domingo, 7 de novembro de 2010

A absurda tentativa de banir um livro infantil de Monteiro Lobato das escolas.

de:CELSO MASSON, HUMBERTO MAIA JUNIOR E RODRIGO TURRER


O AUTOR
Monteiro Lobato, que criou a mais influente
 obra literária para crianças no Brasil.
 Seus livros foram adotados nas escolas

Como qualquer fábula, as de Monteiro Lobato (1882-1948) apresentam seres encantados, bichos falantes e situações inverossímeis. Foram escritas para despertar na criança o gosto pela leitura e fecundar a imaginação. Desde a década de 1920, as histórias do criador do Sítio do Picapau Amarelo têm sido adotadas nas escolas públicas de todo o país. Agora, o Conselho Nacional de Educação acolheu uma acusação de racismo contra uma dessas fábulas e pode bani-la das salas de aula por, de acordo com essa acusação, não “se coadunar com as políticas públicas para uma educação antirracista”. Ficar sem Monteiro Lobato é evidentemente ruim para as crianças – mas proibi-lo é pior ainda para o Brasil.
Quem levantou a questão foi Antonio Gomes da Costa Neto, servidor da Secretaria de Educação do Distrito Federal e mestrando na Universidade de Brasília (UnB) na área de relações internacionais. Ele fez uma denúncia à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial afirmando que o livro Caçadas de Pedrinho tem passagens que incitam o preconceito contra os negros. O caso foi encaminhado ao Conselho Nacional de Educação (CNE), do Ministério da Educação. Uma das passagens citadas por Costa Neto é a descrição da cena em que Tia Nastácia, personagem negra, sobe numa árvore “que nem uma macaca de carvão”. Outra, quando a boneca Emília, ao advertir sobre a gravidade de uma guerra das onças contra os moradores do Sítio do Picapau Amarelo, diz: “Não vai escapar ninguém – nem Tia Nastácia, que tem carne preta” (leia os trechos abaixo).
Para o ministro da Secretaria de Igualdade Racial, Eloi Ferreira de Araújo, o conteúdo de Lobato deve ser considerado “racista” e “perverso”. Ainda que não leve uma criança a desenvolver comportamentos racistas, diz Araújo, ele fere a autoestima dos negros. “Para nós, que temos orgulho em ter a pele negra e o cabelo crespo, é duro ler que uma negra subiu (numa árvore) que nem uma macaca”, diz. Mesmo assim, Araújo afirma ser contra o veto à obra de Lobato. “Podemos negar 380 anos de escravidão? Não. Por isso, o debate é saudável”, diz. “Ao mesmo tempo que as crianças conhecem a obra, percebem que a sociedade caminha em passos expressivos, combatendo o racismo e a discriminação.”
A impossibilidade de negar a história é um dos motivos que fazem a professora Nelly Novaes Coelho considerar a ideia do veto à obra de Lobato uma “tolice”. Estudiosa de autores dedicados ao público infantojuvenil, ela diz que literatura tem como uma de suas funções explorar a realidade. “A história brasileira tem a escravidão por base. Isso levou a um preconceito muito fundo e não se pode passar a borracha nisso nem colocar dentro de um armário e fechá-lo.”

O Ministério da Educação anunciou que vai pedir ao CNE que reveja o parecer. Reduzir a obra de Monteiro Lobato ao que ela possa conter de racista – e, por isso, proibi-la – é incorrer em vários erros. O primeiro (e mais evidente) é supor que os jovens leitores são desprovidos de qualquer senso crítico e levarão ao pé da letra o que foi escrito, como se o efeito das palavras sobre seu caráter fosse definitivo. “Estão subestimando as crianças”, diz o psicanalista Mario Corso, autor de Fadas no divã. “Se ela se tornar mesmo racista, não será por causa da literatura, mas por causa dos pais ou do ambiente.”
Um segundo erro é rotular uma obra de arte e deixar escapar a complexa relação de seu autor com as ideias de seu tempo. Alguns dos maiores escritores do século XX, como o poeta americano Ezra Pound ou o romancista francês Louis-Ferdinand Céline, foram simpatizantes das ideias mais abjetas a respeito da superioridade racial europeia. Nem por isso suas obras deixam de ter um valor literário inestimável, seja ao inovar na forma, seja ao perscrutar a mente do homem moderno.



Ao contrário do preconceito flagrante em Céline ou Pound, o racismo de Lobato é bastante discutível. Em várias ocasiões, ele valorizou a preciosa contribuição dos negros à cultura brasileira. O conto Negrinha é uma denúncia contra a elite que, nos anos 1920, ainda estava saudosa da escravidão. Sua obra mais polêmica, O presidente negro, um romance normalmente descrito como “eugenista” por descrever um mundo em que uma raça supera a outra, também oferece leituras alternativas. “Ele pode ser lido como uma grande metáfora das consequências da desculturação de um grupo étnico”, escreveu Marisa Lajolo, professora do Departamento de Teoria Literária da Unicamp. “Narra o desenlace do conflito racial nos Estados Unidos, que acaba tendo uma solução tão final quanto o foi a solução nazista para a questão judaica: a aniquilação dos negros, por meio de sua esterilização em massa.” Como revela a análise de Lajolo, as obras de arte não existem isoladamente. Cabe aos leitores interpretá-las de modo crítico e atribuir-lhes sentido.
Por isso, o maior erro da campanha contra o livro de Lobato é importar para a realidade brasileira a visão tosca e simplista dos defensores do “politicamente correto” nos Estados Unidos. Lá, o alvo predileto tem sido Mark Twain, pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens, autor de obras-primas como Tom Sawyer e As aventuras de Huckleberry Finn. Este último é um retrato vívido – e nem sempre lisonjeiro – da cultura do sul dos Estados Unidos pré-Guerra Civil. Huck Finn, como é conhecido, foi escrito no começo dos anos 1880 e publicado em 1884. Narra as peripécias do garoto Huck, viajando pelo Rio Mississippi e pelos Estados do sul. A obra deu nova voz à literatura americana: o narrador personifica o espírito criativo, aventureiro, independente e humanista, mesmo diante da crueldade da escravidão. Pela primeira vez, o autor usou linguagem coloquial na literatura americana, com gírias e palavras específicas das comunidades ao longo do Mississippi.
Essa obra-prima alimenta uma controvérsia há duas décadas. Um grupo de acadêmicos e pedagogos acusa o livro de racismo. Para eles, o herói, Huck, humilha com frequência o escravo Jim, um personagem caricato, a quem Huck se refere usando a palavra “nigger” (um termo em inglês considerado uma forma racista e criminosa de se referir aos negros, intolerável para os ouvidos de qualquer americano contemporâneo). “Twain foi incapaz de pairar acima dos estereótipos de negros que os leitores brancos de sua era esperavam e apreciavam”, diz Stephen Railton, professor de literatura da Universidade de Virgínia. “Ele recorreu à comédia e ao chiste para fornecer humor à custa de Jim, o que confirmou, em vez de desafiar, o racismo típico do final do século XIX.”
Outros estudiosos da obra de Twain pensam o contrário: o livro oferece um olhar arrasador sobre as atitudes arraigadas da sociedade americana, particularmente sobre o racismo. É uma crítica às convenções sociais e à escravidão sob o manto de singelo livro infantil. “Huck Finn é um ataque contra o racismo justamente por humanizar o personagem de Jim, um escravo, e com isso expor as falácias dos racistas e da escravidão”, diz Shelley Fisher Fishkin, professora da Universidade Stanford e da Universidade do Texas. “O termo nigger nem sequer era usado de forma pejorativa na Inglaterra vitoriana e tampouco nos Estados Unidos até os anos 1940.” Os jovens estudantes, porém, ficaram fora do debate. Segundo a Associação de Bibliotecas Americanas, entre 1990 e 1999, Huck Finn foi o clássico que mais escolas pediram para retirar da bibliografia básica.



No Brasil, Lobato é atacado desde a década de 1940, quando seus livros eram classificados como propaganda comunista. “Diziam que, com o sítio, ele queria criar o Estado Stalinista”, diz Ilan Brenman, pesquisador da obra de Monteiro Lobato. Segundo ele, Lobato foi acusado até de deformar o caráter das crianças. Condenado a seis meses de prisão durante a ditadura de Getúlio Vargas, Lobato foi perseguido pelo então procurador da Província de São Paulo, Clóvis Cruel de Morais, que pediu ao Estado que apreendesse todos os exemplares da obra Peter Pan. “Alegou-se que a texto incutia um sentimento de inferioridade nas crianças brasileiras porque falava bem da Inglaterra”, diz Brenman. Emília era vista como uma ameaça à família brasileira, por subverter a hierarquia numa sociedade patriarcal, em que um menor jamais podia contestar os adultos. A desaforada Emília era a imagem da rebeldia. “Se não tomarmos cuidado, Emília corre o risco de se tornar uma Barbie bem-comportada, de aparência impecável, ou, simplesmente, de ser calada para sempre”, diz Brenman.

ATACADO
Mark Twain, um dos maiores autores da literatura dos EUA,
 foi banido das escolas por quem não compreendeu sua obra.
No parecer apresentado ao Conselho Nacional da Educação, pela Secretaria da Educação do Distrito Federal, como justificativa para o veto a Caçadas de Pedrinho, a professora Nilma Lino Gomes, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirma que a obra faz “menção revestida de estereotipia ao negro e ao universo africano, que se repete em vários trechos”. Nilma diz que não teve como objetivo vetar a obra de Monteiro Lobato. “Reconhecemos a importância de um clássico e da obra em questão. Não queremos impor nenhum tipo de patrulha, mas precisamos ser coerentes com os avanços da nossa legislação no tocante às relações raciais e à educação”, afirma.
Para Marcia Camargos, coautora da biografia ilustrada Monteiro Lobato – Furacão na Botocúndia, o livro Caçadas de Pedrinho serve justamente como oportunidade para as crianças terem acesso a esse debate. “Entender aquele contexto social é uma forma de evitar erros no presente e no futuro”, diz ela. “Monteiro Lobato acreditava que a criança é um ser autônomo, com capacidade de discernir, e procurava estimular o senso crítico.”
De acordo com Mauro Palermo, diretor da Globo Livros, a editora que publica a obra de Lobato, ele sempre instigou a reflexão em seus textos. “Isso vale tanto para sua obra infantil quanto para a adulta”, diz Palermo. “Em vez de proibir qualquer uma de suas obras, parece-me melhor estimular uma leitura crítica por parte das crianças, aproveitando a oportunidade para mostrar como nascem e se constroem preconceitos. Se queremos contribuir para a formação de cidadãos críticos, não devemos fugir de questões polêmicas. Devemos enfrentá-las.” Num de seus aforismos mais citados, Lobato afirma que “um país se faz com homens e livros”. Durante toda a vida, escreveu livros para formar homens. Certamente, não se reconheceria em um país que pretende formar seus futuros cidadãos vetando o acesso a livros.


 
Todo conteúdo transcrito da revista época.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Perda dos limites.

Georges Bataille (Puy-de-Dôme10 de Setembro de 1897 - 8 de Julho de 1962) foi um escritor francês, cuja obra se enquadra tanto no domínio da Literatura como no campo da AntropologiaFilosofiaSociologia e História da Arte. O erotismo, a transgressão e o sagrado são temas abordados em seus escritos. Para Bataille erotismo não é apenas o conjunto de expressões culturais e artísticas humanas referentes ao sexo, é também a perda dos limites, nem que seja por um breve instante.

Vivemos cercados de leis e regras de comportamento, leis de transito, ortográficas e muitas mais. Elas são fundamentais, sem elas a sociedade se tornaria um caos, uma bagunça. Elas nos ajudam a organizar a sociedade e controlam nossos instintos, além de por ordem na nossa cabeça. Sem essa ordem não teríamos desenvolvidos cultura, pensamento e linguagem. Mas Deus não criou robôs, a vida não é só obedecer a leis.Temos criatividade, livre arbítrio. Temos a capacidade de controlar nossos desejos. Há momentos de libertar esses impulsos, sair do prumo,  sair da rotina, afinal somos humanos! Uma partida de futebol, o grito de gol, nos dá essa sensação de perda de limites, de quebrar as regras, à essa sensação Bataille dá o nome de erotismo. Erotismo não é só um orgasmo é também essa sensação de quebra das regras, temporariamente, sem ofender nossas regras dentro do legal, mas libertando nosso erotismo.

"Bibliothéque en Feu", 1974, óleo sobre tela 158 x 178 cm 
Lei e erotismo são duas faces da mesma moeda, dois elementos fundamentais da condição humana. Um não vive sem o outro. Assim como não podemos viver sem lei, não podemos viver sem erotismo. Para entender essa relação, pense num parque de diversões: a montanha russa é a lei, o chão é a morte e a queda é erotismo. Certamente que precisamos de segurança para descer a rampa,mas se tiver medo e não for, vai se frustrar, talvez pelo resto da vida.

Por isso meu amigo jogue uma partida de futebol ou de boliche, dance um tango, saia com a família, divirta-se, brinque num parque de diversões, cante uma canção num tom bem alto, beije na boca, abrace forte, vá à praia e pegue um jacaré, xingue o juiz... Extravase seu erotismo, saia do normal, perca os limites,senão você pira! Muitos não entendem essa demanda e metem "o pé na jaca", se afastando do convívio social por força da lei, mas isso é assunto pra outro post, as páginas policiais dos jornais e a obra de Nelson Rodrigues explicam. Deixo também para os psicólogos. Ah! O quadro acima, na minha interpretação, é uma batalha e pra você é o quê? Comente, se solte!! Escrever também é extravasar o erotismo.


Referencias: Wikipédia, Viviane Mosé.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

'Sou Ari Pargendler, presidente do STJ. Você está demitido'

Do: Blog NoBlat
       Marmita Filosófica






A frase acima revela parte da humilhação vivida por um estagiário do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após um momento de fúria do presidente da Corte, Ari Pargendler (na foto).

O episódio foi registrado na 5a delegacia da Polícia Civil do Distrito Federal às 21h05 de ontem, quinta-feira (20). O boletim de ocorrência (BO) que tem como motivo “injúria real”, recebeu o número 5019/10. Ele é assinado pelo delegado Laércio Rossetto.
O blog procurou o presidente do STJ, mas foi informado pela assessoria do Tribunal que ele estava no Rio Grande do Sul e que não seria possível entrevistá-lo por telefone.
O autor do BO e alvo da demissão: Marco Paulo dos Santos, 24 anos, até então estagiário do curso de administração na Coordenadoria de Pagamento do STJ.
O motivo da demissão?
Marco estava imediatamente atrás do presidente do Tribunal no momento em que o ministro usava um caixa rápido, localizado no interior da Corte.
A explosão do presidente do STJ ocorreu na tarde da última terça-feira (19) quando fazia uma transação em uma das máquinas do Banco do Brasil.
No mesmo momento, Marco se encaminhou a outro caixa - próximo de Pargendler - para depositar um cheque de uma colega de trabalho.
Ao ver uma mensagem de erro na tela da máquina, o estagiário foi informado por um funcionário da agência, que o único caixa disponível para depósito era exatamente o que o ministro estava usando.
Segundo Marco, ele deslocou-se até a linha marcada no chão, atrás do ministro, local indicado para o próximo cliente.
Incomodado com a proximidade de Marco, Pargendler teria disparado: “Você quer sair daqui porque estou fazendo uma transação pessoal."
Marco: “Mas estou atrás da linha de espera”.
O ministro: “Sai daqui. Vai fazer o que você tem quer fazer em outro lugar”.
Marco tentou explicar ao ministro que o único caixa para depósito disponível era aquele e que por isso aguardaria no local.
Diante da resposta, Pargendler perdeu a calma e disse: “Sou Ari Pargendler, presidente do STJ, e você está demitido, está fora daqui”.
Até o anúncio do ministro, Marco diz que não sabia quem ele era.
Fabiane Cadete, estudante do nono semestre de Direito do Instituto de Educação Superior de Brasília, uma das testemunhas citadas no boletim de ocorrência, confirmou ao blog o que Marco disse ter ouvido do ministro. 
“Ele [Ari Pargendler] ficou olhando para o lado e para o outro e começou a gritar com o rapaz.  Avançou sobre ele e puxou várias vezes o crachá que ele carregava no pescoço. E disse: "Você já era! Você já era! Você já era!”, conta Fabiane.
“Fiquei horrorizada. Foi uma violência gratuita”, acrescentou.
Segundo Fabiane, no momento em que o ministro partiu para cima de Marco disposto a arrancar seu crachá, ele não reagiu. “O menino ficou parado, não teve reação nenhuma”.
De acordo com colegas de trabalho de Marco, apenas uma hora depois do episódio, a carta de dispensa estava em cima da mesa do chefe do setor onde ele trabalhava.
Demitido, Marco ainda foi informado por funcionários da Seção de Movimentação de Pessoas do Tribunal, responsável pela contratação de estagiários, para ficar tranqüilo porque “nada constaria a respeito do ocorrido nos registros funcionais”.
O delegado Laercio Rossetto disse ao blog que o caso será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) porque a Polícia Civil não tem “competência legal” para investigar ocorrências que envolvam ministros sujeitos a foro privilegiado."
Pargendler é presidente do STJ desde o último dia três de agosto. Tem 63 anos, é gaúcho de Passo Fundo e integra o tribunal desde 1995. Foi também ministro do Tribunal Superior Eleitoral. 
Marco Paulo dos Santos
Alvo de momento de fúria do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ari Pargendler, o estudante Marco Paulo dos Santos, 24 anos, nasceu na Grécia, filho de mãe brasileira e pai africano (Cabo Verde).
Aos dois anos de idade, após a separação dos pais, Marco veio para o Brasil com a mãe e o irmão mais velho. Antes de começar a estagiar no Tribunal fazia bicos dando aulas de violão.
Segundo ele, a oportunidade de estagiar no Tribunal surgiu no início deste ano. O estágio foi seu primeiro emprego.
“Não sei bem se foi em fevereiro ou março. Mas passei entre os 10 primeiros colocados e fui convocado para a entrevista final. O meu ex-chefe foi quem me entrevistou”, relembra.
Marco passou a receber uma bolsa mensal de R$ 600 e mais auxílio transporte de R$ 8 por dia.
“Trabalhava das 13h às 19h. Tinha função administrativa. Trabalhava com processos, com arquivos, com informações da área de pagamentos”, explica.
No período da manhã, ele freqüenta a Escola de Choro Raphael Rabello, onde aprende violão desde 2008.
À noite, atravessa de ônibus os 32km que separam a cidade de Valparaíso de Goías, onde mora, da faculdade, em Brasília, onde cursa o quinto semestre de Administração.
Sobre sua demissão do STJ, parece atônito: “Ainda estou meio sem saber o que fazer. Tudo aconteceu muito rápido. Mas já tinha planos de montar uma escola de música na minha região onde moro"



Nota: Reflexos de um mundo sem ordem, onde seres repletos de vaidades, orgulho e preconceito perpetuam-se em posições acima do bem e do mal e brincam de deuses. Uma nação sem justiça tem sua ordem sempre comprometida e torna-se dona de uma violência incorrigível. Como homens embriagados de arrogância ocupam cargos da maior importância num Estado sem um órgão de admoestação? Deus! Cuide de nós!!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Um cristão e os governantes.


Como cristão devo obedecer aos governantes e me sujeitar a sua autoridade, isso fica muito claro, bastar ler na lei de Deus, Rom.13:1 e 1ª.Pedro 2:17 e mais, 1ª a carta a Timóteo 2:1,2 nos ensina que devemos orar por eles. Mesmo sendo um crítico do governo Lula entendo que sua autoridade é constituída por Deus, o mesmo acontecendo com sua sucessora, a sra. Dilma Rousseff. Seria incoerente crer na soberania de Deus e ridicularizar uma autoridade instituída por ele. Isso mina os alicerces da autoridade em nosso país. Nossos filhos imitarão nosso procedimento. E onde isso vai parar? Mesmo discordando dessas autoridades, devemos respeito a elas. 

Quer dizer agora que me calarei diante de erros cometidos por nossos governantes?É lícito ao cristão criticar seus governantes? Há incoerência entre respeitá-los e critica-los? De maneira alguma. Quando governantes agem por conta própria, ou em causa própria, temos o direito e o dever de criticá-los. Lembremos que eles são nossos representantes, e não de seus próprios interesses. A Bíblia está repleta de exemplos de servos de Deus que não aceitaram atitudes de seus governantes e se opuseram a eles (Dan. 3.1-18; 6.6-10; Atos 4.18-21). Como devemos fazer nossas críticas aos governantes? Primeiramente, devemos nos lembrar que a crítica deve ser construtiva, justa e relevante, que vise o bem comum. Podemos expressar nossa reclamação ao nosso representante através de cartas, fax, telegrama, e-mails, audiência pessoal, entre outros modos.
Que Deus possa orientar e inspirar nossa futuro presidente a exercer sua função de forma altruísta, pensando nos menos afortunados de forma a promover a igualdade e a fraternidade, mudando o que for preciso, sendo justo, jamais agindo em causa própria.

sábado, 30 de outubro de 2010

Porque não sair do poder, porque não perder a mamata.

Em quase todo governo é assim, mas esse em especial é muito claro, é flagrante!E pensar que era tudo que o PT condenava quando era oposição. Agora na situação faz pior que qualquer governo se atreveu fazer.
Por que Lula treme de forma desesperada, para que Dilma ganhe as eleições?
Se Dilma perder, Lula está frito! Virão à baila assuntos extremamente difíceis de serem explicados. Vejam algumas figuras desse governo os que ficariam sem seus cargos. Vejam que grande cabide de empregos! O negócio é tão violento que fará o PT desaparecer, mudar de nome e endereço, como tem mudado algumas de suas figuras mais estranhas...

No Brasil, uma nova maneira de governar foi criada. Em Brasília, há passe livre para os egressos dos movimentos sindicais, principalmente se forem ligados ao PT. Para essas pessoas parece que as portas são mais largas e os caminhos menos sinuosos. Criou-se na capital federal a casta dos integrantes da República sindical brasileira.  "Nunca antes, na história desse País, tantos ex-dirigentes sindicais ocuparam postos chaves no destino da nação brasileira. 

É sobre essas pessoas, o que faziam e o que estão fazendo 
agora, que nós iremos falar.



Jair Meneguelli.

Torneiro mecânico e ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Alguém lembra dele? Pois bem, ele sumiu. Fomos procurá-lo. Sabe onde o encontramos? Hoje ele se encontra em Brasília. é Presidente do Conselho Nacional do Sesi e comanda um orçamento de R$34.000.000,00. Salário atual: R$ 25.000,00. Salário anterior (no tempo de sindicalista) R$ 1.671,61. 





Heiguiberto Navarro 

Ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Encontramos também. Sabe onde? Em Brasília. Sabe o que ele faz hoje? É assessor do Secretário Nacional de Estudos e Políticas da Presidência da República. Gostaram do nome?Esse ganha pouco salário atual: R$ 
6.396,00 é ele quem articula os eventos do Presidente Lula, quando ocorrem fora do Palácio do Planalto. Recordando, ele é ferramenteiro e, na época, tinha um salário de R$ 1.671,61.


João Vacari Neto.

Bancárioex-presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Também o encontramos. Adivinhe onde? Brasília? Certa a resposta! O que ele faz atualmente? É membro do Conselho Nacional de Itaipu. Ajuda a decidir sobre a alocação do orçamento de Itaipu, cerca de R$4.500.000.000,00. Salário de R$ 13.000,00. Antes, o seu salário era de R$ 4.909,20. Isto sem contar no desfalque na Bancoop de SP, que deu o cano em centenas de bancários em SP.


Paulo Okamoto 

Fresadorex-tesoureiro da CUT. Está sumido do noticiário, mas nós o encontramos. Sabe onde? Em Brasília? Certa a resposta! O que ele faz hoje? Presidente do SEBRAE. Salário R$ 25.000,00. 
Comanda um orçamento de  R$ 1.800.000.000,00.  Salário anterior, quando era pobre: R$ 1.671,61.


Luis Marinho

Pintor de veículos, ex-presidente da CUT. Lembram dele? Um doce para quem disser onde fomos encontrá-lo. Em Brasília? Certa a resposta! Estou devendo um doce para milhões de pessoas. O que é que ele está fazendo? Virou Ministro da Previdência Social. *Salário R$ 8.363,80. Comanda um orçamento de R$ 191.000.000.000,00. Anteriormente, o seu salário era de R$ 1.620,40.
Observação, Luiz Marinho hoje é Prefeito de São Bernardo do Campo, SEU SALÁRIO É DESCONHECIDO atualmente



Wilson Santarosa

Operador de transferência e estocagem,presidente do Sindicato dos Petroleiros de Campinas. Está no Rio de Janeiro . É gerente de comunicação da Petrobrás e membro do Conselho Deliberativo da Petros.
Salário atual R$ 39.000,00 comanda um  orçamento de R$ 250.000.000,00.. Salário anterior era de R$ 3.950,90.



João Antônio Felício

Professor de Desenho e História da Arte e ex-presidente da CUT. é  outro que está no Rio de Janeiro . Atualmente,é membro do Conselho do BNDES, salário R$ 3.600,00 por reunião(Veja bem: por reunião...) da qual participa, com direito a transporte, hospedagem, mais ajuda de custo. É um dos responsáveis pela aprovação do orçamento do BNDES de R$ 65.000.000.000,00. Tem sob sua responsabilidade opinar sobre sua destinação e acompanhar a execução. Salário anterior R$ 1.590,00.

Sérgio Rosa 

 Escriturário e ex-presidente da Confederação Nacional dos Bancários.  *Também se encontra em Brasília. É atual presidente do Previ, Fundo de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil. Salário atual de R$ 5.000,00. Comanda um orçamento de cerca de R$ 106.000.000,00. Salário anterior R$ 4.500,00.


José Eduardo Dutra

 Geólogo, ex-presidente do Sindiminas de Sergipe, atual Sindipetro. *Hoje, graças a Deus, se encontra em Brasília, onde é presidente da BR Distribuidora, comum mísero salário de R$ 44.000,00. Comandará, entre2008 e 2012, um orçamento de R$ 2.600.000.000,00. Salário anterior era R$ 10.000,00.


Wagner Pinheiros

 analista de investimentos
 Diretor da Federação dos Bancários de São Paulo. É outro que faz parte da Nova República. É presidente da Petros, Fundo de Pensão dos Funcionários da Petrobrás. Salário atual: apenas de R$ 44.000,00. Comanda um patrimônio de R$ 32.400.000.000,00. Salário anterior: R$ 5.232,29. é bom frisar que o salário anterior era o salário percebido como dirigente sindical.


Como se não bastasse esses que acima foram citados, outros estão lá, levados que foram pela força do voto popular. Vide casos: Vicentinho, professor Luizinho, João Paulo Cunha e outros menos ou mais cotados. Num País onde vivenciamos, a cada instante, a falta de empregos e de oportunidades, mesmo para aqueles que lutaram e conseguiram fazer um curso superior, tivemos oportunidade de ver como para determinadas pessoas, os caminhos são menos íngremes e as oportunidades parecem bater-lhes às portas. O momento é de reflexãoÉ esta a República que nós queremos?

A República que nós queremos a construiremos com o nosso trabalho, com as nossas atitudes e com o nosso voto.

Queremos as oportunidades como um direito de todos e não como um privilégio, como monopólio de apenas uns poucos.


Fonte:http://nejaim399.wordpress.com/2010/09/21/vejam-como-estao-hj-os-amigos-de-lula/

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Flamengo tenta preservar sua história.

Ilustração:Divulgação.
No próximo dia 16 de novembro, logo após seu aniversário, 115 anos. O Flamengo inicia as obras de construção do seu Museu.A exemplo da saga dos 33 mineiros chilenos, que, içados por uma cápsula, resgataram suas histórias de vida e as imortalizaram para o futuro, o Flamengo prepara sua própria cápsula disposto a brincar com o tempo. Uma caixa de aço escovado que será fechada no dia 16, no lançamento da obra, terá destaque no museu, de frente para a Lagoa. A cápsula será recheada com mensagens, jornais e fitas dos principais telejornais da véspera. A cápsula será reaberta apenas em 15 de novembro de 2021, aniversário de dez anos do museu.
- Vai virar peça de museu. Será exposta e também, quando aberta, seu conteúdo poderá ser usado numa nova instalação já que estaremos dez anos na frente - explica Tullio Formicola Filho, diretor de marketing esportivo do grupo Vulcabras/Azaléia, dono da marca Olympikus.
A empresa adiantou R$ 8 milhões de royalties ao Flamengo, valor que será empregado no museu. A obra tem custo previsto de R$ 6,6 milhões.
Dentro da cápsula serão guardados os três uniformes oficiais do Flamengo autografados, mensagem da presidente Patrícia Amorim, de ilustres torcedores, de fãs (enviadas pela internet), cartas dos curadores do museu, vídeo com depoimentos de jogadores da base (opinando sobre talentos do futuro), jornais do Rio (com notícias do dia 15), fita com os telejornais das principais emissoras...




Fred Huber / Reprodução
O primeiro andar do museu irá retratar a história e cronologia do clube. No pavimento superior, terão alegorias e simbologias. A visitação começará pela Linha do Tempo, cuja história do clube é comparada à história do Rio e da cultura brasileira. O aquecimento para o jogo, preleção e as orações coletivas serão mostradas na primeira instalação. O Maracanã terá réplica estilizada, onde o visitante verá projeções em suas paredes. Os troféus, uniformes de várias modalidades, relicários e objetos com o uso da marca Flamengo ficarão no andar superior. Cabines com músicas rubro-negras e jogos como totó e futebol de botão serão interativos.
- Não conseguiremos usar todos os troféus que o clube tem, são mais de 6 mil! - conta a arquiteta Eloise Amado.
Entre as relíquias - um acervo maior que a do Museu do Futebol -, há o primeiro uniforme de remo, já desbotado (de José Agostinho Pereira da Cunha, um dos fundadores do clube), a camisa de Nunes da final do Mundial de 1981, a bola do jogo e uma capa de um disco com a foto de Zico.

Museu do Flamengo



Fonte:Carol Knoploch/OGlobo

Uma Fé Extraordinária - John Harper

                                                              John Harper, a esposa e filha - Google Fotos. No livro “The Titanic's Last...