sábado, 23 de março de 2013

98 erros bem comuns da língua portuguesa.

Erros gramaticais e ortográficos devem, por princípio, ser evitados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior frequência, merecem atenção redobrada. Veja os noventa e oito (antes eram cem) mais comuns do idioma e use esta relação como um roteiro para fugir deles.


(fonte: Equipe Grau 10)


1. “Mal cheiro”, “mau-humorado”. Mal opõe-se a bem e mau, a bom. Assim: mau cheiro (bom cheiro), mal-humorado (bem-humorado). Igualmente: mau humor, mal-intencionado, mau jeito, mal-estar.

2. “Fazem” cinco anos. Fazer, quando exprime tempo, é impessoal: Faz cinco anos. / Fazia dois séculos. / Fez 15 dias.

3. “Houveram” muitos acidentes. Haver, como existir, também é invariável: Houve muitos acidentes. / Havia muitas pessoas. / Deve haver muitos casos iguais.

4. “Existe” muitas esperanças. Existir, bastar, faltar, restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. / Bastariam dois dias. / Faltavam poucas peças. / Restaram alguns objetos. / Sobravam idéias.

5. Para “mim” fazer. Mim não faz, porque não pode ser sujeito. Assim: Para eu fazer, para eu dizer, para eu trazer.

6. Entre “eu” e você. Depois de preposição, usa-se mim ou ti: Entre mim e você. / Entre eles e ti.

7. “Há” dez anos “atrás”. Há e atrás indicam passado na frase. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.

8. “Entrar dentro”. O certo: entrar em. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora, elo de ligação, monopólio exclusivo, já não há mais, ganhar grátis, viúva do falecido.

9. “Venda à prazo”. Não existe crase antes de palavra masculina, a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. Nos demais casos: A salvo, a bordo, a pé, a esmo, a cavalo, a caráter.

10. “Porque” você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão, use por que separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. / Explique por que razão você se atrasou. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado.

11. Vai assistir “o” jogo hoje. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo, à missa, à sessão. Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à população. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. / Aspirava ao cargo de diretor. / Pagou ao amigo. / Respondeu à carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos estudantes.

12. Preferia ir “do que” ficar. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória.

13. O resultado do jogo, não o abateu. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. Assim: O resultado do jogo não o abateu. Outro erro: O prefeito prometeu, novas denúncias. Não existe o sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu novas denúncias.

14. Não há regra sem “excessão”. O certo é exceção. Veja outras grafias erradas e, entre parênteses, a forma correta: “paralizar” (paralisar), “beneficiente” (beneficente), “xuxu” (chuchu), “previlégio” (privilégio), “vultuoso” (vultoso), “cincoenta” (cinqüenta), “zuar” (zoar), “frustado” (frustrado), “calcáreo” (calcário), “advinhar” (adivinhar), “benvindo” (bem-vindo), “ascenção” (ascensão), “pixar” (pichar), “impecilho” (empecilho), “envólucro” (invólucro).

15. Quebrou “o” óculos. Concordância no plural: os óculos, meus óculos. Da mesma forma: Meus parabéns, meus pêsames, seus ciúmes, nossas férias, felizes núpcias.

16. Comprei “ele” para você. Eu, tu, ele, nós, vós e eles não podem ser objeto direto. Assim: Comprei-o para você. Também: Deixe-os sair, mandou-nos entrar, viu-a, mandou-me.

17. Nunca “lhe” vi. Lhe substitui a ele, a eles, a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi. / Não o convidei. / A mulher o deixou. / Ela o ama.

18. “Aluga-se” casas. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. / Fazem-se consertos. / É assim que se evitam acidentes. / Compram-se terrenos. / Procuram-se empregados.

19. “Tratam-se” de. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. / Precisa-se de empregados. / Apela-se para todos. / Conta-se com os amigos.

20. Chegou “em” São Paulo. Verbos de movimento exigem a, e não em: Chegou a São Paulo. / Vai amanhã ao cinema. / Levou os filhos ao circo.

21. Atraso implicará “em” punição. Implicar é direto no sentido de acarretar, pressupor: Atraso implicará punição. / Promoção implica responsabilidade.

22. Vive “às custas” do pai. O certo: Vive à custa do pai. Use também em via de, e não “em vias de”: Espécie em via de extinção. / Trabalho em via de conclusão.

23. Todos somos “cidadões”. O plural de cidadão é cidadãos. Veja outros: caracteres (de caráter), juniores, seniores, escrivães, tabeliães, gângsteres.

24. O ingresso é “gratuíto”. A pronúncia correta é gratúito, assim como circúito, intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica). Da mesma forma: flúido, condôr, recórde, aváro, ibéro, pólipo.

25. A última “seção” de cinema. Seção significa divisão, repartição, e sessão equivale a tempo de uma reunião, função: Seção Eleitoral, Seção de Esportes, seção de brinquedos; sessão de cinema, sessão de pancadas, sessão do Congresso.

26. Vendeu “uma” grama de ouro. Grama, peso, é palavra masculina: um grama de ouro, vitamina C de dois gramas. Femininas, por exemplo, são a agravante, a atenuante, a alface, a cal, etc.

27. “Porisso”. Duas palavras, por isso, como de repente e a partir de.

28. Não viu “qualquer” risco. É nenhum, e não “qualquer”, que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. / Nunca promoveu nenhuma confusão.

29. A feira “inicia” amanhã. Alguma coisa se inicia, se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã.

30. Soube que os homens “feriram-se”. O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. / A festa que se realizou… O mesmo ocorre com as negativas, as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. / Nenhum dos presentes se pronunciou. / Quando se falava no assunto… / Como as pessoas lhe haviam dito… / Aqui se faz, aqui se paga. / Depois o procuro.

31. O peixe tem muito “espinho”. Peixe tem espinha. Veja outras confusões desse tipo: O “fuzil” (fusível) queimou. / Casa “germinada” (geminada), “ciclo” (círculo) vicioso, “cabeçário” (cabeçalho).

32. Não sabiam “aonde” ele estava. O certo: Não sabiam onde ele estava. Aonde se usa com verbos de movimento, apenas: Não sei aonde ele quer chegar. / Aonde vamos?

33. “Obrigado”, disse a moça. Obrigado concorda com a pessoa: “Obrigada”, disse a moça. / Obrigado pela atenção. / Muito obrigados por tudo.

34. O governo “interviu”. Intervir conjuga-se como vir. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha, intervim, interviemos, intervieram. Outros verbos derivados: entretinha, mantivesse, reteve, pressupusesse, predisse, conviesse, perfizera, entrevimos, condisser, etc.

35. Ela era “meia” louca. Meio, advérbio, não varia: meio louca, meio esperta, meio amiga.

36. “Fica” você comigo. Fica é imperativo do pronome tu. Para a 3.ª pessoa, o certo é fique: Fique você comigo. / Venha pra Caixa você também. / Chegue aqui.

37. A questão não tem nada “haver” com você. A questão, na verdade, não tem nada a ver ou nada que ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você.

38. A corrida custa 5 “real”. A moeda tem plural, e regular: A corrida custa 5 reais.

39. Vou “emprestar” dele. Emprestar é ceder, e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas.

40. Foi “taxado” de ladrão. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. / Foi tachado de leviano.

41. Ele foi um dos que “chegou” antes. Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes, ele foi um). / Era um dos que sempre vibravam com a vitória.

42. “Cerca de 18″ pessoas o saudaram. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram.

43. Ministro nega que “é” negligente. Negar que introduz subjuntivo, assim como embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. / O jogador negou que tivesse cometido a falta. / Ele talvez o convide para a festa. / Embora tente negar, vai deixar a empresa.

44. Tinha “chego” atrasado. “Chego” não existe. O certo: Tinha chegado atrasado.

45. Tons “pastéis” predominam. Nome de cor, quando expresso por substantivo, não varia: Tons pastel, blusas rosa, gravatas cinza, camisas creme. No caso de adjetivo, o plural é o normal: Ternos azuis, canetas pretas, fitas amarelas.

46. Lute pelo “meio-ambiente”. Meio ambiente não tem hífen, nem hora extra, ponto de vista, mala direta, pronta entrega, etc. O sinal aparece, porém, em mão-de-obra, matéria-prima, infra-estrutura, primeira-dama, vale-refeição, meio-de-campo, etc.

47. Queria namorar “com” o colega. O com não existe: Queria namorar o colega.

48. O processo deu entrada “junto ao” STF. Processo dá entrada no STF. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não “junto ao”) Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não “junto aos”) leitores. / Era grande a sua dívida com o (e não “junto ao”) banco. / A reclamação foi apresentada ao (e não “junto ao”) Procon.

49. As pessoas “esperavam-o”. Quando o verbo termina em m, ão ou õe, os pronomes o, a, os e as tomam a forma no, na, nos e nas: As pessoas esperavam-no. / Dão-nos, convidam-na, põe-nos, impõem-nos.

50. Vocês “fariam-lhe” um favor? Não se usa pronome átono (me, te, se, lhe, nos, vos, lhes) depois de futuro do presente, futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca “imporá-se”). / Os amigos nos darão (e não “darão-nos”) um presente. / Tendo-me formado (e nunca tendo “formado-me”).

51. Chegou “a” duas horas e partirá daqui “há” cinco minutos. Há indica passado e equivale a faz, enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias.

52. Blusa “em” seda. Usa-se de, e não em, para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda, casa de alvenaria, medalha de prata, estátua de madeira.

53. A artista “deu à luz a” gêmeos. A expressão é dar à luz, apenas: A artista deu à luz quíntuplos. Também é errado dizer: Deu “a luz a” gêmeos.

54. Estávamos “em” quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. / Éramos seis. / Ficamos cinco na sala.

55. Sentou “na” mesa para comer. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. / Sentou ao piano, à máquina, ao computador.

56. Ficou contente “por causa que” ninguém se feriu. Embora popular, a locução não existe. Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu.

57. O time empatou “em” 2 a 2. A preposição é por: O time empatou por 2 a 2. Repare que ele ganha por e perde por. Da mesma forma: empate por.

58. À medida “em” que a epidemia se espalhava… O certo é: À medida que a epidemia se espalhava… Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis, na medida em que elas existem.

59. Não queria que “receiassem” a sua companhia. O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. Da mesma forma: passeemos, enfearam, ceaste, receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem, passeias, enfeiam).

60. Eles “tem” razão. No plural, têm é assim, com acento. Tem é a forma do singular. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem, eles têm; ele vem, eles vêm; ele põe, eles põem.

61. A moça estava ali “há” muito tempo. Haver concorda com estava. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. (O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo.)

62. Não “se o” diz. É errado juntar o se com os pronomes o, a, os e as. Assim, nunca use: Fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.

63. Acordos “políticos-partidários”. Nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acordos político-partidários. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas, medidas econômico-financeiras, partidos social-democratas.

64. Fique “tranquilo”. O u pronunciável depois de q e g e antes de e e i exige trema: Tranqüilo, conseqüência, lingüiça, agüentar, Birigüi.

65. Andou por “todo” país. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem o, todo quer dizer cada, qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.

66. “Todos” amigos o elogiavam. No plural, todos exige os: Todos os amigos o elogiavam. / Era difícil apontar todas as contradições do texto.

67. Favoreceu “ao” time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Favoreceu o time da casa. / A decisão favoreceu os jogadores.

68. Ela “mesmo” arrumou a sala. Mesmo, quanto equivale a próprio, é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. / As vítimas mesmas recorreram à polícia.

69. Chamei-o e “o mesmo” não atendeu. Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não “dos mesmos”).

70. Vou sair “essa” noite. É este que desiga o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite, esta semana (a semana em que se está), este dia, este jornal (o jornal que estou lendo), este século (o século 20).

71. A temperatura chegou a 0 “graus”. Zero indica singular sempre: Zero grau, zero-quilômetro, zero hora.

72. A promoção veio “de encontro aos” seus desejos. Ao encontro de é que expressa uma situação favorável: A promoção veio ao encontro dos seus desejos. De encontro a significa condição contrária: A queda do nível dos salários foi de encontro às (foi contra) expectativas da categoria.

73. Comeu frango “ao invés de” peixe. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar, saiu.

74. Se eu “ver” você por aí… O certo é: Se eu vir, revir, previr. Da mesma forma: Se eu vier (de vir), convier; se eu tiver (de ter), mantiver; se ele puser (de pôr), impuser; se ele fizer (de fazer), desfizer; se nós dissermos (de dizer), predissermos.

75. Ele “intermedia” a negociação. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a negociação. Remediar, ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam, que eles anseiem, incendeio.

76. Ninguém se “adequa”. Não existem as formas “adequa”, “adeqüe”, etc., mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o: adequaram, adequou, adequasse, etc.

77. Evite que a bomba “expluda”. Explodir só tem as pessoas em que depois do d vêm e e i: Explode, explodiram, etc. Portanto, não escreva nem fale “exploda” ou “expluda”, substituindo essas formas por rebente, por exemplo. Precaver-se também não se conjuga em todas as pessoas. Assim, não existem as formas “precavejo”, “precavês”, “precavém”, “precavenho”, “precavenha”, “precaveja”, etc.

78. Governo “reavê” confiança. Equivalente: Governo recupera confiança. Reaver segue haver, mas apenas nos casos em que este tem a letra v: Reavemos, reouve, reaverá, reouvesse. Por isso, não existem “reavejo”, “reavê”, etc.

79. Disse o que “quiz”. Não existe z, mas apenas s, nas pessoas de querer e pôr: Quis, quisesse, quiseram, quiséssemos; pôs, pus, pusesse, puseram, puséssemos.

80. O homem “possue” muitos bens. O certo: O homem possui muitos bens. Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui, atribui, polui. Verbos em uar é que admitem ue: Continue, recue, atue, atenue.

81. A tese “onde”… Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. / Veja o jardim onde as crianças brincam. Nos demais casos, use em que: A tese em que ele defende essa idéia. / O livro em que… / A faixa em que ele canta… / Na entrevista em que…

82. Já “foi comunicado” da decisão. Uma decisão é comunicada, mas ninguém “é comunicado” de alguma coisa. Assim: Já foi informado (cientificado, avisado) da decisão. Outra forma errada: A diretoria “comunicou” os empregados da decisão. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. / A decisão foi comunicada aos empregados.

83. Venha “por” a roupa. Pôr, verbo, tem acento diferencial: Venha pôr a roupa. O mesmo ocorre com pôde (passado): Não pôde vir. Veja outros: fôrma, pêlo e pêlos (cabelo, cabelos), pára (verbo parar), péla (bola ou verbo pelar), pélo (verbo pelar), pólo e pólos. Perderam o sinal, no entanto: Ele, toda, ovo, selo, almoço, etc.

84. “Inflingiu” o regulamento. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento. Infligir (e não “inflingir”) significa impor: Infligiu séria punição ao réu.

85. A modelo “pousou” o dia todo. Modelo posa (de pose). Quem pousa é ave, avião, viajante, etc. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito).

86. Espero que “viagem” hoje. Viagem, com g, é o substantivo: Minha viagem. A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Evite também “comprimentar” alguém: de cumprimento (saudação), só pode resultar cumprimentar. Comprimento é extensão. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado).

87. O pai “sequer” foi avisado. Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. / Partiu sem sequer nos avisar.

88. Comprou uma TV “a cores”. Veja o correto: Comprou uma TV em cores (não se diz TV “a” preto e branco). Da mesma forma: Transmissão em cores, desenho em cores.

89. “Causou-me” estranheza as palavras. Use o certo: Causaram-me estranheza as palavras. Cuidado, pois é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não “foi iniciado” esta noite as obras).

90. A realidade das pessoas “podem” mudar. Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. Por isso : A realidade das pessoas pode mudar. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não “foram punidas”).

91. O fato passou “desapercebido”. Na verdade, o fato passou despercebido, não foi notado. Desapercebido significa desprevenido.

92. “Haja visto” seu empenho… A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. / Haja vista seus esforços. / Haja vista suas críticas.

93. A moça “que ele gosta”. Como se gosta de, o certo é: A moça de que ele gosta. Igualmente: O dinheiro de que dispõe, o filme a que assistiu (e não que assistiu), a prova de que participou, o amigo a que se referiu, etc.

94. É hora “dele” chegar. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome, nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar. / Apesar de o amigo tê-lo convidado… / Depois de esses fatos terem ocorrido…

95. Vou “consigo”. Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você, com o senhor. Portanto: Vou com você, vou com o senhor. Igualmente: Isto é para o senhor (e não “para si”).

96. Já “é” 8 horas. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. / Já é (e não “são”) 1 hora, já é meio-dia, já é meia-noite.

97. A festa começa às 8 “hrs.”. As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto. Assim: 8 h, 2 km (e não “kms.”), 5 m, 10 kg.

98. “Dado” os índices das pesquisas… A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas… / Dado o resultado… / Dadas as suas ideias…

99. Ficou “sobre” a mira do assaltante. Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Escondeu-se sob a cama. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. / Falou sobre a inflação. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce, calda. Da mesma forma, alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás.

100. “Ao meu ver”. Não existe artigo nessas expressões: A meu ver, a seu ver, a nosso ver.

terça-feira, 19 de março de 2013

A vida: Um dilema químico?

Clifford Goldstein

ESPERANDO GODOT, de Samuel Beckett 

Uma árvore desfolhada, uma estrada rural e dois homens sem-teto lutando pela sobrevivência. É noite e tudo está envolto nas profundezas das sombras dessa parte do planeta. Vladimir e Estragon esperam por uma misteriosa figura, cuja promessa de vir os motiva a continuarem existindo. Ao permanecerem em sua atávica esperança de que Godot chegue, um cortejo de sofrimento humano passa em tropel diante deles. Entediados, não tanto por toda a dor, mas pela inutilidade da vida, eles buscam alternativa fazendo o bem, tal como erguer um cego que havia tropeçado e caído ao chão.

“Vamos, comecemos a trabalhar”, incentiva Vladimir. “Num instante tudo se dissipará e novamente estaremos sozinhos no meio do nada!”

Ao Vladimir estender mão, porém, cai e não consegue erguer-se. A despeito de mais promessas de que Godot virá, eles novamente se inclinam para a morte, desta vez planejando enforcar-se. Contudo, não dispondo de uma corda, Estragon toma o cordel que lhe segura as calças, mas essas desabam sobre seus tornozelos. Testando a força do cordel, eles puxam; esse se rompe e ambos quase caem. Decidem então encontrar uma corda melhor e tentam novamente... mais tarde.

“Amanhã nos enforcaremos?”, pergunta Vladimir? “E se Godot não chegar? E se ele vier?”, indaga Estragon. “Seremos salvos?” Godot, logicamente, nunca chega, o que significa que eles nunca se salvam.

Certamente não se supõem que isso jamais ocorreria, razão por que, desde sua primeira exibição no Theatre de Babylone, em Paris, em 1953, a peça de Samuel Beckett, “Esperando Godot” ¹, se encerra com aquelas duas almas atrofiadas, náufragas numa existência que odeiam mas da qual não conseguem escapar. Nem estão seguros de que devem tentar, por contarem com a promessa de que Godot virá. O fato de que Godot nunca chega pouco importa; o que importa é a promessa de que ele o fará.

A peça de Beckett representa a polêmica anticristã mais cruel desde as ácidas invectivas de Voltaire, no século XVIII. É difícil imaginar qualquer cristão sério que creia na Segunda Vinda, não se sentindo caricaturado, em alguma medida, na patética tentativa de Vladimir e Estragon de equilibrar seus temores e dúvidas a respeito do sofrimento humano, com o conceito de um Deus amorável e todo-poderoso que prometeu vir para acertar todas as coisas, mas nunca aparece.

Todavia, a tragicomédia de Beckett em dois atos não faz pouco caso apenas da promessa, mas da vida sem a promessa, a promessa de algo além da Terra. O que é pior? Uma falsa esperança ou esperança alguma? Conquanto implacável para com a Segunda Vinda, “Esperando Godot” é pior ainda para com a vida desumanamente brutalizada do secularista que existe tão-só para manter-se vivo. Ao ridicularizar a obtusa caricatura do viver alheio a um propósito final, Beckett lança uma indagação que tem dominado o mundo pós-cristão: Como se vive uma existência destituída de significado?

A vida é por demais complicada, muito cheia de armadilhas e ardis inesperados para valer a pena ser vivida. Quando as pessoas não têm qualquer pista quanto ao propósito de sua existência, quando apenas podem esboçar hipóteses nebulosas de suas origens, quando tudo quanto se pode fazer é especular sobre o que advém com a morte, então causa admiração imaginar como os seres humanos ainda assim se dispõem a viver.

O Drama

Como escreveu Francisco José Moreno, “não podemos nem libertar-nos da certeza da morte, nem conseguir entender a vida.”² Quão incrível é que algo tão básico, tão fundamental como a vida, não possa sequer ser justificado e muito menos explicada sua própria existência. Um dia nascemos e por fim nos conscientizamos de nós mesmos, sendo a dor, a fome e o temor muitas vezes nossas primeiras sensações ou auto-percepção. Recebemos algo que nenhum de nós buscou, planejou ou aceitou; não estamos seguros do que seja, do que significa, ou mesmo por que o temos; esse algo é muito real e de ação imediata. Dor, tristeza, perda, temor, permanecem absurdamente inexplicáveis. Não obstante, apegamo-nos à vida mesmo tendo de perdê-la de algum modo. É tudo isso quanto está envolvido na existência humana?

“Esperando Godot” dividiu a realidade em duas esferas. A primeira é a mecaniscista, ateísta e secular. Aqui as verdades existem somente como equações matemáticas; são amorais. A segunda é espiritual. Transcende uma realidade unilateral e proclama que a verdade não se origina na criação, mas no Criador. No primeiro caso, o ser humano é o meio, o fim e tudo quanto há. No segundo, Deus o é. No primeiro caso, a humanidade é o sujeito da verdade, no segundo, o objeto, e um vasto abismo existe entre ambos.

Se a opção mecanicista for verdadeira, então nossa reação a longo prazo não importa de fato; o fim é o mesmo para todos nós, não importa quem sejamos ou o que pensemos, cremos ou fazemos. Se o segundo for verdadeiro, nossas reações têm conseqüências eternas. Se o primeiro caso for verdadeiro, jamais saberemos; no segundo, temos a esperança dos absolutos. Entre esses dois centros de gravidade, estende-se uma negra névoa.

A opção de um meio-termo, um equilíbrio entre ambos ao final da história, não existe (em última instância) e não pode existir (pela lógica). É um ou outro, não ambos. Nenhuma das arquiteturas filosóficas dessas visões é tão condensadamente tecida, tão perfeitamente acondicionada, para que até seus mais fiéis adeptos deixem de tropeçar nas extremidades soltas. Não importa quão firmemente fundida possa estar cada uma delas com suas crenças, ainda são somente crenças subjetivas, encontros com os fenômenos, meras opiniões sempre maculadas pelo que foi tecido nos genes durante a concepção, ou pelo que está borbulhando no ventre naquele instante particular do pensamento. A crença, por fim, não tem qualquer peso sobre a verdade ou a falsidade de seu objeto. Não importa quão fervorosa, ela não pode tornar o falso verdadeiro, nem o verdadeiro falso. O que é falso nunca existiu, mesmo quando apaixonadamente possamos crer que sim; o que é verdadeiro, em contraste, permanece, mesmo após termos há muito deixado de crer nele.

Onde estamos?

Com seus cinco desprezíveis personagens num cenário estéril, Samuel Beckett dramatizou o dilema mais imediato do Ocidente: Deus está morto, assim, aonde isso leva aqueles que foram criados à Sua imagem? Para Beckett, são deixados entre duas duras cadeias: uma, Cristo não veio como prometeu; duas, estamos numa triste condição porque Ele não o fez. Entre essas cruéis realidades, a humanidade está amarrada com uma corda que não oferece escapatória. Como poderia, quando o seu próprio nó é entrelaçado de toda a realidade, quando está feito com as únicas opções possíveis e quando está unido pela lógica irredutível?

“Nada há a fazer?”, resmunga Estragon em vista de nada restar a ser feito. Francamente, nada pode ser feito, não num universo em que nossos inimigos mais inflexíveis e irredutíveis recusam-se à submissão e não fazem prisioneiros, mas bombardeiam e atiram até que cada parede de célula desabe e tudo em seu interior se seque e entre em decadência. A morte é um inimigo impossível de ser caçado e destruído porque é feito daquilo que somos. Num universo materialista e de dimensão única, a vida e a morte são somente diferentes ingredientes da mesma sopa. Os vivos são tão-só uma versão pubescente dos mortos.

O filósofo pré-socrático Protágoras declarou: “Com respeito aos deuses, se eles existem ou não, eu não sei, devido à dificuldade do tópico e a brevidade da vida humana.”³ Desde então, e ao longo dos pressupostos materialísticos da ciência moderna, uma cosmovisão materialística teve uma longa história (em termos de tempo) mas escasso número de adeptos. Somente nos últimos cento e poucos anos, porém, o secularismo erigiu todo o edifício do pensamento ocidental, com os líderes científicos e intelectuais proclamando-o com o fervor dos cruzados. Concebido sobre as ruínas da revolução cromwelliana do século XVII, nascendo dos férteis ideais do Iluminismo, nutrido pela deusa da razão e encorajado involuntariamente pelos chamados cristãos de mente aberta e intelectuais, o secularismo alcançou sua maturidade no século XX. Agora está tão inserido na cultura ocidental, que temos de desviar os olhos de suas órbitas para ver os efeitos que exerceu sobre nossas mentes.

Nunca antes houve movimento tão amplo, institucionalizado e intelectualmente fértil para explicar a criação e todos os seus predicados (a vida, a morte, a moralidade, a lei, o propósito, o amor) sem um Criador.

Afinal de contas, por que preocupar-se com os textos dos mortos quando existe a ciência dos vivos? O que podem Jeremias, Isaías e Paulo dizer possivelmente aos que nasceram sob Newton, Einstein e Heisenberg? O Principia acaso não destronou o Apocalipse? Quem precisa do Senhor andando sobre a face do abismo (Gênesis 1:2), quando Darwin fez o mesmo sobre o H.M.S. Beagle?

Envolta em números herméticos expressos por cientistas e explicados por teorias bem elaboradas, a cosmovisão secular tem atraído uma aura de objetividade, de validação que está (pelo menos na atualidade) além do alcance da fé religiosa. A relatividade especial tem desfrutado de provas que a morte e ressurreição de Cristo não têm.

A despeito do aparente triunfo do racionalismo científico, sua vitória nunca foi ligada a nada, exceto a si próprio e a seus pressupostos dogmáticos. A cobertura, de fato, não é tão perfeita quanto se tem ensinado, e quanto mais tempo envolver o mundo mais puída se torna, até que a realidade venha à tona através das costuras. Certamente, o mundo se manifesta como material através de nossos sentidos; indiscutivelmente, o pensamento racional resolve charadas e ajuda jatos a voar; sem dúvida, a ciência tem dissecado o átomo e construído ônibus espaciais. Contudo, esses fatos não provam que o materialismo, o racionalismo e a ciência abrigam o potencial ou mesmo os instrumentos para explicar toda a realidade, mais do que a física clássica somente explica a conquista da Copa do Mundo pela França em 1998.

As equações definem inadequadamente e com paixão uma realidade rebelde, efusiva com pensamento, dinamicamente criativa. (The meaning of the phrase is not clear to me. Until this moment, I didn’t receive the english originals to compare) Que algoritmo pode explicar a paixão de Hamlet, que fórmula o arrulho de um pombo, que lei prognosticar Um Campo de Trigo Com Vacas, de Van Gogh? São as sinfonias de Beethoven e os textos líricos de Shelley nada mais do que manuscritos sobre os quais eles foram redigidos? Teorias e fórmulas, princípios e leis não fazem as estrelas brilhar, os sabiás voar, ou as mães alimentar os seus rebentos, mais do que inscrever os símbolos E=MC2 sobre uma peça de urânio refinado causa uma explosão atômica.

Esbanjando o essencial

Não obstante a grandiosidade das realizações científicas dos últimos cem anos, algo essencial e intrinsecamente humano foi desperdiçado pelo caminho. Isaac Newton declarou: “Ó Deus! Eu penso os Teus pensamentos após Ti”, e Stephen Hawking, ocupando a mesma cadeira de Newton em Cambridge, declarou: “A raça humana é apenas uma escuma química sobre um planeta de tamanho moderado, girando em torno de uma estrela média, nos arrabaldes de uma dentre centenares de bilhões de galáxias.”4 Entre ambos há toda uma dimensão, incapaz de caber em tubos de ensaio ou conformar-se com fórmulas. O céu, em vez de ser o trono do universo, foi despedaçado e seus fragmentos separados e pulverizados em nada mais do que volúveis mitos espalhados na imaginação humana. E agora, o Deus que outrora reinou nesse céu, em vez disso, desapareceu, duas vezes removido desse trono (criado pelas criaturas que Ele outrora criou).

Assim, o divino tem sido distorcido e destronado a fim de ajustar-se à estrutura que pelos cem anos passados vem estabelecendo os limites de toda realidade. Adicionalmente, aspectos integrais da existência humana têm sido penosamente reduzidos pelo racionalismo científico a contêineres, que não podem estocá-los mais do que uma rede de pesca pode conter piscinas de natação. Ética e amor, ódio e esperança transcendem não apenas a Tabela Periódica de Elementos, mas a todas as outras 112 facetas da realidade que a tabela representa.

A fórmula científica, não importa quão finitamente sintonizada e equilibrada, não pode explicar plenamente o heroísmo, a arte, o temor, a generosidade, o altruísmo, o ódio, a esperança e a paixão. Uma cosmovisão que limite o seu mundo e visão somente ao racionalismo, ao materialismo e ao ateísmo científico, perde de vista tudo quanto está além deles e que é tão parte integrante de nós, do que somos, do que esperamos, daquilo a que aspiramos, de amor e adoração, de vida e morte. A escuma química não pondera sobre mundos superiores, não visualiza a eternidade, não escreve “Os Miseráveis”, nem evoca o sublime. Fórmulas químicas e D+ são parte da vida, logicamente. Mas representam-na toda? Nunca! Pensar que sim é submeter-se ao mínimo denominador possível, é decidir-se pela opção mais barata quando existem outras, inspiradoras de maior esperança, mais ricas e promissoras.

Responsabilidade Moral

De fato, num mundo puramente materialístico, químico e mecânico, como podem os seres humanos ser responsáveis por suas ações? Se somos controlados apenas por leis físicas, somos semelhantes ao vento ou ao processo de combustão. Qualquer sociedade que tenha por base premissas puramente materialistas teria que deixar livres seus assassinos, tarados, ladrões, estupradores e todos os ofensores, porque somos máquinas; e quem pode atribuir culpabilidade moral a um equipamento? Seria o mesmo que levar um rifle AK-47 a julgamento por assassinato.

Nenhuma sociedade, mesmo aquelas comprometidas com o secularismo, permite tal impunidade moral, exceto entre os criminalmente insanos. Assim sendo, o que a sociedade diz, pelo menos implicitamente, é que se o materialismo científico fosse verdadeiro, todos teríamos de ser lunáticos. Toda cultura rejeita o materialismo radical, crendo, em vez disso, que somos seres moralmente responsáveis, não manipulados por forças físicas deterministas além do nosso controle. Somos movidos, obviamente, por algo mais do que aquilo que percebemos imediatamente, mesmo não sabendo do que se trata, mas apenas de que ali está e é real, e sem ele não seríamos vivos, livres ou humanos.

Immanuel Kant argumentava que o mero ato da razão supera a natureza, transcende as emoções, manipula desejos e incentiva instintos. Como poderíamos jamais pensar pensamentos transcendentes se não houvesse algo ao nosso redor, além da natureza, algo mais em relação às nossas mentes do que à carne que pulsa? Não haverá algum princípio declarando que os efeitos não podem ser maiores do que suas causas? “O que a ciência não pode nos dizer”, afirmava o filósofo Bertrand Russell, “a humanidade não pode conhecer.”

Será mesmo? Então não podemos conhecer o amor, o ódio, a misericórdia, a bondade, o mal, a felicidade, a transcendência ou a fé. Por conhecê-los todos, porém, uma cosmovisão como a do materialismo científico, que diz que não podemos, é obviamente inadequada.

A visão incompleta

“Um desconfortável senso de nulidade prevalece”, escreveu o matemático David Berlinski, “e tem prevalecido por tanto tempo, que uma visão puramente física ou material do Universo é algo incompleto; não pode abranger os fatos familiares e inescapáveis da vida ordinária.”5

A ciência e o materialismo não podem sequer justificar-se ou ter sua própria existência, muito menos explicar tudo o mais. O matemático austríaco Kurt Gudel demonstrou que nenhum sistema de pensamento, mesmo científico, pode ser legitimado por qualquer coisa dentro do próprio sistema. Faz-se necessário sair de dentro do sistema e contemplá-lo de uma perspectiva mais ampla e diferente a fim de avaliá-lo. Doutro modo, como pode alguém julgar, quando ele é seu próprio critério empregado para emitir o juízo? Como podem os seres humanos estudar objetivamente o ato de pensar, quando têm somente o ato de pensar para fazê-lo?

Por anos a razão tem reinado como rei epistemológico do Ocidente, o único critério para julgar a verdade. Contudo, quais têm sido os critérios para o julgamento da razão? A própria razão! Mas julgar a razão pela própria razão é como definir uma palavra usando a própria palavra como sua definição. É uma tautologia e as tautologias nada provam. Quão fascinante, pois, é que a própria razão, o fundamento do pensamento, particularmente do pensamento moderno, não pode de fato ser validada mais do que a declaração: “A casa é vermelha porque é vermelha.”

O problema para o cientificismo e o materialismo é: como se pode sair de um sistema para uma estrutura de referência mais ampla, quando o próprio sistema arroga-se abranger toda a realidade?

O que acontece quando atingimos as margens do Universo? O que há além? Se houvesse uma estrutura de referência mais ampla a partir de onde julgá-lo (talvez Deus), então o próprio sistema não seria todo-abrangente, como o materialismo científico muitas vezes alega. “Em suma”, escreveu o cientista Timothy Ferris, “não há e nunca haverá um completo e abrangente relato científico do Universo que possa ser comprovado como válido.” Ciência e materialismo sempre terão de ser admitidos... pela fé? O quê? Os limites inerentes à própria ciência requerem fé? Contudo, não é fé a crença em algo não provado, fora do escopo da ciência, cujo inteiro propósito é provar as coisas empiricamente? Não é o conceito de fé um resquício de uma era distante, mítica, pré-racionalística e pré-científica?

Por basear-se no materialismo, a ciência deixa implícito (ao menos hipoteticamente) que tudo devia ser acessível à experimentação e validação empírica. Idealmente, não devia haver lugar para a fé num universo científico; entretanto, a própria natureza desse universo o requer. Que paradoxo! Dentro da concepção materialística e científica, pois, reina o potencial para algo além dela, algo fora dela, algo que explica por que o amor é mais do que uma função endócrina, por que a ética é mais do que síntese química, e por que a beleza é mais do que proporções matemáticas... algo, talvez, divino?

***

Clifford Goldstein, um autor prolífico, é editor do Guia de Estudo da Lição da Escola Sabatina de adultos, junto à Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Seu endereço para correspondência é: 12501 Old Columbia Pike; Silver Spring, Maryland 20904; U.S.A.

Notas e referências:
1.   Samuel Beckett, Waiting For Godot (New York: Grove Press, 1954).
2.   Francisco Jose Moreno, Between Faith and Reason (New York: Harper Books, 1977), p. 7.
3.   Quoted in From Thales to Plato, edited by T. V. Smith (Chicago: Phoenix Books, 1956), p. 60.
4.   Quoted in David Deutsch, The Fabric of Reality (New York: Penguin Books, 1997), pp. 177, 178.
5.   David Berlinski, The Advent of the Algorithm (New York: Harcourt Books, 2000), pp. 249, 250.
6.   Timothy Ferris, Coming of Age in the Milky Way (New York: Doubleday, 1988), p. 384.

Um "Highlander" entre nós - Tardígrado.


Pensa que já viu de tudo? Conheça o pequeno Tardígrado.Imortal? Quase. Não seria exagero dizer que esse pequeno animal é de outro mundo. Seu nome? Tardígrado, também chamado de urso d’água ou leitões do musgo. 


Essas criaturas são na verdade artrópodes aracnídeos (da classe das aranhas), possuindo oito patas, cada pata possui de quatro a oito pequenas garras e seu corpo varia de 0,05 a 1,25mm. Vivem entre os musgos e liquens, podendo ser fortemente pigmentados, indo do laranja avermelhado ao verde oliva.

Esses animais possuem uma anatomia complexa, são recobertos de quitina e não existe sistema circulatório e nem aparelho respiratório, as trocas gasosas são realizadas de forma aleatória em qualquer parte do corpo. A grande maioria se alimenta sugando o conteúdo celular de bactérias ou de algas. São encontrados em todo o planeta, desde o fundo oceânico ao alto do Himalaia. Das mais de 600 espécies conhecidas, cerca de 300 foram descritas no Ártico e na Antártica, também foram catalogadas 115 espécies na Groenlândia.



Em Setembro de 2007, a Agência Espacial Européia realizou uma pesquisa utilizando os tardígrados, colocando-os em uma cápsula espacial, a Foton-M3, e os enviou ao espaço. Resultado? Os bichinhos não só sobreviveram aos raios cósmicos, radiação ultravioleta e falta de oxigênio, mas ainda foram capazes de reproduzirem num ambiente tão inóspito. Para ter uma noção, no espaço, os raios ultravioletas são cerca de mil vezes mais intensos do que os encontrados na Terra. Ainda é um mistério sem explicação ou teoria para o motivo pelo qual estes animais conseguiram sobreviver por tanto tempo sem oxigênio e sendo bombardeado com altas doses de radiação cósmica.

Longevidade é uma das grandes características; podem viver até os 120 anos, um recorde para um animal com um tamanho tão pequeno. Como se não bastasse possuírem fantástico poder reparador, os Tardígrados simplesmente “desligam” seu metabolismo quando existem condições adversas como extrema seca. Possuem também a inacreditável capacidade de reparar o seu DNA de danos causados por radiação. Achou pouco?

Mais de 75 mil atmosferas é a quantidade de pressão que ele suporta, isso equivale a dezenas de vezes a pressão enfrentada pelos animais dos locais mais profundos do oceano, nas zonas abissais. Suportam também imersões durante alguns minutos em temperaturas de 200 ºC (duas vezes mais quente que a água fervente da sua chaleira). Solventes como o álcool etílico a 96% ou éter não fazem nem cócegas neles.

Se os seres humanos forem expostos a 100 grays de radiação, ocorre à morte devido à falência do sistema nervoso central, o que resulta em perda da coordenação motora, distúrbios respiratórios, convulsões, estado de coma e finalmente a morte que pode ocorrer em cerca de um ou dois dias após a exposição. Já os “imortais” tardígrados suportam nada mais e nada menos que 5700 grays de radiação. Dá para acreditar?



Todo mundo que passou pelo segundo grau, certamente sabe o que é o zero absoluto ou ao menos ouviu falar. É a temperatura na qual não existe movimentação de nenhuma molécula. É uma temperatura teórica porque é extremamente baixa, -273,15ºC, o que equivale ao zero na escala Kelvin e, apesar de os cientistas não terem alcançado esse valor, chegaram muito próximo.

Os tardígrados são realmente especiais. Algumas universidades americanas fizeram pesquisas com tardígrados, congelando-os em uma temperatura super próxima do zero absoluto, cerca de -271 ºC. Os cientistas não ficaram surpresos quando “reanimaram” os animais colocando apenas água e descongelando-os. Não se esperaria que nenhum animal sobrevivesse após terem sido congelados nesta temperatura, mas os tardígrados realmente provaram que são completamente diferente de todo o tipo de vida conhecida no nosso planeta.

Referências:

domingo, 17 de março de 2013

Conhecer a Deus!

"Então disse Deus: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..." (Gênesis 1:26)



"Era uma vez um menino que queria conhecer Deus. Pensava que seria uma longa viagem para chegar onde Deus morava. Encheu a sacola com pãezinhos, pegou sua caixa de brinquedos e saiu. Apenas percorrera três quadras, quando viu um velhinho sentado no parque, observando as pombas. O menino se assentou ao lado e abriu seu embrulho. Estava a ponto de pegar seu brinquedo, quando se lembrou que o velhinho tinha fome e ofereceu-lhe um pãozinho. Agradecido, aceitou e sorriu.. O menino estava encantado! Ambos ficaram sentados longo tempo, comendo e sorrindo, mas não trocaram uma só palavra. Ao escurecer o menino se levantou para ir embora. Deu a volta e deu um abraço no velhinho. Ele retribuiu com um sorriso como nunca antes tinha sorrido. O menino voltou para sua casa todo feliz. Sua mãe, surpreendida pelo semblante irradiante que tinha seu filho, perguntou:
-O que você fez hoje, que voltou tão feliz?
- Hoje comi com Deus. Ele tem o sorriso mais belo que já vi!.

Entrementes, o velhinho, também voltou para sua casa, radiante de felicidade. Seu neto ficou surpreso pela paz que irradiava do seu rosto: -Vovô, o que fez hoje, que a fez tão feliz?.
-Comi pãezinhos no jardim, com Deus. E sabe de uma coisa? Ele é mais jovem do que eu esperava." (do blog:esperança no advento)

***

Já lhe ocorreu conhecer alguém incrível, de uma energia boa, de sorriso largo, revigorante? De palavras suaves, de voz doce e calma, de abraço quente e apertado? Certamente que sim, encontramos pessoas assim quase sempre, nós é que nem sempre conseguimos ver e perceber. Talvez por causa da nossa correria do dia a dia, talvez por causa de nossas aflições e ansiedades, ou talvez porque na maioria das oportunidades estamos olhando pra dentro de nós mesmos, distantes do mundo, fechados em nós mesmos, nos nossos problemas, embriagados em nossos planos, sem tempo pra nada, nem pra ninguém!

Fica então a reflexão. Que valores eu tenho, que valores estou cultivando?O que estou fazendo com a herança que herdei de Deus na minha criação?Pra onde e por onde estou indo?

sábado, 16 de março de 2013

Água demais mata a planta!



Tudo em excesso faz mal, até água!Portanto muito cuidado com essa mania de beber água a todo instante, você pode estar diminuindo a concentração de sal do sangue. Você deve saber que, embora a água seja o melhor diurético natural, ela também pode ter o efeito oposto, se você consome em excesso, diluindo os minerais responsáveis por manter o equilíbrio de eletrólitos. Uma dieta muito rica em sódio (na forma de sal) e excessiva em água (mais de 3 litros) reduz, de forma relativa, o potássio do organismo, com consequente retenção de líquidos.

Estamos mais do que familiarizados com o conselho de beber oito copos de água por dia, pesquisas mais recentes sugerem que, na verdade, não há evidências científicas que sustentam esta recomendação e que a ingestão excessiva de água pode ser realmente perigosa. Além disso, é preciso ter cuidado com a tendência de beber água engarrafada. Como estudos têm sugerido, os produtos químicos de garrafas de plástico podem contaminar a água e prejudicar os níveis hormonais.Já viram, rolando na web, umas dicas de beber água: água ao acordar, água ao dormir, água aqui, água acolá. Muito cuidado, a web está cheia de mentiras.

terça-feira, 12 de março de 2013

10 frutas exóticas e saborosas.

do site M de Mulher.

Elas, além de esbanjarem sabor, são ótimas para saúde, 
ricas em antioxidantes, excelentes para pele, cérebro e sistema imunológico.


Foto: Getty Images
Pitaia

Conhecida como fruta-do-dragão, é nativa da América do Sul. Sua polpa, gelatinosa, protege a mucosa gástrica. Ela também é rica em vitaminas A e C. Mas não deve ser consumida em grande quantidade, pois as sementes - não são removíveis - têm poder laxativo. Adocicada, vai bem como suco e geleia.

Foto: Getty Images
Kino

Por fora, tem aspecto espinhoso. Por dentro, textura que lembra o maracujá tradicional. É rico em vitamina C, importante para o sistema imunológico, mas o ponto alto está relacionado à obesidade: por conter muita fibra, há estudos que indicam o uso para redução de apetite. O sabor é agridoce.

Foto: Getty Images
Cherimoia

Parecida com a fruta-do-conde, tem polpa cremosa e doce e sementes escuras, que não devem ser ingeridas. O sabor lembra uma mistura de banana, abacaxi, mamão, pêssego e morango - o tutti frutti clássico. Essa fruta encontrada em países sul-americanos fornece vitamina A e muitas fibras.

Foto: Getty Images
Granadilho

Fruta típica da América do Sul, equivale a um coquetel do bem: contém vitamina A; fitoquímicos, que agem na redução do colesterol; e uma quantidade significativa de fibras solúveis, importantes no controle do diabetes. Embora tenha pouca polpa, as sementes são comestíveis.


Foto: Getty Images
Abiu
Originária da região amazônica, ela é rica em vitamina A, cálcio e fósforo. A polpa, bem carnuda, tem sabor doce com fundo azedinho. É consumida somente in natura. Vale observar que, entre a casca e a polpa, há um látex que não deve ser ingerido. Do caroço, extrai-se um óleo com anti-inflamatório.



Foto: Getty Images
Longan

De origem asiática, lembra a lichia na aparência e na textura. O sabor, no entanto, é mais parecido com o do melão. O barato dessa fruta é ser rica em ferro e vitamina C, o que a torna eficaz contra a anemia. Como a vitamina C turbina a absorção do ferro pelo organismo, a longan vale por duas! Pode ser apreciada in natura e como suco.


Foto: Getty Images
Tamarillo

Fruta tropical nativa dos Andes, lembra um tomate, o que a faz ser conhecida também como tomate japonês ou tomate de árvore. Com sabor agridoce, pode ser consumida in natura, em sucos, geleias e até em molho chutney para carnes. É rica em vitamina A e contém fitoesteróis, poderosos no controle do colesterol.



Foto: Getty Images
Cambuci

Encontrada principalmente no estado de São Paulo, é pequena, com polpa bem fibrosa e poucas sementes. Como a maioria das frutas ácidas, é rica em vitaminas A e C. Versátil, pode virar sorvete, suco, geleia, doce em calda e também aromatizantes.


Foto: Getty Images
Buriti-miriti

Da sua polpa é possível fazer bebidas e mingau. É rica em vitamina A, cálcio, fósforo e ácidos graxos que combatem o envelhecimento. Fica uma delícia também em forma de sorvete, doce, creme e licor



Foto: Getty Images
Camu-camu

Dentre os frutos pouco conhecidos, o camu-camu é um dos mais poderosos. Típico da Amazônia, ele tem o maior teor de vitamina C do mundo entre as frutas. Já é exportado para o Japão, entre outros países. É considerado um bom tira-gosto e isca para peixe.

Onde encontrar frutas exóticas:
  • São Paulo
Mercadão (Rua Cantareira, 306 - Box: 23/25)
Centro - São Paulo
CEP:01024-000 - SP
Tels.: (11) 3227-0448 / 3228-1508

  • Rio de Janeiro
Mercado CADEG (Rua Capitão Félix, 110 - Rio de Janeiro , RJ )

Benfica - Rio de janeiro -
Tel:21 38900202


  Interessado em cultivar? Dica na web para adquiri mudas:http://lista.mercadolivre.com.br/industria-agricola-materia-prima/frutas-exoticas

Veja também:
Pitaya a fruta saborosa.
Lichia ou Pitomba, qual a mais saborosa?
Morango Branco existe.

domingo, 10 de março de 2013

O casamento - união inseparável.




São inúmeras as explicações para o uso da aliança no dedo anelar esquerdo para casados, e no anelar direito para os noivos. Esse costume começou com os egípcios, depois foi melhorado pelos gregos e finalmente foi instituído por Roma para os cristãos. A moda pegou, desde então a maioria da humanidade faz assim. Confesso que quando casei nem me perguntei o porque, fui logo colocando! Ao completar 20 anos de casamento vou trocá-las, com o consentimento da amada é claro, por uma mais grossa, pra simbolizar a firmeza da união, gosto dessa tradição.

De todas as explicações sobre esse costume, passando pela historinha que no dedo anelar passa uma veia de nome "vena amoris", a ilustração que mais me agrada é a chinesa. Nela os polegares representam os pais. Os indicadores representam teus irmãos e amigos.O dedo médio representa a você mesmo. O dedo anelar (quarto dedo) representa o seu cônjuge. O dedo mindinho representa seus filhos. Agora junte suas mãos palma com palma, depois, une os dedos médios de forma que fiquem apontando a você mesmo. Agora tente separar de forma paralela seus polegares (representam seus pais) você vai notar que eles se separam porque seus pais não estão destinados a viver com você até o dia da sua morte, una os dedos novamente.

Agora tenta separar igualmente os dedos indicadores (representam seus irmãos e amigos), você vai notar que também se separam porque eles se vão, e tem destinos diferentes como se casar e ter filhos.

Tente agora separar da mesma forma os dedos mindinhos (representam seus filhos) estes também se abrem porque seus filhos crescem e quando já não precisam mais de nós se vão, una os dedos novamente.




Finalmente, tente separar seus dedos anelares (o quarto dedo que representa seu cônjuge) e você vai se surpreender ao ver que simplesmente não consegue separá-los. Isto se deve ao fato de que um casal está destinado a estar unido até o último dia da sua vida, e é por isso que o anel se usa neste dedo.

                                                                                   ***
Agora para o casamento dar certo mesmo, é preciso que Deus esteja no centro, é preciso que o casal esteja fincado sobre os valores que Cristo pregou quando esteve entre nós. Repeito ao cônjuge, cumplicidade, dialogo, mansidão, compreensão e amor, muito amor! Não há como conseguir tudo isso sozinho, precisamos de ajuda Divina. Sempre que sentir nuvens sobre o casal, a dica é ajoelha-se e pedir a Deus por essa união. Abra o coração por seu casamento. Abaixo uma dica de oração.

ORAÇÃO   DO CASAMENTO.

Senhor, eu convido Tua presença para habitar nosso casamento. Peço-te que protejas meu marido (esposa) e a mim de qualquer tipo de ruptura na comunicação entre nós. Capacita-nos a compartilhar nossos pensamentos e sentimentos, e a dialogar sempre. Ensina-nos a confiar um no outro a ponto de compartilhar todas as nossas maiores esperanças, sonhos, medos e lutas. Ajuda-nos a passar o tempo comunicando-nos Contigo todos os dias, para que a comunicação entre nós seja sempre satisfatória. Ensina-nos a expressar abertamente o amor que sentimos um pelo outro, e afasta de nós toda indolência e egoísmo capazes de nos impedir de fazê-lo. Ajuda-nos a não proferir palavras destruidoras, mas apenas palavras edificadoras.

Livra-nos da tentação de mentir um ao outro sobre qualquer coisa, ou de enganar um ao outro. Ajuda-nos a ser totalmente sinceros e francos a respeito de tudo. Ensina-nos a falar com honestidade, sabedoria, instrução e entendimento. Não queremos estar sempre aprendendo e jamais conseguindo chegar ao conhecimento da verdade.
Ensina-nos a ouvir um ao outro e a identificar os sinais, para haver melhor entendimento entre nós. Ajuda-nos a encontrar atividades para realizar juntos e amadurecer juntos, jamais separados.

Capacita-nos a transmitir amor, apreciação e respeito um ao outro, o tempo todo. Ensina-nos a reconhecer o plano do inimigo de furtar, roubar e destruir o nosso casamento. Capacita-nos a identificar os métodos do inimigo e a entender as tentativas dele de provocar brigas e discussões entre nós. Ajuda-nos a ter autoridade instantânea sobre todos os ataques do inimigo sobre nós – principalmente quanto à comunicação. Ajuda-nos a reconciliar as desavenças com amor, transigência e consideração. Capacita-nos a estar sempre em comunhão contigo e fortalece a união entre nós. Oro em nome de Jesus.

(Escrita por Storme Omartian)

Uma Fé Extraordinária - John Harper

                                                              John Harper, a esposa e filha - Google Fotos. No livro “The Titanic's Last...