Mundialmente conhecida pelo arquipélago em formato de palmeira e hotéis luxuosos, Dubai saiu das páginas de turismo para ganhar as manchetes de finanças na última quinta-feira (26), com o episódio Dubai World.
Localizada ao longo da costa sul do Golfo Pérsico, um dos sete emirados dos EAU (Emirados Árabes Unidos) relembra um conto de fadas moderno, com arquiteturas futuristas e muito luxo, marca registrada do pequeno emirado.
Contudo, o pedido de postergação de uma dívida de US$ 59 bilhões proposto a seus credores afetou a confiança do mercado, modificando a rotina sistemática de altas consecutivas dos índices acionários e valorização das moedas internacionais.
Mas toda esta preocupação dos investidores é válida? Afinal, a cifra devida nem se compara com o montante devido, por exemplo, por uma pequena fatia de bancos norte-americanos na época do subprime.
Espero que essa notícia seja devidamente divulgada e entendam que o homem não pode ser Deus, Dubai é algo muito plástico e nada tem durável e verdadeiro. Tudo é falso e megalomaníaco. Esses investimentos e o que foi gasto para construir esse 'paraíso' poderiam ter sido gastos no combate a fome, por exemplo. Não terei espaço aqui para citar as cifras que foram gastas para construir esse hotel (foto) e outros pontos da cidade.
Pedindo licença para os irmãos Grimm, autores do conto de fadas Cinderela, uma pergunta paira sobre os mercados: ao primeiro badalar da meia-noite, quem ficará com uma abóbora podre ao invés de uma carruagem de luxo?