo que sejam cegos - quando ele procura meu rosto para me dar um beijo. Isso é tudo que eu preciso.


Terry Boisot.


        

Carta extraída do livro Historias Para Aquecer o Coração.

Uma Fé Extraordinária - John Harper

                                                              John Harper, a esposa e filha - Google Fotos. No livro “The Titanic's Last...