sábado, 2 de novembro de 2013

Bullying - Revertendo as injustiças.



As dificuldades da vida servem, na maioria da vezes para nos aprimorar, um  polimento que não teríamos. Não que sejam agradáveis, mas precisamos encará-las com otimismo, do contrário viveríamos a nos queixar e desperdiçar a vida.

Quando jovem fui um menino magro e tímido demais e muitas vezes, num primeiro momento, preterido nos grupos. Aquilo me entristecia muito, apesar disso nunca esmoreci, pelo contrário estudava mais e mais, desenvolvia todas as minhas habilidades treinando mais e sempre me destacava no que participava. Com o tempo o "mosquito", meu apelido, era sempre convidado pra tudo. No futebol de salão do colégio a posição de pivô era minha, não era um grande jogador, mas era eficiente, mortal na hora do passe e não perdia gol, apesar de finalizar pouco. O treino e a insistência fazia com que superasse as minhas dificuldades.

Hoje o nome moderno desses tratamento recebido em grupo é Bullying, quase impossível eliminá-lo nos dias de hoje, apenas amenizá-lo.Os tapas que ganhei na cabeça me incentivavam mais e mais e hoje dou rizadas nas reuniões de ex-alunos do Colégio Republicano de Vaz Lobo.

E você? Já sofreu injurias e gozações? Já foi massacrado por alguém mais forte?Já sofreu Bullying? Certamente que sim, todos sofremos.Vamos aprofundar esse assunto num trecho do livro de meditações, "JANELAS PARA A VIDA"  de ALEJANDRO BULLÓN, a partir do verso Bíblico:

Não tenhas inveja do homem violento, nem sigas nenhum dos seus caminhos.
( Provérbios; 3:31)


Miguel de Cervantes Savedra, foi soldado, e ninguém poderia imaginar que um dia se converteria no maior escritor da língua Espanhola.

Como aconteceu essa transformação? Cervantes foi soldado do Rei da Espanha durante sete anos na Itália, onde não se poupou a esforços para defender a coroa de Sua Majestade. Em 1575, sempre ao serviço do Rei, lutou na batalha de Lepanto, na Grécia, e ficou com o braço esquerdo sem mobilidade, razão pela qual foi conhecido depois como o maneta de Lepanto. Mesmo assim, continuou a defender o Rei, durante mais quatro anos. Nessa altura, os piratas sequestraram-no e ele foi escravo dos Turcos muçulmanos em Argel. Destruído pela guerra, regressou a Espanha e pensou em solicitar ao Rei, um cargo nas colônias das Américas. 

Naquele tempo, os cargos públicos eram uma espécie de favores que se davam a pessoas conhecidas. Como Cervantes não era nem conhecido, nem tinha dinheiro, descobriu que era ingenuidade sua pensar que receberia alguma nomeação pelos seus méritos nos campos de batalha. Reconhecimento zero!

Naquela altura da vida, poderia ter abrigado no seu coração “inveja dos homens violentos” e, consequentemente, poderia ter-se entregado a uma vida de lamúrias, amarguras e queixas. Não o fez. 

Escreveu a famosa obra Don Quixote de la Mancha, a segunda obra mais vendida no mundo, a primeira é a Bíblia. Embora pessoalmente nunca tenha chegado às Américas, sua obra-prima chegou. Não só à América, mas a todo o mundo, e traduzida em várias línguas. Eu li sua obra, quando tinha apenas treze anos.

Não tenhamos inveja dos que nos perseguem, nem desanimemos por causa “dos seus caminhos”. Olhemos para a frente e, em nome de Jesus, revertamos as “injustiças” que nos fizeram. Sigamos o conselho do sábio: “Não tenhas inveja do homem violento, nem sigas nenhum dos seus caminhos.”

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