segunda-feira, 22 de julho de 2013

8 livros infantis grátis.


A infância é o melhor momento para o indivíduo iniciar sua emancipação mediante a função liberatório da palavra. É entre os oito e treze anos de idade que as crianças revelam maior interesse pela leitura. O estudioso Richard Bamberger reforça a ideia de que é importante habituar a criança às palavras. “Se conseguirmos fazer com que a criança tenha sistematicamente uma experiência positiva com a linguagem, estaremos promovendo o seu desenvolvimento como ser humano.”
Inúmeros pesquisadores têm-se empenhado em mostrar aos pais e professores a importância de se incluir o livro no dia a dia da criança. Bamberger afirma que, comparada ao cinema, ao rádio e à televisão, a leitura tem vantagens únicas. Em vez de precisar escolher entre uma variedade limitada, posta à sua disposição por cortesia do patrocinador comercial, ou entre os filmes disponíveis no momento, o leitor pode escolher entre os melhores escritos do presente e do passado. Lê onde e quando mais lhe convém, no ritmo que mais lhe agrada, podendo retardar ou apressar a leitura; interrompê-la, reler ou parar para refletir, a seu bel-prazer. Lê o que, quando, onde e como bem entender.
Essa flexibilidade garante o interesse continuo pela leitura, tanto em relação à educação quanto ao entretenimento.
Veja 8 opção de livros grátis de literatura infantil.
  1. A borboleta azul
  2. As abelhas e as formigas
  3. No reino das letras felizes
  4. O galo Tião e a dinda Raposa
  5. O galo Tião e a vaca Malhada
  6. O mistério do anel de pérola
  7. O peixinho e o gato
  8. O ratinho Rói-Rói
Do blog CANAL DE ENSINO.

Poesia é isso...Simples.



POESIA

Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.

DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. “Alguma poesia”. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.

sábado, 20 de julho de 2013

Aprendendo a tomar decisões - Jogando Xadrez.

movimentobocalixo.wordpress.com
Segundo uma lenda muito popular sobre o xadrez, um rei quis recompensar seu inventor fazendo o que ele quisesse. O sábio “somente” pediu um grão de cereal pela a primeira casa do tabuleiro, o dobro pela seguinte e assim sucessivamente, até a última. Assim, o monarca comprovou que não havia cereal suficiente em seu reino para recompensar o criador do jogo.

Os benefícios para o intelecto do jogo de reis, bispos e peões não são tantos como os da lenda, mas sua quantidade aumenta  sem cessar, segundo as últimas pesquisas.

Um estudo pioneiro na Europa, em que participou um grupo de estudantes de centros escolares de Madrid (Espanha), revelou os benefícios do xadrez no tratamento de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) infantil.

Dirigido pelo psiquiatra Hilario Blasco, do Centro de Saúde Mental de Collado-Villalba e Luis Blasco, presidente do “clube Xadrez 64”, o projeto “Xeque Mate ao TDAH” detectou melhoras escolares e de comportamento das 44 crianças e adolescentes que participaram de um primeiro experimento piloto com o xadrez.

Segundo os responsáveis pelo projeto, os estudantes receberam durante três meses, uma hora por semana, aulas de xadrez acompanhadas de uma série de exercícios e orientações, adaptados a estas crianças, que tendem a ser mais inteligentes do que o normal, ainda que muitas vezes falham na escola e têm um risco elevado de realizar atividades perigosas.

Segundo o doutor Hilario Blasco, nenhuma das crianças deixou este “programa específico de xadrez, que produz melhorias no comportamento em casa,  nas notas da escola, sobretudo em Matemática, na sociabilidade e uma redução das consultas médicas”.


Do blog:piqueniquepertodecasa.blogspot.com
Bálsamo para a hiperatividade
Os pais dos participantes também notaram que seus filhos conseguem se concentrar mais e pensar mais tempo em seus deveres escolares sem ter nenhuma interrupção, segundo os autores, que explicaram que “as crianças que mais jogam xadrez parecem ser os que mais melhoram; há um efeito de resposta à dose”.

Eles acrescentam que o jogo de 64 casas mostrou múltiplos benefícios no desenvolvimento da capacidade intelectual e na inteligência emocional, e no rendimento escolar da maioria das crianças e jovens que o praticam, mas este estudo é pioneiro em explorar seus benefícios em um transtorno específico como o TDAH.

Segundo outro trabalho da Faculdade de Psicologia, da Universidade de La Laguna (Ilhas Canárias), a prática extraescolar continuada do xadrez melhora, nos estudantes de 6 a 16 anos, a capacidade  de captação (abstração) verbal,  atenção, resistência à distração, organização perceptiva, análise, síntese, coordenação visual-motora, rapidez, planejamento e previsão. 

Segundo seus professores, estes alunos estão mais satisfeitos com a escola e os professores se sentem mais satisfeitos consigo mesmos, os estudos agradam mais, têm uma maior confiança e segurança e são capazes de afrontar e resolver problemas.

 “Estes efeitos são devido ao fato de que este jogo exige avaliar alternativas e ativa diferentes habilidades intelectivas juntas para poder projetar a estratégia que leva à vitória, que deve ser revista de acordo com as respostas do adversário”, segundo explicam especialistas da Universidade das Ilhas Canárias. 

Na Armênia, onde o xadrez está muito enraizado na cultura e idiossincrasias nacionais, este esporte se converteu em um assunto nas escolas primárias porque as autoridades do país consideram que fomenta o desenvolvimento intelectual dos alunos e melhora suas habilidades de pensamento crítico.

Segundo o professor internacional de xadrez Malcolm Pein, diretor da organização britânica “Xadrez na escola e na comunidade” (CSC, por sua sigla em inglês), este jogo “não somente proporciona às crianças boas habilidades de pensamento e melhorar na concentração, na memória e no cálculo, mas também ensiná-los a assumir a responsabilidade por suas ações".


www.seed.se.gov.br
Tabuleiros nas aulas
Este famoso especialista em xadrez é um grande defensor do ensinamento do jogo nas escolas e recomendou recentemente às autoridades do Reino Unido que incluam uma aula semanal obrigatória na programação educativa para os alunos de seis e sete anos, uma idade em que “são mais capazes de entendê-lo”, segundo explicou. 

Para Pein, este jogo ensina “comportamentos e normas sociais, é uma atividade bastante tranquila e disciplinada e pode permitir que se tornem atletas de primeira categoria (no xadrez) aquelas crianças que pouco são notadas em salas de aula,  como podem ser os menores e ou os mais silenciosos”.
Assim mesmo, outros trabalhos realizados pelos pesquisadores universitários estadunidenses Robert Ferguson e Stuart Margulies, demonstraram os benéficos efeitos desta atividade tanto na criatividade, como na habilidade de leitura de aqueles estudantes que o praticam.

Por outro lado, de acordo com os estudos de Robert P. Freidland, publicados no “The New England Journal of Medicine”, e outras revistas científicas, os maiores de 70 anos que praticam atividades como o xadrez têm menos risco de sofrer de Alzheimer e outras demências senis e, em caso de desenvolvê-las, está em melhores condições para enfrentar essas doenças.

Segundo os pesquisadores americanos, praticar jogos como xadrez estimula áreas do cérebro que normalmente vão se atrofiando com a passagem dos anos.

Outro trabalho liderado pela doutora Caroline Demily, do Centro de Neurociência Cognitiva de Bron (França) mostra que os pacientes esquizofrênicos que jogam xadrez diariamente melhoram algumas de suas habilidades intelectuais, como a atenção, o planejamento e o raciocínio.

Do site: Yahoo noticias.






segunda-feira, 8 de julho de 2013

Adiando as recompensas.

fonte blog:Escolapsicologia
Um dos maiores legados que os pais podem deixar para seus filhos é "o saber adiar as recompensas" . Educar para ter paciência, educar para saber dar valor às suas conquistas, principalmente sobre às conquistas minimas. Esta é tarefa árdua, porém fará toda a diferença no futuro dos filhos. Tenho investido tempo nessa área e tenho aprendido muito. As primeiras tentativas com meu filho de 10 anos, foram quando ele tinha 7. Não deram tão certo, ele passou a economizar o dinheiro do lanche da escola, chegava em casa cheio de fome. Descobri algo, ele vai ao fundo demais nas coisas. Se a recompensa é nota 10, ele quer tirar 11. Isso é bom, mas nem sempre. Ficar sem comer para um menino de 7 anos, em pleno desenvolvimento mental e fisco, é tudo de ruim.

Mas vamos para uma experiencia legal, feita com crianças de 4 a cinco anos. Joachim de Posada apresentava às crianças uma escolha. Deixava um doce de marshmallow em cima da mesa e dizia que se ausentaria por quinze minutos. Caso retornasse e o doce continuasse intacto em cima da mesa, a criança ganharia um segundo marshmallow. Vejam este teste abaixo.


A experiência de Posada (que foi também publicada na forma do livro Don’t Eat The Marshmallow Yet!: The Secret to Sweet Success in Work and Life (Não coma o marshmallow ainda! O segredo para o doce sucesso no trabalho e na vida) em co-autoria com Ellen Singer revela que controlar os nossos impulsos pode ser a chave de sucesso.

Esse assunto lembrou bastante a ideia do geneticista Spencer Wells, que diz que não podemos confiar plenamente nos nossos instintos, já que a evolução social, cultural e econômica transformou o mundo de modo muito diferente do ambiente que nossos ancestrais pré-agricultura conheciam.

Veja o link, o livro O Motorista e o Milionário. de Joachim de Posada E Ellen Singer.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Orar pelos inimigos!


Sermão da Montanha - Mat:5
38 "Vocês ouviram o que foi dito: 'Olho por olho e dente por dente'. 39 Mas eu digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra. 40 E, se alguém quiser processá-lo e tirar de você a túnica, deixe que leve também a capa. 41 Se alguém o forçar a caminhar com ele uma milha, vá com ele duas. 42 Dê a quem pede, e não volte as costas àquele que deseja pedir algo emprestado.

43 "Vocês ouviram o que foi dito: 'Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo'. 44 Mas eu digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, 45 para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos.

46 Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa vocês receberão? Até os publicanos fazem isso! 47 E, se saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! 48 Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês.(Passagem do livro de Mateus - 5:38a48)

Esses são os versos mais lidos e talvez os maiores e melhores conselhos que Jesus nos deixou. Ninguém no mundo pode discordar, muito menos falar o contrário, mas poucos conseguem aplicá-los. Calamos ao ouvi-los e nos afligimos por não conseguir entender. Eu sempre pensei que se precisaria estar num nível alto do desenvolvimento espiritual para absorver tais ensinamentos e aplicá-los na vida. O orgulho, a vaidade nos impede de entendê-los.Pensei que só os santos atingiriam tal estagio.


Ao longo da vida já conheci alguns santos, que certamente davam a outra face numa discussão e oravam por seus opositores. Aos 10 anos conheci um Padre na igreja que frequentava em Fortaleza, no Mucuripe. Era um sujeito, que só de olhar pra ele, nosso humor já melhorava. Voz mansa, olhar tênue e gestos contidos. Todos da paróquia o admiravam, ele carregava segurança em sua postura. 10 anos depois conheci outra dessas pessoas dessas, uma anciã da Igreja Central Adventista do Rio de Janeiro, a chamavam de irmã Pontegi! Pessoa nobre, de sorriso fácil, de abraço afável  e forte, suas palavras doces soavam como música. Lembro com saudades dela, foi minha professora dos assuntos espirituais, ensinou-me a ler a bíblia, anunciou me o evangelho de Cristo Jesus. Pois bem...Pra dar a outra face só sendo um anjo como eles, pensava eu!


Somente anos depois consegui entender essas palavras de Cristo, pude perceber que eu poderia ser um discípulo seu, ter a paz de espirito e postura nas ações, tal qual Ele aconselhara aos seus contemporâneos no Sermão da Montanha. 

Um investigador da policia civil, no ato de um Boletim de Ocorrência,contou, disse-me: "Não adianta você xingar quem te xinga, essa pendenga só aumentará, muitas vezes chega aos tribunais sem uma solução. As mágoas acumulam-se, fazendo mal às duas partes, causando dor, sofrimento a todos os envolvidos. Quando alguém te fizer uma maldade, não retribua com maldade. A força negativa de seu opositor, somada a sua força negativa só trará sofrimento, negatividade, fracasso e atraso. Enquanto a força negativa do seu opositor somada a força positiva sua, o minimo que pode acontecer é zerar a pendenga. Se sua força positiva for maior que a força negativa de seu opositor, aí teremos saldo positivo: alegria, confiança, gratidão, prosperidade.Se seu opositor te xingar, te fizer mal, ao invés de desejar-lhe mal, ore por ele, peça a Deus que o ilumine, que inunde seu coração de luz e alegria, peça isso com toda as suas energias. Sua oração vai interromper a energia negativa dele, seu opositor não terá mais influência sobre você. A força positiva vai se alastrar trazendo paz e harmonia, além de causar um bem estar, sensações de realização, de produtividade"

As palavras daquele investigador fizeram a minha ficha cair. Era aquilo mesmo! Finalmente conseguia intender as palavras de Jesus em Mateus 5 - Sermão da Montanha. Precisei vivenciar uma aplicação real dos ensinamentos de Cristo, em minha vida, pra entender de vez! O que achei que seria o final de um estágio, na verdade era o inicio, o inicio da santidade plena nas coisas do céu. Hoje se me atacam, oro pelo sujeito! Sou mais tranquilo no trânsito, e muitas vezes ofereço a outra face! Posso testemunhar: não fico mais pobre por isso, nem menos inteligente, mas com uma tremenda sensação de estar amando meu próximo como Jesus ensinou.

sábado, 29 de junho de 2013

Feliz Aniversário Artur - 3 Anos.



Olá Artur!

Espero que quando puder ler essas mal traçadas linhas, também já tenha entendido que você e seu irmão são o meu bem maior.Muito agradecido a Deus pelo privilégio de ser pai de vocês. Todo meu esforço é por instruí-los no melhor caminho e poder amenizar as agruras dessa vida, principalmente as da infância e das que virão na adolescência. Até aqui me ajudou o Senhor, n´Ele mora toda as minhas esperanças, angustias e desejos. Meus sonhos repousam no querer de Deus. Na idade, em que você se encontra, suas faculdades mentais começam a se estabelecer, daqui a 40 anos ainda lembrará de acontecimentos marcantes dessa idade, ruins e bons. Alguns medos, algumas mudanças marcantes... Minhas batalhas é poder desbravar os caminhos para que tenham  bons momentos para lembrar.Deus me confiou dois diamantes, você e seu irmão, ainda brutos, mas lapidando-se de forma tão rápida. Minha missão é criar-los alegres, confiantes e gentis,  transformá-los em homens equilibrados e felizes. Filhão, posso chama-lo assim, já que está com tamanho de um menino de 5 anos; não desvie-se dos caminhos de nosso Senhor Jesus Cristo. Se às vezes sou rígido, é porque quero mantê-los nos trilhos do amor ao próximo, nos altos padrões de educação e na ciência de uma vida equilibrada. Jesus deixou-nos um manual de uma vida feliz e prospera. A Bíblia rege minha vida e nela tenho andado feliz,

Hoje minha alegria é extrema, motivo é o que não falta. Pela confiança de Deus, por sua beleza e saúde, por esse marco de vitória em sua vida. Tenho certeza que a alegria de sua mãe também é imensa, ao lê essa carta já imagino ela se embebecer em lágrimas de alegria e prazer. Minha gratidão a Deus é profunda por você, varão tão fagueiro e nobre, que nos enche de felicidade. Por suas firmezas, pela personalidade marcante e por esse sorriso franco, leve e inocente, que nos enche de segurança...Certeza de estar no caminho certo no seu desenvolvimento.

Feliz Aniversário Artur, saúde e prosperidade por toda a sua vida.Que ela permaneça nos caminhos do Senhor pra sempre.

Mais Artur neste Blog:
Fotos do Artur - Abril 2011.
Artur Feliz Aniversário - 2 anos.
O Ritmo de um bebê.
Consagração do menino Artur.
Separação, solidão, despedida.
Cheguei
Aniversário de 6 meses do Artur.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Escrevendo um livro.

Os seres humanos são contadores de história natos. Na verdade, nós gostamos tanto de histórias que a maioria de nós vai perdoar um quilo de escrita ruim, se houver um grama de boas histórias para ouvir. Antes de começar a se preocupar com sua prosa, comece por criar uma história que você vai adorar usando estas sugestões.

(WikiHow)
Criado por Traduções Sabrina L. Furtado

== Passos ==

1.Primeiro, decida se vai escrever sua história em primeira pessoa (nós, eu) ou em terceira pessoa (eles, ele, ela). Já que a segunda pessoa pode ser muito complicada, fique com a primeira ou com a terceira, caso queira mais facilidade!

2.Escreva sobre o que você conhece e com que se preocupa. Isso não significa escrever não-ficção ou ficção realista. Significa aprender lições e experiências de sua própria vida e canalizá-las para uma outra forma. Encontrar idéias de história que sejam relevantes para a sua própria vida fará de você uma autoridade imediata sobre o assunto. Além de fatos e experiências, não tenha medo de sondar o que você conhece emocionalmente.

  • Ponha os seus sentimentos no personagem principal. Tristeza, amor, alegria, como superar obstáculos e medo são coisas que "conhecemos" e que constituem a base das experiências humanas universais no coração de grandes histórias. Detalhes intrigantes podem atrair o leitor e fazer com que ele queira ler mais. Se ele não sentir nada por seu personagem ou pensar que as frases não fornecem nenhuma emoção, ele não terá tanto interesse em continuar.
  •  Manter a história relevante para a sua própria experiência vai torná-lo mais apaixonado pela escrita. E paixão se torna inspiração.

3. Decida qual público você imagina para seu trabalho. Ter um público claro em mente irá ajudá-lo a enquadrar suas idéias. Talvez você esteja escrevendo para adolescentes, para pessoas familiarizadas com um determinado lugar ou até para si mesmo. Se você não conseguir se decidir, anote algumas razões pelas quais você está contando esta história e, em seguida, pense em quem poderia se interessar por ela. Além disso, leia o primeiro capítulo para sua família, para obter uma noção de uma espécie de público.

4. Consiga inspiração através de sua vida cotidiana. Por exemplo, se você quiser escrever um livro infantil, observe as crianças. Veja como elas agem, veja o mundo através dos olhos delas. Em seguida, escreva sobre algo que as fascine. Ouça o noticiário. Talvez haja uma história sobre algo que esteja acontecendo em sua comunidade ou país só esperando para ser escrita. Pergunte "O que aconteceria se...?" sobre tudo o que lhe interessar.

  • Escreva sonhos. Talvez você faça uma história a partir de um ou mais deles. Uma boa maneira de capturar sonhos é ajustar o seu despertador para cerca de uma hora mais cedo do que você pretende acordar. Então, deixe-se mergulhar em um sono leve pela próxima hora. ''Sempre'' tenha um caderno ao alcance das mãos, para que a primeira coisa que você possa fazer seja escrever o sonho. Sonhos evaporam da memória consciente muito rapidamente. Então, escreva tudo depressa!

5. Mantenha um diário. Não tem que ser um projeto elaborado no estilo diário, narrando sua vida cotidiana. Basta carregar um bloco de notas com você o tempo todo e anotar qualquer coisa, grande ou pequena, que ocorra a você. Anote tudo, mesmo que seja um pensamento inacabado que não faça sentido ainda.

Diário aberto de Anne Frank - foto reprodução.
  • Se você estiver no ônibus, no trabalho ou em qualquer lugar e algo despertar seu interesse, anote para que você não esqueça. Confie em si mesmo. 

6.Obtenha conhecimento em assuntos com os quais você não esteja tão familiarizado. Quando começar a fazer progressos na sua história, você provavelmente vai querer incorporar elementos desconhecidos para tornar o mundo da sua história mais interessante. Passe um tempo observando as pessoas e imaginando como o mundo se parece do ponto de vista delas. Pratique empatia e acumule experiências que fazem os fatos que você lê terem contexto e significado.

  • Se necessário, pesquise eventos reais, itens e atividades para tornar sua história mais realista. Se, por exemplo, você tiver um personagem surfista em sua história, pesquise sobre surf. Aprenda os movimentos e técnicas. Se você tiver a oportunidade, entreviste um surfista a respeito de sua experiência. Experimente fazer uma aula de surf também.

7. Desenvolva o seu personagem principal. Se você criar um personagem convincente, que lhe fascine ou com o qual você se identifique bastante, ficará muito mais fácil imaginar os tipos de conflitos e situações nos quais ele possa terminar. Às vezes, tudo o que você precisa para o pontapé inicial é de um nome de personagem único, singular. Leia  o post Como Desenvolver um Personagem para uma História para ter mais idéias.

8. Siga um arco (de história). Saber quando e como jogar obstáculos e solavancos no caminho do seu personagem deixará a história mais fácil de se planejar, e mais atraente também.

  • Início: introduza o problema. O que o seu personagem quer ou não quer? O que está em seu caminho? O que o incomoda? (Exemplos: divórcio, ser o novo garoto da escola, passar de ano, ser alguém na vida). Ou, então, comece com algo que traga o leitor "para dentro" do livro. Algo que faça com que o leitor leia mais (exemplos: um acontecimento que está por vir, um concurso nacional de soletração, um evento emocionante nas ruas).
  • Meio: ao longo do caminho, adicione solavancos que deixem o personagem à altura do desafio. (Exemplos: vender sua casa, encontrar um lugar para sentar-se na hora do almoço, ser demitido, uma separação difícil). Comece com problemas pequenos, distantes ou gerenciáveis. Você não quer que sua história chegue ao clímax muito rápido.
  • O momento mais obscuro: este é o momento no qual parece que seu personagem não vai alcançar seu objetivo ou aprender a lição. Isso acontece, às vezes, depois de não conseguir superar o maior obstáculo (veja abaixo) ou quando percebe pela primeira vez o que é o obstáculo.
  • O maior obstáculo: este é o momento do maior conflito. É o ponto da história no qual seu personagem tem que lidar com ou superar o grande problema que você colocou no início ou no meio da história. (Exemplos: o pai se casa novamente, novos amigos rejeitam você, alguém importante para você morre.)
  • Fim: o conflito é resolvido. O seu personagem consegue o que quer ou não. Seja qual for o caso, seu personagem mudou ou aprendeu algo. (Exemplos: duas famílias são melhores que uma, um amigo verdadeiro para sempre, libertar-se de ilusões.) Lembre-se de que a semente de seu final estará sempre no seu início. Não escreva um final que venha do nada e nem resolva o problema por meio de intervenção repentina, já que isso empobrece o enredo.

9. Encontre alguém para ler sua história e dar-lhe um feedback. Diga a essa pessoa para não ter medo de ser honesta, e seja sincero quando disser isso. Você precisa de alguém que lhe diga realmente como sua história é boa (ou não). Tudo pode ser melhorado.
  • Não fique ofendido e não desista se você obtiver um feedback ruim. Você precisa ir além de seus próprios limites criativos. E críticas construtivas são uma grande ajuda nesse sentido. Peça ao seu leitor para que seja muito honesto e preciso.

10. Revise a sua história. Em vez de ficar sufocado por uma lista enorme de detalhes minúsculos, procure padrões nos feedbacks e concentre sua edição em um fio comum. Se todos os seus cinco editores pararam no mesmo ponto, há uma boa chance de você precisar alterar esse ponto.
  • Não mude sua visão da história por causa das idéias de outra pessoa. Novamente, se você ouvir uma ótima ideia, não tenha medo de substituí-la por uma que seja sua.

== Dicas ==

  • Leia mil livros antes de escrever um. Embarque em uma viagem corajosa e focada para ler autores (do mundo todo) que deixem você intrigado. Lembre-se de escolher livros que possam ter relação com sua história e tome nota de como o autor mantém as páginas virando. Se você quiser escrever um romance profundo e emocionante, leia alguns dos livros de Stephen King. São um bom exemplo. Observe o estilo que dá a cada livro seu significado, e se ele deixa você fascinado. Os personagens têm profundidade psicológica? O autor usa linguagem sensorial? Sempre tenha isso em mente, mas também lembre-se de manter seu próprio estilo de escrita.
  • Pense muito sobre seus personagens (quem são, como são, o que querem, do que têm medo), cenário (período de tempo, localização) e conflito (pessoa contra pessoa, pessoa contra sociedade, pessoa contra destino). Eles fazem com que a história fique interessante.
  • Saiba como você quer que seus personagens principais sejam. Não dê a um garoto nerd uma frase legal se você sabe que ele não diria isso. Conheça seus personagens como a si mesmo. Viva na cabeça do seu personagem por um dia.
  • Se você é facilmente influenciado pela escrita de outras pessoas, não leia muito. Atenha-se aos livros com os quais estiver familiarizado e estude como o autor desenvolve os personagens, o enredo e as metas ao longo do tempo.
  • Revise, revise, revise. Verifique a pontuação, ortografia, gramática e o sentido da frase, é claro. Mas não ignore as grandes questões. As ações e as respostas do seu personagem são plausíveis? Você tomou um atalho na trama, tornando-a superficial ou corriqueira?
  • Procure melhorar sua redação. Localize a palavra exata que você está procurando: o personagem está chateado ou agitado? Pesquise e pense sobre as conotações das palavras. Experimente manuais como "Manual da Redação - Folha de São Paulo", assim você poderá aprender a dizer o que quer de forma clara, eficaz e exclusivamente sua.
  • Minimize as pequenas marcas de diálogo (ex: "Disse André" ou "Maria sussurrou"). Querendo saber como você deve mostrar quem está falando? Atribua a cada personagem uma voz única, e firme o diálogo na cena. As pessoas se mexem quando falam. As coisas acontecem ao redor delas. Use deixas a partir do contexto para mostrar quem está falando. Se você realmente precisar usar "disse", vá em frente (confundir o leitor é pior). Porém, se você conseguir imaginar a cena, o uso da palavra será desnecessário (na maioria dos casos). Empregue palavras arrastadas, um sotaque, um tom autoritário, um tom submisso ou uma fala muito recortada, e mostre isso através da escolha de palavras. Tenha muito cuidado ao usar dialetos. Se você precisar usá-los, use-os com moderação. Se você conhecer bem seus personagens, terá uma boa ideia de como eles soam, a forma como eles se expressam e as coisas que eles nunca dirão.
  • As pessoas geralmente não falam usando frases completas. Elas dão respostas curtas e simples (de uma palavra, por exemplo). Então, de vez em quando, use palavras preguiçosas, tais como "Claro", "hum", etc. Não exagere nessas palavras! Um bom diálogo não soa exatamente como discurso real. Na verdade, é um discurso real sem todas as partes chatas.
Se você não souber para onde levar a história em seguida:
  • Tente escrever o que vier na sua cabeça. Logo, você estará escrevendo com boas ideias. E você pode usá-las para editar/substituir o que acabou de escrever.
  • Faça uma pausa. Vá dar uma volta, ouça uma música inspiradora, ande de ônibus em algum lugar incomum, ou até mesmo faça alguma atividade diária para tirar sua mente da história por um breve período. Depois de um tempo, volte e tente escrever novamente. Logo, as ideias surgirão. Elas parecerão mais claras se sua mente tiver um descanso de vez em quando. Você não vai querer se estressar com isso. Se você tentar terminar sua história da primeira vez que se sentar para escrever, vai se cansar rapidamente. Além disso, seu entusiasmo sobre como escrever a história vai rolar morro abaixo bem depressa. Então, é bom fazer pausas a cada meia hora, mais ou menos. Vai depender do seu humor e de quanto tempo você pode ficar sentado até ficar sem ideias. Contudo, não espere até ficar sem elas. Mais uma vez, faça pausas. Elas ajudam muito na história (e na sua disposição).
  • Talvez você tenha arrumado uma confusão. A trama está indo do jeito que você quer? A cena que você está escrevendo é necessária? Chegue à ação (está aí mesmo, acontecendo em sua cabeça) de uma maneira diferente.
  • Coloque sua mente para funcionar. Jogue poker de palavra: faça uma coleção de palavras únicas (substantivos, verbos, adjetivos, advérbios) que chamem sua atenção. Escreva cada uma em um pequeno pedaço de papel. Quando você tiver um monte delas, coloque-as numa caixa e escolha cinco. Faça uma frase coesa ou duas usando essas palavras. Logo, suas idéias vão se aglutinar.
  • Use a Internet e procure significados de nomes para criar nomes para os seus personagens. Isso é bom de se fazer quando você não consegue criar algum que sirva para determinado personagem. Por exemplo, se você tem um caçador em sua história, procure a palavra "caçador" em "significados". Provavelmente, sua busca resultará numa lista de nomes que se encaixam nessa descrição. O nome Venâncio significa "caçador". Então, esse personagem em sua história poderia se chamar Venâncio.
  • Use a linguagem sensorial. Esta é a chave para puxar seu leitor para dentro da sua história. Certifique-se de que seu público possa "ver, cheirar e ouvir" seus arredores. Pinte um retrato através de suas palavras. Você não quer que seu livro seja chato ou grosseiro. Você quer que seu leitor imagine como é tudo. Porém, não descreva cada folha em cada árvore ou você vai fazer com que o enredo se arraste.
  • Quando, por exemplo, estiver escrevendo um livro, é uma boa ideia reservar cerca de uma hora (todo dia) para escrever. Assim, você terá sempre em mente onde estava, onde está e onde quer chegar.
== Avisos ==
  • Tente não arrastar a história. Não prolongue o assunto. Dê detalhes suficientes para incentivar a compreensão e o interesse.
  • Descrever o cenário interminavelmente pode ser um beco sem saída (a menos que o livro seja de cunho geográfico).
  • É natural e fácil usar descrições de pessoas que você conhece bem, como sua família. Disfarce os personagens o bastante para evitar ofender sua família ou saiba que você ficará na lista negra deles por um tempo.
  • O bloqueio de escritor é muito comum. Você vai ficar frustrado, mas não desista. Faça pausas e descanse sua mente.
  • Não use palavras grandes e rebuscadas com muita frequência. Soa pouco profissional. É como se você tivesse usado um computador para escrever a história para você.

Uma Fé Extraordinária - John Harper

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